quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Dilma 44,29% x Marina 37,61% Pesquisas eleitorais e seus efeitos!

Em mais uma série de pesquisas, dados são jogados meio que desconexos ou sem sustentação em bases sólidas para de alguma forma tentar influenciar os resultados eleitorais nas urnas.

Não obstante as muitas falhas ocorridas ao longo de várias campanhas eleitorais, institutos repetem as mesmas fórmulas, e atendem em alguns momentos muito mais do que foi solicitado pelos contratantes, e com jeitinho forçam os números e dados apresentados para maquiar resultados e prognósticos.

Para quem pensa que se trata de algum exagero, leia algumas das chamadas a seguir e tirem suas conclusões:






Dito isto prosseguimos, lembrando que vez ou outra emergem suspeitas e denuncias que há outros interesses por trás dos erros de certos institutos de pesquisas, mas nem é necessário entrar numa linha de debate que possa ser associada à teorias conspiratórias.  Apenas lembramos que o simples noticiário de que este ou aquele candidato está à frente nas intensões de voto, além de poder influenciar os votos dos indecisos, provocam movimentos anormais nos mercados financeiros trazendo ganhos ou perdas em razão da ação de especuladores, algo que não pode ser descartado como intenções de fundo que movem alguns interesses.  No Brasil isto é mais comum do que se imagina!

Nem vamos procurar mais causos, há quem diga que neste momento está em curso uma grande manobra para alavancar os números do candidato do PSDB e baixar os da candidata do PT, para tentar criar fato novo e levar indecisos ou àqueles que pularam para neo-tucana Marina, a votarem em Aécio. Sei lá, quem pode imaginar o que rola nos bastidores?

Bom, não vamos nos dedicar a falar sobre isto, as próprias pesquisas como divulgam os institutos e suas metodologias já guardam uma incerteza e confiabilidade que não é pouco significativa, e se associarmos a possíveis "incidentes" (naturais, problemas locais, falhas de urnas, etc) no processo, a coisa pode debandar para números muito distantes do que apresentam como  notícia bomba, ou como encaram alguns, como números líquidos e certos, como se os votos já tivessem sido apurados.

A maioria das amostragens revelam que são feitas com grau de confiabilidade em torno dos 95%, isto vemos nas divulgações do Datafolha, Ibope, Vox Populi, etc.  Na prática o que dizem é que não é possível prever como se comportará 5% dos eleitores, e a base de eleitores do Brasil é de 142.467.862 (segundo TSE), o que significa que não se pode imaginar no intervalo definido com nível de confiança de 95%, o que faram os 7.123.393 eleitores.

Veja o que diz o IBOPE em seu portal sobre intervalo de confiança e compare.

Acham pouco, ainda não consideramos que mesmo dentro do intervalo de confiança, há uma margem de erro (oriunda da amostra, e geralmente de 3%), o que quer dizer que representativamente (já que amostra é apenas a representação do todo) ainda podem ocorrer distorções nos resultados obtidos que podem indicar uma imprecisão de até 3% para mais ou para menos, que proposta a nível de base eleitoral (nacional), pode representar uma imprecisão em número de eleitores que pode totalizar até 4.274.035 (leia-se quatro milhões duzentos e setenta e quatro mil e trinta e cinco).   É mole?

Tem mais, dentro das estimativas ainda há um grau de indecisos que podem ser na casa de alguns milhões de eleitores, a depender da base, região ou estado, e refletir bastante nos números nacionais.

Existem também questões relativas com a credibilidade dos institutos, propósitos destes e de seus contratantes, e mesmo nos números apresentados haver manipulações na amostragem (como por exemplo relativas a distribuição geográfica ou abrangência da amostra, ou perfil dos entrevistados), ou ainda na interpretação dos dados, para forçar um resultado que agrade o contratante (neste caso com a possibilidade do instituto de pesquisa, colocar margens de erros ou grau de precisão mais elásticos para justificar possíveis "erros").

