sábado, 28 de dezembro de 2013

É tempo de repensar, e entender alguns dos acontecimentos recentes!

Nós estamos próximo a um novo ano, e constantemente vemos nos meios de comunicação uma retrospectiva de fatos, algumas delas bem orientadas e destinadas a um propósito nem sempre bom, de reforçar uma mensagem (subliminar ou pouco clara) que atende aos objetivos políticos e de classes, econômicos ou filosóficos de estruturas bem firmadas, e nem sempre comprometidas com a sociedade.

Mas não é hora de fazermos algo igual, nem de abordarmos aspectos que nos são interessantes, sob uma perspectiva também política, simpática as nossas próprias convicções e pretensões de enfrentar tais seguimentos em busca de uma verdade, que necessariamente seja a nossa, mas coletiva e pacificadora.

Antes porém, é nosso papel fazer um contra ponto em aspectos cotidianamente divulgados e trabalhados, vamos tratar rapidamente de três deles, o primeiro relacionado a atualidade econômica e sua abordagem na imprensa, o segundo a eleições de 2014 e fatos recentes, e o terceiro relativo a abordagens destes temas sob a ótica religiosa, em alguns segmentos.


O que há por trás do pessimismo amplificado por parte da imprensa? ------------------

Sobre o primeiro ponto há algo simples e direto a comentar, diz respeito a onda de pessimismo que parte da imprensa brasileira tenta propagar em meio à sociedade brasileira, através da ênfase a pontos e aspectos negativos da economia brasileira (que como a mundial sofre reflexos das recentes crises internacionais, até de forma menos intensa e tardia que muitas outras nações), que são temporais, mas que afetam sim parte da população num ou outro aspecto.

O que há de negativo não é divulgar fatos em si, mas a atitude de amplificar dando dimensões maiores do que estes tem de fato, distorcendo ou tirando conclusões antecipadas e tendenciosas, que passam a ser tratadas e divulgadas como verdades e fatos concretos (quando não passam de simulações que tem grande probabilidade de não ocorrerem), ignorando ações e políticas de visam minimizar ou eliminar possíveis efeitos sociais de percalços econômicos, feitas e adotadas pelo Governo Dilma.  Numa clara atitude de transformar tais meios de comunicação em instrumentos políticos partidários em prol de um ou outro candidato contrário ao atual governo, mas que ao divulgarem como fatos o que é especulação ou projeto político partidário, causam enorme mal a economia e a sociedade, na tentativa de transformar em verdade o que apenas é simulação e assim influir no resultado eleitoral de 2014, algo que não é novo e depõem contra a "liberdade de imprensa", ao se verificar a ausência de compromisso ético e respeito ao povo brasileiro.

Recentemente vimos algumas das apostas dos "jornalões" dar com os burros n'água, mas chamamos a atenção para que a população possa receber informações críticas e discernir no momento certo e de forma adequada, conforme suas convicções formadas sobre notícias imparciais e conhecimento mais amplo. Lembremos alguns dos episódios a partir de comentários críticos, e outras posições que não a dos barões da imprensa brasileira, que tentam mudar as tendências eleitorais de 2014.

Um dos aspectos que mais são tratados pela imprensa do pessimismo é o alardeado "descontrole dos gastos públicos" que afundaria o país (algo que não tem eco na realidade), pois o Governo Dilma anuncia recorde de superávit fiscal, e mostra folego para manter políticas sociais sem comprometer as bases econômicas, contrariando as previsões pessimistas de economistas liberais e da imprensa golpista (como são rotulados os meios de comunicações que abraçam as bandeiras partidárias dos tucanos e outros, Globo, Folha de São Paulo, Estadão, Veja, e outros).


ÁGUA FRIA NOS PESSIMISTAS: SUPERÁVIT FISCAL É RECORDE - Brasil 247 27.12.2013

Fotos Brasil247

247 ADVERTE: APOSTA NO PESSIMISMO É ELEITORAL - Brasil 247 26.12.2013

Contraponto 12.956 - "Fiesp judicializa a política sob as bênçãos da imprensa e o olhar de Joaquim Barbosa" - ContrapontoPIG 20.12.2013

Entrevista coletiva concedida pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, durante café da manhã com jornalistas-setoristas do Palácio do Planalto - Brasília/DF - Planalto.gov.br 18.12.2013

NASSIF CRITICA PESSIMISMO MILITANTE DA VELHA MÍDIA - Brasil 247 16.12.2013

Brics não veem razão para pessimismo, diz enviado do Brasil ao FMI - ACIL 11.10.2013

Com alta de 1,9%, consumo isola pessimismo da Globo - Gazeta da Cidade Alta 12.09.2013

ITAÚ LIDERA PESSIMISMO E DERRUBA PIB - Brasil247 05.06.2013

Precisamos entender que há um segmento social, elitista, que tenta aproveitar-se de situações e números às vezes desfavoráveis para viabilizar seus próprios projetos, algo que os uni a segmentos da imprensa, e que nós denunciamos em muitas ocasiões, não por tendência política própria mas pela necessidade de contraponto e esclarecimento dos fatos, em benefício da livre informação e da sociedade.

