terça-feira, 31 de março de 2015

51 anos depois!

Em meio as controvérsias de hoje, onde alguns supostos "patriotas" e inconformados, agem como se nada do que ocorreu em 64 representasse uma ameaça as pessoas, liberdades e a própria identidade brasileira, clamando descaradamente por intervenção militar e por uma virada antidemocrática que levaria o Brasil a um retrocesso.

Nós fazemos questão de lembrar e dizer o quanto foi triste o período pós 64 até a redemocratização. Pessoas e direitos foram reprimidos, e muito mais, instalou-se um regime autoritário que deu ao Brasil títulos indesejáveis, de pobreza, tortura, exclusão social e morte, corrupção e privilégios a uma "elite" que se ergueu ou se manteve durante muito tempo explorando estas facetas sombrias para seu próprio proveito, e hoje saudosa, e incomodada com a maior participação e presença de tradicionalmente marginalizados na vida e tomada de decisões para todos os brasileiros, hipócrita e sorrateiramente tentam levar-nos ao caos e retrocesso social.



Fotos reproduzidas da publicação Triste memória
Corpo Pe. Henrique  Recife - PE

Nestes momentos são muitos os que lembramos, mas dentre estes recordo de um homem de coragem que enfrentou a turbulência destes dias sem perder suas convicções nem ceder ao medo, e que apesar de não ter sido torturado, ao menos diretamente, também representou e teve um significado muito importante para todos, durante e depois do processo ditatorial, refiro-me ao saudoso Dom Helder, voz incansável em defesa da justiça e do povo sofrido.  Um homem que deixa lições maravilhosas, como a de seguir em frente mesmo com uma faca no peito (como o brutal assassinato de Pe. Henrique seu amigo e auxiliar próximo, morto principalmente por esta relação com Dom Helder).

Dom Helder Camara. Foto: Otavio de Souza/DP/D.A Press

Nós estamos aguardando um momento melhor para publicar uma série de informações que traçam uma linha histórica do período que se sucedeu ao fim dos governos militares, e a herança indesejada que deixaram para o país, incluindo a violência, o desgoverno, a subserviência a classes elitizadas e grupos internacionais, corrupção e toda sorte de maniqueísmo político, apadrinhamento, favorecimento, peculato e aparelhamento  governamental.

Por hora basta apenas dizer: O POVO BRASILEIRO NÃO PRECISA DE TAL VIOLÊNCIA, REEDITADA E PRODUZIDA NOS PORÕES, COM APOIO E PARTICIPAÇÃO DE PESSOAS DESONESTAS E ALGUNS GRUPOS DE INTERESSES MESQUINHOS, COMO ALGUNS DOS HISTÓRICOS REPRESENTANTES DE UMA MÍDIA MANIPULADORA E DESLEAL.

Contudo vamos acordar para alguns fatos e situações que depõem contra tudo o que se tenta construir de positivo no Brasil, e claro lembrar que alguns destes que estão hoje participando ativamente das tais mobilizações, são participantes de outros tempos de fatos criminosos, contrários aos interesses da nossa gente e do país, ou que caracterizaram uma associação de classes negativamente construída para dilapidar as riquezas e recursos do país, alguns dos quais são representantes de grupos empresariais e políticos, sociais e econômicos envolvidos na difamação e derrubada de governos legítimos com ingerência de capangas uniformizados.

Agripino Maia e Aécio - Reproduzida do portal RBA
Denúncias de envolvimento de ilustres personagens do PSDB e DEM em esquemas corruptos não são novas, e assim como na época em que governaram ou fizeram parte de partidos outros e governos passados seja no período da ditadura ou imediatamente após, tentam sair novamente ilesos e com a proteção de grupos sociais e políticos conservadores e parte da mídia que apoiou o golpe e seus desmandos, ou os tucanos e seus atos entreguistas.








Infelizmente alguns fatos parecem ter mais conexão com os devaneios de hoje do que se imagina. Envolve também pessoas ligadas a instituições públicas e que deveriam ter mais seriedade e zelo.