Em alguns aspectos pouco mudou, noutros a mudança já começou, e promete ser bem intensa e para breve.
ECONOMIA
2022 chegou e na economia nada ainda mudou, tudo caminha como antes, na direção de uma grande crise que desde o último ano já se instalou, sem sinais de alívio para população mais pobre e para classe média, com preços altos, inflação, desemprego absurdo e miséria e fome aos milhares, aos milhões.
E o Guedes e Bolsonaro agindo como se nada estivesse acontecendo, ignorando mortes e dores que trazem.
Firulas e mentiras sobram, mas quem acredite que este país está bem ou melhorou, é difícil encontrar, ao menos entre quem tem o mínimo de inteligência e sensatez.
Imagem reproduzida do sítio do PT - Partido dos Trabalhadores |
Afinal, governo vai acabar com seguro-desemprego e multa de 40% do FGTS? FDR - Terra 24.01.2022
Brasil está no mesmo lugar de antes da pandemia, diz Guedes - R7 21.01.2022
Economia do Brasil está “condenada” a crescer, diz Guedes... - Poder360 30.11.2021
O legado do governo Bolsonaro para o trabalhador não é nada agradável! Não é uma impressão ou slogan de partidos políticos, mas a constatação em números do enorme desemprego no Brasil. É algo que afeta muito as expectativas econômicas e contamina todo resto das cadeias produtivas e de consumo, com bastante incerteza e pessimismo, dando a impressão que sob o comando deste governo não há bons sinais.
SAÚDE
Queiroga, Ministro da Saúde - reprodução sítio da RBA |
Queiroga mostra a que veio, servir o presidente Bolsonaro e não ao país, isso também fica evidente em recentes declarações e ações, especialmente relacionadas ao atraso na vacinação de crianças e adolescentes contra COVID-19, que volta a ser manchete e destaque pela velocidade com que a variante Omicron se espalha e contamina os brasileiros.
A bem da verdade a falta de uma maior disposição por imunizar mais esta parcela de nossa população, reforça muito do que tem sido dito sobre a negligência criminosa de Bolsonaro e seu governo, algo que já citamos por diversas vezes e em especial quando abordamos as mortes absurdas que se acumulam ainda hoje, ou em textos nos quais relatamos denuncias e apurações que deram origem ao relatório da CPI da Covid-19, que até o presente momento aguarda por ações da PGR e de Aras, ao que nos parece muito distantes de ocorrerem.
Casos de subvariante da Ômicron crescem e preocupam OMS - Olhar Digital 25.01.2022
Avanço da ômicron obriga São Paulo a abrir novos leitos para Covid - G1 JN 25.01.2022
O número de infectados cresce assustadoramente (outra vez), comprometendo estruturas médicas e serviços de saúde, felizmente atingindo vítimas com menor letalidade, graças as vacinas, mas de qualquer forma de maneira muito grave e preocupante, ao menos para os que tem lucidez e percebem o quanto sofre a sociedade.
Mas a culpa não é só do Bolsonaro e do Queiroga, muitos governadores, prefeitos e outros líderes e homens públicos, e claro empresários e chefes de corporações, contribuíram para essa nova onda da pandemia, pois não faz muito tempo esqueceram do que causa a Covid-19 e liberaram atividades e festas com graves riscos de contaminação e propagação do vírus, não deu outra, um grave aumento nos casos de infecção pela Omicron, agora associada a outras doenças respiratórias e a Influenza, tomando feições de expansão como as vistos em momentos de pico em 2021.
Este é mais um aspecto que pouco mudou, pois as incertezas continuam, exceto quanto a eficiência das vacinas que tem ajudado a reduzir mortes e gravidade dos casos, mas não representa o fim da pandemia.
POLÍTICA
Amigo de Bolsonaro confirma rachadinha em gabinetes da família - EM 21.01.2022
Se considerarmos os episódios antidemocráticos recentes e dos últimos anos, o cenário deste início de ano aponta para mudanças importantes, e que se firmam ou vemos cada vez mais a cada dia que passa. Dentre as importantes transformações ou tendências, estão o acentuado enfraquecimento de Jair Bolsonaro e sua legião de seguidores, muitas vezes associadas a manifestações tidas como de cunho fascistas. Essa mudança ajuda e fortalece os pilares da democracia em tempos de eleições (quando o STF tem dado sinais positivos para este fortalecimento), até bem pouco bastante ameaçada, mas ainda sujeita a aventuras golpistas (menos prováveis de lograrem êxitos), contudo capazes de perturbar a ordem e o clima de bom andamento do processo eleitora,l até mesmo a perspectiva e esperança de dias melhores em breve que parte da população ainda nutre. Atitudes como as do ministro Alexandre de Moraes, conduzindo com firmeza as ações contra fakenews e ameaças ao STF, ainda hoje surtem bons efeitos.