Na prática e sem considerar outros aspectos (fatores adversos por exemplo, climáticos, sociais, econômicos e estruturais) pesquisas podem ser apenas um indicativo de intenção de voto, mas não um fato como alguns encaram ou tentam passar para a opinião pública. 

Apresentamos no título um resultado de pesquisa, e muitos podem se perguntar de qual instituto veio estes números, qual a metodologia e quem encomendou, etc....

Calma! Vamos chegar lá!

Decidimos checar a veracidade e consistência das informações apresentadas pelas mídias por meio da internet, então adotamos alguns princípios matemáticos simples e acessíveis (porém válidos e consistentes).

Supomos a princípio que todos os dados referentes as pesquisas (não foram usadas apenas uma) fossem consistentes e merecedores de credibilidade, quanto a método de amostragem, rigor científico, interpretação, validade (tempo e atualidade) e conclusões apresentadas.  Para tanto adotamos o critério de obter dados por estado (para pesquisas referentes a eleição para presidente), e claro de acordo com a disponibilidade (pasmem, nem todos os estados tiveram divulgação de pesquisas para presidentes, o que pode indicar falhas nas amostragens nacionais de uma pesquisa).

Para manter coerência e confiabilidade pegamos os dados das pesquisas mais recentes (infelizmente algumas poucas são de cerca de 15 dias passados, como dissemos por haver estados que não foram pesquisados por alguns dos institutos mais conhecidos), mesmo assim dentro de um nível igual de confiabilidade de 95% (muito adotado) e margem de erro de 3%.   Usamos dados do Datafolha, do Ibope em sua maior parte, e de alguns outros institutos quando não havia pesquisas disponíveis, elaboradas pelos inicialmente citados.

Para nossa surpresa, 03 (três) estados não dispunham de dados dos citados institutos (Ibope e Datafolha, nem num intervalo de 90 dias passados), São eles Pará, Maranhão e Tocantins, uma base de eleitores com mais de 10,6 milhões de eleitores e onde há ampla vantagem para candidata Dilma do PT, segundo pesquisas de outros institutos.

Os dados de cada estado, alguns com pesquisas com amostras de 812 eleitores, outros com 1201, ou 1500, ou 2002, etc.  Permitem um espectro de amostra maior em número de eleitores, municípios e regiões, mesmo que mais de 80% das informações tenham vindo de um mesmo instituto (o Ibope), e numa amostra que supera 29 mil eleitores em centenas de município de todo o Brasil, numa melhor distribuição geográfica.

Ao final é só aplicar os percentuais por estado de acordo com cada pesquisa e sobre o número de eleitores por estado (oficiais do TSE), totalizar, e comparar considerando os aspectos de confiança e margem de erro, e todos mais como adequados segundo o método de cada pesquisa divulgada.

Obtivemos então para Dilma do PT 44.29% dos votos válidos, e para Marina do PSB 37,61% dos votos válidos.  Lembrando que foram a partir dos resultados das pesquisas divulgadas e não de uma pesquisa realizada por nós.  Não apresentamos dados do candidato Aécio por está este distante numericamente dos dois primeiros colocados, e consideramos a base de votos válidos de 116.997.204 eleitores (obtidos dos somatórios de todos os votos pesquisados, de acordo com aplicação de percentuais de cada pesquisa por estado, respeitando a confiabilidade de 95%).

Relativamente a este resultado ainda apuramos um percentual de 8,11% de indecisos (computados sobre todos os votos), que é igual a 11.559.398.  Mais de 11 milhões de votos em todo o Brasil!

A partir de então podemos ainda interpretar que é alta a probabilidade de não ocorrer segundo turno nas eleições presidenciais de 2014, considerando que os parâmetros, validade e condições das pesquisas utilizadas continuem nos próximos dias (até a eleição) compatíveis com os que existiam quando da realização de cada pesquisa (recentes), e que se projetem em proporções equivalentes sobre os eleitores indecisos.

Sob tais circunstâncias se elevaria o total de votos válidos para Dilma Roussef a 47,88 %, e com uma margem de erro de 3% (podendo ser inferior) ela atingiria 50,88% e não haveria segundo turno, uma vez que para ser eleito é necessário 50% mais 01 (hum) votos válidos.

