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Presidente Lula - Foto reproduzida do G1 |
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As distorções criadas a partir dos ataques de Trump aos parceiros ou concorrentes no comércio internacional, seja pela elevação ou aplicação de tarifas adicionais aos produtos que os americanos importam, seja por medidas restritivas ao comércio com os EUA, e para além da tarifas que acentuam o protecionismo, ou mesmo a progressiva degradação das relações políticas internacionais históricas, com muitos dos antigos e tradicionais aliados dos Estados Unidos, patrocinadas pela atual gestão, e sob diversos pretextos, ou com bases em alegações mentirosas de Trump, já causam efeitos adversos e colaterais aos inicialmente sugeridos e anunciados, e também impactam negativamente na economia americana, e nos planos do republicano descontrolado e raivoso.
Trump anuncia e alardeia vitórias com bilhões arrecadados com tarifas, ou a renegociação de acordos com o Japão, Coreia do Sul, e até União Europeia, que em tese beneficiam aos Estados Unidos, ao passo que também se vangloria de dificuldades causadas a outros países, desrespeitosamente, e mesmo a partir de ameaças e uso de instrumentos de politica da força, por meio de recursos ou ferramentas militares, migratórios e de diplomacia forçada, ou outros, como sendo um sucesso verdadeiro e incontestável, úteis para uso contra a China, Índia, Rússia, Indonésia, México, África do Sul ou Canadá, Dinamarca e até o Brasil, dentre outros que podem ser mencionados e são alvos dos EUA, sob seu comando quase tirânico.
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Meias verdades, que escondem problemas cada vez maiores para os americanos, seja no presente, ou num futuro breve que já se aproxima como uma enorme e incontrolável tempestade, muito destrutiva, e que Trump tenta não deixar clara. Algo que associado aos muitos problemas internos dos EUA, parte dos quais criados ou agravados na atual administração, tem tudo para jogar o país e o povo num ciclo muito, muito negativo, e de perdas potências extremas e irrecuperáveis num dado período de tempo futuro, muitos sinais já existem.
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Vamos ver, ao menos superficialmente, alguns destes aspectos e sinais de tempestades anti-americanos, principalmente anti-Trump, das quais falamos, parte delas reações naturais ou intencionais e coordenadas, pelos inúmeros atores e players internacionais afetados pelas ações e prepotência dos EUA. Vejamos então:
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- reações internas e insatisfação popular decorrentes de intervenções de Trump em estados e políticas em áreas sociais, políticas de educação e migração, ambientais, segurança pública, ou também relacionadas a economia e efeitos das políticas de relações externas, que influenciam nas cadeias produtivas (redução drástica da mão-de-obra pouco especializada), elevação dos preços de produtos importados, inflação e recessão iminente;
- perda de confiança, as políticas de tarifas indiscriminadamente aplicadas ou não, e usando métodos que beiram chantagem e ataques aos sistemas de comércio mundial ou aos acordos que até então os Estados Unidos mantinham, já são um grave efeito colateral da agressividade trumpista, e podem trazer problemas de longo prazo, forçando no futuro a correções para corrigir possíveis perdas de mercados para produtos exportados dos e para os americanos, uma vez que prejudicam contratos e fornecedores em meio as políticas e tarifaço adotados no EUA;
- rupturas com aliados e parceiros, o abalo nas relações diplomáticas, econômicas, políticas, com antigos e tradicionais aliados e parceiros americanos, alguns com históricos de séculos, muito afetados ou jogados ao limbo, é algo concreto e que se amplia e mostra irreversibilidade aos níveis que já foram para um período imediato, ou próximo, menos ainda sob Trump, é o caso das relações com o Canadá, possivelmente com França e Dinamarca, Panamá, ou até com o Brasil;
- insatisfação internacional com deportações irregulares, que nem sempre tem relação com a ilegalidades na presença em solo americano, e são usadas como instrumentos de barganha comerciais, casos em que vistos concedidos são alterados ou revogados abruptamente, com prejuízos as pessoas, nações, e as estruturas acadêmicas, e até econômicas, mas também pelas formas desumanas e constrangedoras que Trump e seu aparato tem implementado, violando acordos, é o caso de situações com chineses e sul coreanos;
- ameaças ao dólar, seja como reações ou perda de credibilidade na moeda como padrão internacional, algo que se amplia muito com Trump, e por conta disso surgem alternativas em várias partes do mundo, umas com uso do ouro como lastro, ou moedas nacionais, ou criação de novos padrões, à exemplo do que fazem China, Rússia, Índia e futuramente os membros dos BRICS;
- dívida econômica crescente, resultados de longos períodos de ênfase no militarismo, que Trump prometia reduzir, solucionando o conflito na Ucrânia, em Gaza, e evitando novos conflitos, algo que parece mentira diante do comportamento de Trump, hora ameaçador e com agressões como no Irã e Venezuela, e em total descompasso com a realidade em relação a Ucrânia, Rússia e Israel;