Lula - reprodução do sítio Poder360 |
PoderData: Lula vai a 42% e empata com a soma dos adversários... Poder360 20.01.2022
Por outro lado se consolida a possibilidade de Lula ser candidato a presidência pelo PT, numa chapa com o ex-governador tucano Geraldo Alckimin (sem partido), sinalizando a proposta de um governo mais amplo e de unidade, para afastar possibilidades de rejeições de importantes segmentos sociais, sejam ligados ao empresariado, a setores da agricultura e do campo, aos militares e religiosos, e outros com tendências de apoio a políticas de centro direita, fato que se for consumado, representa um avanço político no atual cenário e a possibilidade concreta de Lula se eleger em primeiro turno em outubro deste ano, e posteriormente contar com apoios necessários para seu governo.
Procurador pede ao TCU para que BB e Coaf esclareçam honorários de Moro - Conjur 25.01.2022
CPI do Moro: entenda o cerco que o Centrão quer fazer ao ex-juiz - JOTA 24.01.2022
A eleição, ou possível 3º mandato de Luiz Inácio, é vista por muitos especialistas como fato concreto, assim como creem outros tantos, que o ex-juiz Sérgio Moro deverá ser alvo de fortes investigações e ações judiciais por desmandos e corrupção a ele atribuídas, de foi quando juiz da Lavajato, e já se enxergam movimentos políticos significativos no Congresso em apoio a medidas graves e até uma CPI contra Moro. Uma mudança de cenário que vem se firmando nestes últimos dias.
ATUALIDADES
'Que Deus perdoe ele de todas as maldades', diz filha de Olavo após morte ... - UOL 25.01.2022
Olavo de Carvalho morreu devendo R$ 2,9 milhões para Caetano Veloso - CB 25.01.2022
Morreu ontem o "suposto mentor" de Bolsonaro, e que foi seu ex-aliado de extrema direita, o escritor e auto intitulado filósofo, Olavo de Carvalho, que no início do governo chegou a patrocinar e indicar figuras como as do ex-ministro Weintraub. Olavo residia nos EUA e teve recentemente diagnóstico de infecção por Covid-19, mas não ficou clara a causa da morte deste polêmico personagem da política brasileira.
Conhecido por suas opiniões extremistas e discursos de incentivo a violência e perseguição aos adversários, assim como por ideias claramente conservadoras e fantasiosas, Olavo não deixou boas recordações entre a maior parte dos brasileiros (considerando-se as reações nas mídias sociais), e já não se afinava com o Bolsonaro, mas foi ativo participante em algumas campanhas e ações de fakenews nas ditas mídias sociais, como defensor do uso de armas e ferrenho negacionista, dizia que a Covid-19 era uma invenção midiática para escravizar o cidadão, uma coisa dirigida para aterrorizar as pessoas. Para muitos não deixará saudades, e sua ausência é uma baixa entres os que propagavam discursos de ódio e preconceito.
Foto: Forças Armadas da Ucrânia (sítio do Brasil247) |
E na Europa as recentes tensões entre Rússia e Ucrânia se acentuaram, com muitos receando um súbito agravamento e envolvimento de outras nações ocidentais. É perigoso o jogo de estratégia envolvendo EUA e OTAN, numa tentativa de impor limites ou controlar a Rússia dentro de seu território, a partir de ameaças na fronteira, algo que nitidamente não vem dando certo, e precipitou ou incentivou incursões russas há poucos anos, na Criméia e Donbass, antigos territórios ucranianos, algo que se deu desde que europeus supostamente começaram a interferir nos rumos políticos internos da Ucrânia, dando margem a um governo simpático aos seus interesses, e fora da tradicional zona de influência russa.
Não é de se estranhar que Moscou promova um novo avanço de tropas sobre áreas de fronteira próximas na Ucrânia, e isso é muito provável de acontecer para afastar tropas que possam servir a interesses da OTAN, e demonstrar um controle militar sobre a região. Resta saber se países da Europa (Inglaterra, França, Polônia e outros) junto com EUA, estão dispostos a encarar uma guerra e envolvimento direto no conflito, algo que para Alemanha parece não ser viável, ou se ao final, vão bradar muito, mas recuar diante de uma ação determinada das forças russos, que não parecem estar para brincadeiras, e tenham certeza, não estão. As coisas não mudam lá! A tensão no local é histórica e perigosa!