Contrariamente a estes e ao pessimismo, há políticas fiscais e sociais que estão funcionando (se não como desejada, mas significativamente), e trazendo ao jogo da partilha e do desenvolvimento social,  pessoas que antes estavam à margem e excluídos. Seja através de incentivos ao crédito com imposição de outros cenários a grandes instituições financeiras concentradoras de riquezas, que não seja os do juros altos e lucros abusivos, com a destinação social de muitas das atividades dos bancos públicos ou mistos, BB, Caixa Econômica, BNB, que intervém no sistema financeiro fomentando a economia e o crescimento social, através do financiamento a agricultura (inclusive familiar), ao empreendedorismo, e ao crédito com juros acessível, ou mesmo financiando ações do PAC, Minha Casa Minha Vida dentre elas.

Programas e projetos que precisam crescer e atingir maior parcela da população, superando as críticas da imprensa irresponsável e até resistência de setores elitistas e seus representantes, como alguns administradores e funcionários de algumas instituições, inclusive bancárias públicas (que destinam pouca atenção ou negligenciam ações sociais, em prol de lucros, de carreirismo, ou interesses outros).

Eleições 2014, como a mídia e os fatos recentes podem influenciar o eleitor? ------------------

Em pauta a ação dos apologistas do caos econômico e dos que pregam um estado de desgoverno nas contas públicas, como vimos anteriormente, onde cria-se um bloco midiático e de forças, de empresários e empresas que costumam beneficiar-se da concentração de riquezas, e que tentam criar as condições de um palanque eleitoral para 2014, seja apregoando o terror nas mentes dos eleitores mal informados e a partir de distorções da verdade, em todos os aspectos políticos, econômicos e sociais, ou por sistemáticas e constantes afirmações de aspectos negativos, amplificando sua intensidade ou ocorrência de forma terrorista e totalmente parcial.

Na linha do inusitado e do novo, tentam alavancar azarões e terceira vias eleitorais como alternativas ao eleitor, que tentam desencantar de forma intensa e repetida, na prática não há ninguém novo pleiteando atingir a presidência em 2014, e mesmo quem apregoa-se como "mudança" tem compromissos em alguns casos com representantes do conservadorismo e de um estado de exclusão.  Um outro aspecto é que os ares de mudança que tentam impor a população, não apontam de fato para os melhores interesses desta.

Vejamos o que sinaliza e aponta para conclusões como esta:

PERNAMBUCO CENSURADO Sindicato dos jornalistas manifesta preocupação de censura por parte do Governo Eduardo Campos e Poder Judiciário - GGN 19.12.2013

Propinoduto tucano e os R$ 40 bilhões - Blog do Miro 13.12.2013

Envolvidos no propinoduto tucano já foram citados em outros casos de corrupção - Revista Fórum 22.11.2013

Propinoduto tucano: 15 anos de mistério e impunidade - R7 28.10.2013

Em meio a denúncias e jogos políticos ocorre:

Aécio Neves e Eduardo Campos, acordos em discussão 

Conversas de bastidores estariam ocorrendo entre Aécio e Eduardo Campos, para sacramentar apoios mútuos em caso de segundo turno em 2014, é o que sinalizam algumas reportagens publicadas, mas isto evidencia projetos comuns e que destoam dos discursos públicos que alguns destes tem adotado, como os de Marina Silva por exemplo, uma vez que as práticas tucanas e dos próprios pessebistas não apontam para mudanças políticas, se observadas os cenários políticos e administrativos em que estão mergulhadas muitas das administrações à cargo destes.

Eduardo Campos conversa com Aécio e diz que encontro foi casual - UOL Folha de São Paulo 09.12

Eduardo Campos e Aécio Neves podem dividir palanques em até 15 Estados - Ultimo Segundo 29.10.2013

Eduardo Campos e Aécio Neves fecham acordo, diz jornal - Exame 31.08.2013

O povo em sua sabedoria consegue enxergar as ações acima das propostas dos que se auto-intitulam como novos, ou propositores de novas formas de fazer política, percebendo o pragmatismo e o fisiologismo nestes, desmascarando-os, em especial os lobos em pele de cordeiro:

NÃO SE ENGANEM. O ADVERSÁRIO A SER BATIDO POR AÉCIO É EDUARDO CAMPOS. E PARA EDUARDO, É AÉCIO - Brasil 247 25.12.2013

CNT: Aumenta rejeição a Aécio, Marina e Eduardo; taxa de Dilma cai - CNT 07.11.2013

Há quem diga que o jogo dos opositores é para 2018, e que o pretendem é de fato consolidar uma candidatura forte não necessariamente para agora, mas que passa por projeção maior do nome e construir forças capazes de desbancar o PT não em 2014, mas em 2018!


O conservadorismo faz ressurgir rincões religiosos em meio a política e a sociedade? ----------------

Sobre bases que são apregoadas como de defesas de princípios religiosos, assistimos movimentos que não são novos mas que em algumas vezes se apresentam com faces novas, e sobre a bandeira de valores cristãos sérios e louváveis, apoiam-se pessoas pouco sérias ou cujo os compromissos não são verdadeiramente cristãos.