Dilma seria eleita em primeiro turno! Algo que a maioria dos institutos não projetam, a não ser alguns tidos como mais isentos e confiáveis por alguns analistas.

Para dar mais clareza, eis mais alguns dados:

% de votos válidos e sem indecisos por região                          

                            Dilma do PT          X          Marina do PSB

Sul                          43,71%                                30,55%
Sudeste                   36,71%                                41,36%
Norte                      45,89%                                35,84%
Nordeste                57,16%                                35,58%
Centro Oeste         38,68%                                39,33%     

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Ratificação e complemento em 20.09,

Seria errado construir uma percepção sobre votos baseados no raciocínio, como ao atribuir mesma proporção de votos de indecisos e obter 50.88% de votos válidos!  Para manter coerência é certo que a base de votos válidos se amplia quase que na mesma proporção (há questões relativas a confiabilidade e arredondamentos antes e depois de apresentados os números).  Percebam que o universo de votos não considerados (95% de confiabilidade) é suficiente para não sermos tão detalhistas e minuciosos, são mais de 11 milhões de votos e que aproximam as análises cada vez mais de dados que envolvem toda a base.

Aproveitamos para relatar que houve ligeira alteração nos dados, uma vez que até dia 19.09 foram publicados novos dados referentes a pesquisas em PE, PA, SC, e DF, os demais permaneceram os mesmos adotados nos cálculos.  No SC e PA as vantagens de Dilma do PT para Marina se ampliaram, e em PE a diferença pró Marina do PSB em relação a Dilma do PT (2º nas pesquisas) caiu, já no DF as margens ampliaram-se em favor de Marina do PSB.

Com isto Dilma PT passou a ter 44,6% dos votos válidos e Marina PSB 37,48%, elevou em 0,48% a diferença  em favor da atual presidenta.  Os indecisos ampliaram-se para 8,13% uma variação de 0,02%. Projetando-se a mesma proporção de votos válidos sobre indecisos agora Dilma teria 48,22% dos votos, e 3% de margem de erro a considerar, que poderia levar a 50%+1 no primeiro turno. Lembremos que as pesquisas são totalmente imprecisas quanto a 5% dos eleitores na base do TSE.

Neste aspecto reforça-se nossa primeira análise dos dados das pesquisas por estado.  Há migração de votos de Marina do PSB para Dilma do PT em relação aos primeiros resultados, a margem de erro continua sendo de 3%, o número de eleitores pesquisados supera os 30 mil e a confiabilidade de 95%.

Por região houve mudanças:
  
% de votos válidos e sem indecisos por região                         

                            Dilma do PT          X          Marina do PSB

Sul                           43,94%                                30,68%
Sudeste                   36,71%                                41,36%
Norte                      49,92%                                35,10%
Nordeste                57,44%                                35,01%
Centro Oeste         37,33%                                40,25%     

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Denuncismo e desespero, a última cartada tucana

A história das últimas eleições majoritárias e das disputas ideológicas travadas no Brasil, especialmente os eventos e momentos protagonizados por tucanos e trabalhadores, contam com uma certa repetividade de fatos, métodos e discursos, mas há muito que a atuação de grupos de apoiadores,  simpatizantes, e outras denominações auxiliares,  em especial em alguns importantes segmentos sociais, extrapolaram as vias da ética, da correção e do respeito as instituições republicanas e sociais, como ocorre em parte da mídia brasileira. 

Mais uma vez é o que vemos ocorrer nas "recentes" denúncias da Veja (enquanto proposições construídas a margem de evidências e conclusões apresentadas pelas instituições republicanas, STF, MP, PF), no que pese até então não haver denúncia constituídas e concluídas contra alguns dos apontados pela revista em sua ultima edição.

