O triste capitulo de conflitos e denúncias que há algum tempo ocorrem em várias partes do Brasil, mostra uma face mais cruel outra vez na Amazônia. A morte do indigenista pernambucano Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips mostram o quanto as omissões e más ações do governo Bolsonaro, estimulam ainda mais a violência contra povos tradicionais, ambientalistas, líderes sociais, funcionários de carreira de órgãos de proteção e de jornalistas, além das populações e habitantes das áreas afetadas por crimes e conflitos que muito crescem.
Delegado Sandro Avelar, diretor executivo da Polícia Federal (à
esquerda) ajuda a carregar caixão com remanescentes humanos encontrados
no Amazonas chega no Aeroporto de Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução (obtida no sítio do G1) |
Bruno Pereira e Dom Phillips: avião com restos mortais chega a Brasília - G1 DF 16.06
Criminosos que participam da destruição dos nossos biomas, explorando irregularmente nossos recursos em áreas de proteção ou destinadas a ocupação e sobrevivências dos povos tradicionais, das comunidades ribeirinhas e outras, desmatando e devastando vegetações, caçando ou contaminando rios e cursos da água, minerando ilegalmente e ampliando o ciclo de perdas, sentem-se imunes e inatingíveis, são responsáveis por maior parte dos crimes cada vez mais "comuns e banais", onde ocorrem violências e mortes contra quem tenta resistir as destruições promovidas e aos interesses dos mandantes, também de grandes grupos que lucram com tais crimes junto com os políticos que de alguma forma dão proteção aos interesses escusos por trás destes, numa simbiose e relação muito próxima as que sustentam e apoiam os desvios de alguns dos que compõem o governo federal e outros níveis das estruturas públicas, mostrando como são corresponsáveis por este triste cenário, e como foi organizado e conduzido o desmonte dos órgãos e políticas de proteção ambiental e ações sociais nos últimos anos, e com manifestações terríveis como algumas de Bolsonaro e do ex-ministro Sales sobre questões essenciais, e que contribuem decisivamente para o estado de violência e sensação de impunidade reinantes na região amazônica e outras igualmente mergulhadas em desastres por todo o Brasil.
A forma cruel e absurda como as submetidas aos ambientalistas e índios em eventos recentes, ou as ameaças e mortes de jornalistas e lideranças, escancaram o descaso e até a cumplicidade de instituições e governos, mas tem um tom mais drástico e significativo com as políticas de Bolsonaro e muitos de seus aliados. É algo inadmissível e perigoso, para o qual já alertamos e como muitos denunciamos deste que conflitos e mortes se intensificaram e ganharam vernizes e ideológicos ostentados por membros dos grupos de apoio do presidente.
'Escudo dos povos indígenas': quem era Bruno Pereira, morto na Amazônia ... - UOL 15.06
Assassinato em 2019 de indigenista da Funai no Javari segue impune - Revista Galileu - Globo 15.06
Caso Marielle: Rosa Weber mantém decisão que manda Ronnie Lessa a júri popular - CNN Brasil 14.06
A sombra de outras tragédias cruéis estão associadas aos desgovernos, em muitos momentos da história, mas ganham intensidade e frequência maior sob a gestão bolsonarista, e casos como o assassinato de Marielle Franco no RJ, ou do Maxciel Pereira servidor da Funai ocorrido em 2019, e de lideranças entre os povos indígenas, estão ainda hoje sem respostas adequadas e criminosos continuam agindo impunementes.
Caiu! Caiu mais um! Foco BRASIL 23.06.2021
Meio ambiente e saúde, o Brasil mina seu futuro. Foco BRASIL 30.05.2021
O Brasil sem lei, é uma consequência também do atual desgoverno Bolsonaro! Com o ódio e intolerância estimulado e propagado em atitudes de muitos dos que representam o Estado.