Vimos isto com políticos evangélicos á pouco tempo, que criaram esquemas e máfias, enquanto enganavam a boa fé de cristãos e usavam falsamente de valores como instrumentos eleitorais, algo para o qual queremos chamar a atenção.

Uanderson Fernandes/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

Pastor Marcos Pereira é condenado a 15 anos de prisão por estupro no Rio - UOL 12.09.2013

Em alguns momentos vemos religiosos ou representantes, organizando-se e unindo suas forças para dar enfrentamento a ações públicas e que transitam em diferentes esferas, judiciais, legislativas ou de governos, seja em campanhas públicas, denúncias, ações políticas ou civis, ou através de condicionamento de apoio político, formas e instrumentos legítimos e não condenáveis de agir em defesa de seus valores e interesses.

Infelizmente, nem sempre é possível louvar os posicionamentos, inclusive por razões que extrapolam a racionalidade, há ainda entre as diversas manifestações religiosas cristãs, parcelas e segmentos que agem de forma exacerbadamente conservadora (e conservadorismo no contexto religioso não é algo negativo), pois a pretexto de defesa de alguns valores assumem posições que ratificam ações anti-cristãs, pois reforçam grupos e posições políticas e sociais que são forças opressoras ou excludentes, e que interrompem iniciativas que buscam a justiça social, o equilíbrio e a assistências de enormes parcelas da sociedade.  Não enxergam de forma ampla as mudanças em prol da sociedade, e sistematicamente apoiam quem já foi opressor ou defende interesses próprios, mas que de forma hipócrita e falsamente se propõem a fazer ações cristãs (muitas periféricas e superficiais), apenas para obterem apoio de grupos religiosos.  Em 2014 vamos ver mais destas ações, de enganadores e enganados, combatendo projetos bons em razão de falsos cristãos.

Vejamos o que ocorre entre os católicos:

Aspectos não necessariamente relacionados com nossas ponderações, mas que implicam em pontos destas, podem ser vistos nos movimentos que se sucedem no interior da Igreja Católica, muito bem vindos, e que partem da oportuna ascensão do Papa Francisco, que sem ameaçar os valores cristãos, faz reformas em pontos necessários da estrutura milenar e alerta para hipocrisias,  para o distanciamento clerical e das obras, promovendo reformulação de propostas e aproximando a Igreja das iniciativas em prol da humildade e dos humildes, sem manipulações conservadoras contrárias ao bem estar coletivo, e dando um roupagem social mais despojada a Igreja e menos presa a preconceitos na direção de assistir e acolher os fiéis e não das práticas erradas.

Movimentos de que de alguma forma se assemelham a renovação da fé, promovida por São Francisco na Idade Média, e aos valores exortados por Pedro em sua I Carta nos capítulos I e II.

Para compreender melhor e entender o que falamos sugerimos ler os textos a seguir, e fazer um paralelo com algumas exortações nem sempre pertinentes, ainda feitas por alguns sacerdotes e membros da Igreja, que não entendem os ventos renovadores e as mensagens edificantes do Papa Francisco, e se apegam a pontos menores e menos construtivos de hábitos e posições institucionais antigas, e que não foram exemplos da expressão e do amor de Cristo (coisas como as que foram vistas em alguns momentos nos regimes ditatoriais, e em parcela da Igreja).

 Conjuntura da Semana. Papa Francisco. Uma "primavera" na Igreja católica? - IHU

O duro recado que o Papa Francisco passou aos Bispos - LeonardoBOFF.com 20.08.2013

Mudanças na Congregação para os Bispos: a não renovação de Burke e Rigali causa perplexidade. RainhaMaria 17.12.2013

Não há contradição em buscar a essência, em permanecer fiel a ela, e entendemos que este o objetivo do Papa Francisco, com reformas que ocorreram no tempo e compasso adequado,  mas não tão previsíveis sejam para um lado ou para outro da trajetória, mas preservando o primordial.

É preciso perceber no entanto qual é a essência, e a percepção correta não é nova, mas que agora é novamente resgatada e parte da conclusão de que a Igreja é Cristo quando agi e pensa como fez Jesus. E não a partir de sua própria estruturação e interesses como instituição, sem a perspectiva original, essencial, em Jesus.  Como tem declarado Francisco ao exortar os católicos a simplicidade e a viver o amor de Cristo.

Neste sentido a Igreja tem compromissos com toda sociedade e com o verdadeiro estado de bem estar coletivo, e não com esta ou aquela posição partidária, é desta forma que pode ser contextualizado o papel dos cristãos, não omissos nem manipulados, mas atuando sinceramente em prol de seus valores e não de estruturas e propostas de perpetuação de alguma forma de poder, em troca de alguns favores e concessões.


Fechamos esta publicação desejando à todos um 2014 de serenidade e paz, de transformações e crescimento na direção da justiça social, da liberdade, da igualdade que só se consegue pelo exercício da fraternidade, e que nos é possível sobre a ótica de quem reconhece e age tendo a Deus como nosso Pai e criador! 

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