Lamentavelmente alguns pensam que podem transformar o Brasil e o povo, em reféns de seus interesses econômicos e políticos, sejam os que cometem desvios por razões diversas, sejam os que atuam como agentes corruptores, ou mesmo os que empunhando uma bandeira de hipocrisia, destorcendo e manipulando fatos e informações segundo seus interesses, e por meio de denúncias as vezes vazias, não apuradas ou formalizadas, repletas de achismos e "versões" que se distanciam dos fatos e das realidades concretas, para promover sensacionalismo as vésperas de eleições e tentar assim influir na opinião e no voto dos eleitores pouco esclarecidos. 

Sistematicamente temos visto veículos jornalísticos brasileiros parciais e tendenciosamente agirem de forma tão deplorável e nociva contra as instituições e interesses do povo brasileiro, como àqueles que praticam corrupção e outros crimes, para perpetuarem seus próprios interesses ou dos segmentos que representam ou pretendem representar.

Não estamos questionando a saudável intervenção jornalística e as responsáveis práticas que contribuem para a elucidação e divulgação dos fatos que possam atingir o povo e a nação, quando pautados pela ética e pela responsabilidade com as notícias e os fatos. Os que agem assim, prestam serviço ao país e merecem nosso apreço, o que não parece ser o caso das recentes manchetes que beiram as práticas de tabloides sensacionalistas e difusores de mentiras e interesses, a exemplo dos que há pouco tempo foram desmascarados em esquemas de espionagem e fabricação de manchetes na Inglaterra, e fazem parte de grande grupo da mídia inglesa.

Aqui no Brasil há adeptos a tais práticas condenáveis e tendenciosas.

Temos visto a Veja por exemplo, omitir-se de dar uma cobertura ampla, responsável e imparcial, aos fatos que envolvem o propinoduto tucano e a cúpula do PSDB em São Paulo, onde funcionavam esquemas de desvios e propinas de décadas por parte de políticos tucanos.

A bem da verdade só recentemente tais denúncias receberam maior atenção, mesmo das autoridades, em meio a evidências de manobras e tentativas de arquivamentos anteriores que envolvem até membros do MP paulista, e que na grande mídia: Globo, Veja, Estadão, Folha, JB, etc, (ao menos na maior parte destes) mal se fala no assunto que já está em fase avançada de investigação.  Um caso com farta documentação e que conta com a delação promovida por uma das empresas, e representantes, diretamente envolvidos no esquema de corrupção que se apura, algo que envolvem contratos no valor de cerca de 40 bilhões de reais.

Tucanos acusados no escanda-lo do Metrô de SP - Reproduzida do Google Imagem


Quase nenhuma menção se percebe nas mídias, nem há capas da Veja como as recentes envolvendo a Petrobrás, mesmo como dissemos,  diante da consistência das acusações contra os tucanos (amparadas em provas e investigações já públicas).

Assim também foi o procedimento de tais veículos na maior parte das denúncias e escândalos ao longo da era FHC, que tinha apoio de alguns e um outro por "engavetador geral" (o representante máximo da PGR à sua época).   Sem falar em outras situações posteriores, mas nenhum pouco recentes, como o Mensalão Mineiro.


Outros momentos de falta de compromisso de alguns veículos de comunicação foram vistos em outros episódios, em períodos eleitorais, e também em momentos de mudanças sociais de interesse da população, ou mesmo apenas quando atingem a dignidade de pessoas por razões diversas, criando situações que beiram aos métodos usados pela direita fascista.

Em alguns momentos a reparações posteriores, mas não a altura dos prejuízos causados, alguns irreversíveis,





Mesmo com as condenações a reparação pública, não ocorrem nas proporções adequadas, quando algumas matérias fantasiosas e caluniosas trazem males e estragos irreparáveis, especialmente em momentos sensíveis, inclusive a processos eleitorais e a candidatos caluniados.

No último final de semana, teve destaque as denúncias da Veja que envolvem a Petrobrás, políticos brasileiros e o ex-diretor afastado pela presidente Dilma, Paulo Roberto Costa, preso e acusado de envolvimento em desvios e corrupção, com esquemas antigos e que envolvem lavagem de dinheiro e doleiro já denunciado em outros processos, e preso pela PF.