- reflexos econômicos negativos potencializados, como dissemos, a inflação se ampliou nos EUA, produtores de soja americanos perderam mercados, também os de vinhos são retaliados, China, Índia, e até Canadá, já impuseram respostas recíprocas, o Brasil ainda estuda, e encomendas dos EUA para Índia foram suspensas, China impôs restrições a exportações, inclusive de Terras Raras e imãs, afetando setores de tecnologia americanos, o Brasil, apesar de tarifas de 50% aplicadas por Trump, encontrou novos mercados para maioria de seus produtos, e ocupa espaço antes dos EUA, nas vendas para China principalmente, americanos já sofrem com o desemprego e os preços altos, e as perspectivas são piores para os próximos meses;
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- perda de poder geopolítico, um fato concreto e com a imagem prejudicada, que os americanos agora tem, tanto na ONU, como na OMC, e outros organismos, também no mundo, com relações difíceis com os antigos aliados na Europa, com agressões e ameaças americanas em várias frentes simultaneamente, tendo surgido resistências antes não vistas ou imaginadas, na Rússia, no Irã e alguns países do Oriente Médio, mas principalmente da China sob o comando de Xi Jipieng, que manda recados diretos e desafiadores, ainda que com uma política plural e de multilateralismo, seja isoladamente, ou por meio dos BRICS e o conjunto de nações do Sul Global, ou como fez recentemente com movimentos e aproximação com a Índia, uma potência que se afasta dos americanos, e ainda com uma enorme demonstração de força com a presença de Putin da Rússia e do ditador norte coreano, aliados de Xi, presentes no desfile chinês;
- ampliação de reações coordenadas, ainda que a UE tenha falhado no caso das tarifas e acordos com Trump, outros estão resistindo e superando o tarifaço, graças as ações conjuntas e coordenadas que já surgem, especialmente as realizadas conjuntamente por Lula no Brasil, que tem agido com muita sabedoria e firmeza, e Xi Jipieng da China, com acordos e mútuo apoio, também no âmbito do BRICS, Lula e Xi, conseguiram aumentar a rede de apoio para Rússia, Índia, África do Sul, e outros países que se movem juntos, algo que graças ao protagonismo do presidente Lula, se vê com o acordo entre Mercosul e União Europeia, em fase de finalização, isolando ainda mais os americanos, reforçando a globalização das relações e mercados;
- degradação dos acordos nucleares, desde as disputas com o irã e também com a Rússia, mostra que há uma maior degradação de acordos de controles de armas atômicas, e países diversos demonstram preocupação em domínio ou avanços tecnológicos nucleares e bélicos, ampliando os riscos para o mundo e principalmente para os EUA, fatos importantes e recentes simbolizam estes aspectos, tais como a elevação e modernização dos arsenais nucleares na Coreia do Norte, na Rússia, e na China, inclinações entre europeus para este fim, a participação nos aparentes ataques inconclusivos contra instalações no Irã, por Israel e EUA, e a tríade nuclear que se alinha sob liderança da China, e que envolvem também Rússia e Coreia do Norte, num claro e forte recado aos americanos;;
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- potencialização da influência da China, que parece ter se ampliado em razão das tarifas e condutas desrespeitosas de Trump, com ameaças e chantagens a países e blocos, injustificadas, que tem gerado resultados adversos aos pretendidos pelos Estados Unidos, e projetado China e parceiros como países confiáveis, defensores das relações globais positivas, no comércio internacional, nas interações sociais e políticas, econômicas, diplomáticas e militares, estreitando laços e compromissos importantes, onde a China tem se destacado positivamente, enquanto EUA tem uma imagem ruim e perde parceiros e alianças, como na sensível aproximação entre China e Brasil, em diversos campos e aspectos;
- aumento de riscos para os EUA e o mundo, é notório que o conjunto dos fatos mencionados, implicam em uma instabilidade crescente e riscos de segurança para Trump e o povo americano, por uma sucessão de intervenções inadequadas de seu governo, de forma arrogante, grosseira ou violenta. O que vemos no Oriente Médio com a cumplicidade plena de Trump com Netanyahu, no genocídio em Gaza, praticados por Israel, que com a participação dos EUA recentemente atacou também o Irã, e na data de hoje, os israelenses ampliam o caos, quando realizou violentos ataques ao Catar, abrindo novas e perigosas frentes de conflitos, ainda assim com apoio de Washington. Aliás sem o menor pudor, e sem avaliar as consequências, a Casa Branca, estende ameaças a países da América do Sul, a princípio com alegações vazias contra o governo da Venezuela, e no instante atual contra o Brasil, seu sistema de justiça, a democracia e o governo Lula, apenas para proteger criminosos e traidores bolsonaristas, acusados ou condenados pela tentativa de golpe do dia 08.01.2023 em Brasília, e são parte de grupos de aliados dos americanos, numa afronta ao direito internacional, a soberania e autodeterminação dos povos, com consequências internas aos EUA. Os riscos que atingem os americanos, são também propagados pelo mundo, e tem criado um clima tenso na região, quando os atos de Trump já não serão suficientes para bloquear a perda de poder dos EUA, e não servem a mitigação de dos riscos que temem, e se materializam progressivamente.
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O cenário descrito não esgota o tema, e em se tratando de Trump, de seu desespero e arrogância para com muitas nações, desenvolvidas ou não, potências ou não, com ou sem poderio militar, muito ainda precisa ser dito e pormenorizado, e ainda assim não é suficiente para compreender e explicar o que ocorre e é péssimo para muitos povos, e para os EUA, sob muitos pontos de vistas, incorrendo em reações diversas e complexas no mundo, onde o trumpismo simboliza algo ruim.
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