A questão do momento, não é se as denúncias são procedentes ou não, elas tem sido objeto de cuidadosa investigação pela PF e pelo MP desde março, com prisões e esclarecimentos de atos delituosos que podem vir a ser alvo de denúncias mais amplas.

O MP e a PF contam com autonomia e isenção, algo que nos governos do PT de fato é diferenciado em relação a períodos anteriores como os da era FHC, que praticamente não ocorriam investigações, e não se devia ao fato de não haver denúncias, mas ao pouco interesse de seguir com as investigações em alguns casos cabendo ao PGR tal solicitação, que simplesmente não ocorriam e víamos as denúncias serem arquivadas sem investigações.  

O que ocorreu no propinoduto tucano, é emblemático como exemplo de investigações por décadas sem fluir.

E práticas que são condenadas pelos tucanos relativamente ao PT, se multiplicam aos montes em seu próprio ninho de políticos.

Aécio Neves é investigado pelo desvio de R$ 4,3 bilhões da área da saúde em Minas Gerais. - Pragmatismo Político 31.05.2013

Azeredo abre mão de mandato para tentar evitar julgamento no STF e não prejudicar Aécio - O Globo 19.02.2014


Aécio Neves, então governador, ao lado do primo e suposto sócio, Quedo - Reproduzida do Correio do Brasil


No cado da Petrobrás é preciso no entanto deixar o processo de investigação fluir como tem sido feito, e permitir que o MP e PF apresentem os resultados das investigações e uma peça acusatória consistente, o que ainda está em processo. E quem for acusado, que responda e apresente sua defesa conforme a Lei, mas o problema é que isto não interessa a alguns, não no tempo necessário, dentre eles o tucano Aécio Neves que amarga alta rejeição na campanha presidencial de 2014, e tende a se favorecer com as práticas de alguns representantes da mídia adeptos ao denuncismo para fins eleitorais e de benefícios a grupos simpáticos a suas convicções ideológicas.

A denúncia em si, não é nova, e nas páginas publicadas na Veja não há uma prova ou fundamentação que tenha sido obtida dos depoimentos já colhidos pelo MP e PF, num processo que corre em segredo de justiça e cujo os dados são submetidos a processos de segurança e confidencialidade, tendo no máximo a citada revista alegado que "pessoas ligadas ao processo" teriam transmitido tais informações (algo como um boato) ao colunista, não se sabe contudo se da forma que foi publicada as informações, estas estão baseadas em fatos contundentes e apurados (que até agora não foram apresentados por meio de denúncia competente), ou se baseiam apenas em especulações.

Mesmo denúncias que se baseiem nas declarações do  investigado. o Paulo Roberto, desesperado e cheio de rancor por ter sido exposto inclusive pelo Governo Dilma, mediante demissão, precisam ainda serem confirmadas por investigação dos órgãos competentes, ou provas contundentes.

A pergunta é se não há nenhuma prova cabal, e a lista apresentada por Veja trazem nomes de pessoas e políticos que ainda não foram ouvidos, ou submetidos a acusação formal, como não pensar que seja mais uma retórica eleitoral ou midiática?   


Os tais podem de fato estar envolvidos, como podem não estar, tal lista pode ter sido objeto de especulações da revistas e outros, não se pode ter certeza que não o foi.   A revista já esteve envolvida em momentos polêmicos, e o processo em questão não trás novidades além da lista que não se sabe de onde e como foi tirada, nem pode ser confirmada por quem de direito ao menos agora, como o MP e a PF.  Lembrando que há informações que a PGR só agirá após a coleta de depoimentos do acusado, e que deve se prolongar por semanas, mas a capa da Veja induz ao linchamento e condenação sem que haja ainda uma denúncia formal contra os possíveis envolvidos.



Algumas coisas já se pode dizer, como: é a falsa a percepção que tentam passar que o acusado e ex-diretor da Petrobrás é fruto dos governos petistas, o mesmo já ocupava cargos relevantes e de confiança na Petrobrás desde 2001 (já na era FHC e do PSDB), quando "possivelmente apadrinhado" por alguns políticos do PMDB e PSDB ganhou força, e ascendeu, independente dos governos do PT.

Há suspeitas que apontam para diversos envolvidos, entre empresas, industriais, lobistas, doleiros, políticos e governantes, e que há sim possibilidade de haver esquemas anteriores as administrações petistas envolvendo pessoas de outros partidos.  Contudo muitas das denúncias são até agora apenas sustentadas nas declarações do delator, que é acusado e poderia ser beneficiado livrando-se de penas até superiores a 30 anos de prisão, e que tem credibilidade duvidosa.

A cautela é a recomendação de muitos jornalistas sérios e independentes, alguns até que já viveram nos corredores das "grandes mídias", e conhecem a falta de profissionalismo e isenção de alguns.

PARA ENTENDER MONTAGEM DA VEJA: - Pagina do Enock 09.09

Além disto, diante de exemplos anteriores da ingerência da mídia em processos de interesse popular, ou na omissão e falta de posições realmente construtivas e de interesse nacional, como podemos nos deixar influenciar as vésperas de uma eleição? Parece mesmo que estão lançando mais um recurso baixo para tentar dar fôlego ao já decaído Aécio e ao PSDB, não importa o que ocorra depois e quem será ferido neste processo.

As manipulações das informações que são publicadas na mídia, muitas vezes implicitamente direcionadas para este fim, redundam em vantagens eleitorais e benefícios políticos a grupos associados aos empresários de comunicação no Brasil, como numa íntima relação de interesses, algo que assistimos para em alguns momentos favorecer políticos do PSDB, DEM e PPS, dentre algumas agremiações.

A questão de fundo no presentes atos midiáticos é maior, e diante de sucessivos problemas e de fato históricos de corrupções de décadas, pergunta-se porque os tucanos e parte importante da mídia e da sociedade, ou mesmo dos aliados do planalto, insistem em recusar as propostas de mudanças na política, como as apresentadas pelo PT e  Dilma para implementar uma reforma política, que permita o fim das campanhas patrocinadas com dinheiro privado, onde empresas aportam milhões para garantir seus interesses e comprar candidatos, votos e consciências.

Depois de falecer, Eduardo Campos “doa” R$ 2,5 milhões a Marina Silva - Revista Forum 09.09.2014

Contradições e sujeiras - Foco Brasil 28.08.2014

Vemos sucessivamente as práticas que fazem grandes grupos, aporta milhões, e se beneficiarem aprovando com o apoio de candidatos comprometidos com seus financiadores o que lhes interessa, independente do que é bom para o país.  Compra-se eleição e se elege apenas quem através dos consórcios e segmentos, recebem milhões e milhões para bancar suas campanhas, não é possível pensar que tais financiadores estejam desinteressados e que os partidos e alguns políticos, mesmo corretos consigam vencer tais lobbys, por isso o Estado se torna um latifúndio loteado onde alguns partidos dominam e se perpetuam.

Na era Itamar, o maior partido era o PMDB, sem ele não se governava e estava este presente nos cargos e ministérios, o mesmo foi na era FHC junto com o DEM e o PSDB, inclusive repetimos, o tal Paulo Roberto foi nomeado neste período, o PT assumiu o governo mas o PMDB dentre outros, continuou sendo o maior partido e exigindo cargos e ministérios, lembremos que todas as vezes que o governo tentava mudar algo que não interessava a políticos deste grupo, a base se rebelava. Estes aspectos precisam ser encarados e tratados sem hipocrisia, para caminharmos rumo a mudanças políticas e no financiamento de campanha.
O PT propõem como alguns o financiamento público de campanhas, algo que seria uma forma de tornar o político mais responsável e longe de corruptores, dando ao povo e aos eleitores forças sobre os candidatos e partidos que escolhe e elege.  Mas os que se beneficiam com o dinheiro dos empresários, banqueiros, especuladores, sonegadores e lobistas, se recusam a tratar do tema, ao ponto de haver uma forte pressão para mudanças por meio de plebiscito, rompendo com os interesses dessa elite.

PSDB, DEM e PPS são contra plebiscito da reforma política - GGN 27.06.2013

Emenda propõe banir financiamento de empresas a campanhas eleitorais - RBA 15.10.2013

Enquanto não vemos candidatos surfando e patinando, em mentiras e propostas que só agradam as elites que os financiam e se perpetuam no poder contra a vontade popular., Marina com seu discurso "certinho" parece que já se rendeu aos princípios que defende Aécio, relegam a uma menor importância o tema, ao que parece não vão destoar na forma de montar uma maioria se qualquer um deles for  eleito.

PT-SP rebate Marina: “Só quem não conhece nada do Brasil diz que a Petrobras está falida” - Terra 10.09.2014

Petrobras valia US$15,4 bilhões em 2003. Hoje vale R$214,6 bilhões. O que a imprensa noticia? - Limpinho e Cheiroso


Petrobras: produção de petróleo cresceu 2,2% em maio - R7 01.07.2014

Aécio e Marina, que conseguiram atrair para suas campanhas grandes grupos empresariais e financeiros (alguns acusados de sonegação fiscal) acusam o PT e a sua forma de gerir a coisa pública (mesmo sem provas), e no ímpeto de atingir seus objetivos levam o nome da Petrobrás a uma exposição em muitos momentos desnecessárias e injustas, com acusações que incitam aos que ouvem, pensar que a empresa não é sólida, sustentável, lucrativa e desvirtuam assim os méritos de sua administração, algo que não se consuma e é contestados pelos números vistos.

Mas no caso de Aécio, não é surpresa pois durante as privatizações conduzidas pelos tucanos do PSDB e por FHC, as empresas públicas brasileiras eram vendidas muito abaixo do preço de mercado, e em circunstâncias que geraram denúncias de favorecimentos e corrupção que foram engavetadas, foi o caso das teles e da Vale do Rio Doce conforme manchetes e publicações algumas das quais disponíveis.

Carta capital denuncia diálogos perigosos no telefone na época das privatizações entre FHC e Mendonça de Barros - Portal Luis Nassif 27.09.2010

Privatização da Vale do Rio Doce: Insânia ou negociata? Carta Maior 23.02.2006

Por a Petrobrás na berlinda poderia contribuir para vender a empresa a preço de banana, e presentear financiadores de campanha, mas antes de tudo ameaça os interesses nacionais.

Santayana: Teles privatizadas promovem colonialismo dissimulado - Viomundo 30.01.2013

No governo FHC corrupção era descaradamente acobertada - BlogdaCidadania 04.12.2012

Venda da Vale: o crime faz dez anos - Infonet 21.08.2007

Diante de tudo não é por acaso que parte da mídia responsável recomenda cautela sobre o tema!  O desespero de Aécio é evidente, e oportunismo de outros parece contaminar a campanha de Marina!


Imagem do Brasil 247

DELAÇÃO DE COSTA LEVA AO JATO CAMPOS-MARINA - Brasil 247 06.09.2014

Gustavo Castañon deixa PSB: Marina, a candidata da mudança, em liquidação - Viomundo 08.09.2014

Com tantas denúncias em apuração como podem jogar pedras?
No entanto nem pelo oportunismo e nem pelo desespero deve se guiar o eleitor, e esta cautela deve ser ampliada a decisão do voto, evitando embarcar em projetos que possam concretizar retrocessos aos benefícios sociais obtidos pelos brasileiros mais pobres, nossa argumentação não propõem o voto alienado, nem defende candidatos, mas se pauta pela manutenção da construção de um país independente e soberano, justo e socialmente voltado para a maior parcela da sociedade e não apenas para as elites como governaram os representantes de alguns dos partidos que estiveram no poder a 15 anos atrás, e que permeiam as campanhas tidas como "moralizantes" ou de uma "nova política".

Breve as cosias serão mais claras!