sábado, 10 de fevereiro de 2018

O caminho é mais pressão!

A encruzilhada para qual se dirige o país, é clara e não nos surpreende.

Por mais que nos apeguemos ao desejo de justiça, e convívio democrático, isso é uma ilusão ou mero pretexto para as injustiças e maquinações nas esferas de poder, governos, Judiciário e Legislativo.

A verdade é que não há limites para os que, como disse Sepúlveda, ex-ministro do STF, "patrocinam contra Lula uma perseguição maior do que a realizada contra Getúlio Vargas".

Após novo “não” a Lula, STF deve rediscutir prisão em segunda instância - El País 09.02

Tijolaco: Globo confessou manipulação judicial contra Lula. - Brasil 247 10.02

São os fatos públicos que desmoralizam o Brasil, com reportagens em mídias compometidas com armações e interesses econômicos espúrios, usadas como "provas" ou ferramentas de coação de instituições, e argumento para parcialidade e publicidade da "justiça", ou outras aberrações como meios de divulgação de mentiras e ações políticas de membros do MP, Judiciário e outras instituições agindo de forma irresponsável, parcial e criminosa, com vazamentos seletivos de informações, combinação de sentenças e parcialidade, "inovações jurídicas" a revelia das leis, com julgamentos comprometidos e decisões condenatórias anunciadas antecipadamente nas redes, antes mesmo da manifestação de defesa, ou de cumprir os ritos processuais ou ocorrer o julgamento. Fatos muito comuns em se tratando de processos contra Lula ou PT, até como tem sido dito, com "jaboticacas" ou "pérolas" em sentenças disformes e ao arrepio da Lei.

A intenção é uma só, destruir Lula, afastar toda possibilidade de vê-lo novamente eleito presidente, e assim podar as esperanças de trabalhadores e milhões de excluídos, ainda que para isso mergulhem o país em incertezas, ou se criem farsas para suportar ilegalidades que se necessário conduzam Lula a prisão ou a inelegibilidade. Todos atores das elites e instituições, trabalham para esse objetivo, e tudo é possível, se não reagirmos.

Lula mostra a coragem de fazer História mais uma vez. - Brasil 247 08.02

Lula faz história - Brasil 247
Partidos e movimentos sociais lançam Frente em Defesa da Democracia - Vermelho 09.02

E já que tudo que é jornal faz campanha, e publicam editoriais, ou redes de rádio e TVs, fingem fazer algo pelo país, enquanto pedem a prisão de Lula, mentem e fabricam um herói de quadrinhos, o Huck, para empurrar aos desavisados eleitores, nós fazemos o nosso. Eis:

Não nos agrada a ideia de mais violências e injustiças, muito menos prejuízos ao povo mais pobre, principal atingido com os planos doentios dos políticos e governantes das elites. Mas há um sério risco com a trama em curso, ainda que não seja devido as perseguições a Lula e num momento mais imediato, e qualquer movimento fora do campo político e institucional nem precisa ser orquestrado ou iniciativa de setores ou representantes dos partidos de esquerda, e movimentos sociais, pois há tensões acumuladas e excessos mesmo de representantes de segmentos opressores, como os assassinatos que crescem no campo e atingem lideranças e trabalhadores rurais, especialmente.

Não se pode incentivar ou defender atos insanos, ou algo que piore as injustiças contra o povo e não represente uma alternativa real de transformação social, rumo ao bem-estar.

Mas isso não significa uma inércia daqueles que pretendem parar esse processo destrutivo, conduzidos nas mais altas esferas do poder, e que por ilegalidades e distorções jurídicas, por conchavos e atos de governos, de poderosos dos mercados, das mídias e das elites sociais, impõem-nos pesados danos e nos remetem a situações caóticas. Pelo contrário, de forma legítima e comprometida com o bem maior, é urgente reagir, e envolver o povo e entidades representativas da sociedade e de nossas lutas por equilíbrio social, num movimento de pressão popular e enfrentamento das injustiças e destruição de direitos, algo que vai muito além da defesa e garantia da participação de Lula nas eleições 2018, e diferente do que vem sendo feito de forma "tímida".

Toda fórmula a ser usada para barrar os golpes em curso, nas suas múltiplas variações, deve ser baseada nas experiências anteriores de períodos de exceção, especialmente no que se refere a prisões sem um processo adequado e justo, e nas reações, mas exige uma naior concentração de esforços e nos força a insistir na mobilização, o que envolve:

- a busca de mais engajamento e comprometimento do campo progressista e da esquerda;

- a defesa veemente do direito de ter Lula candidato, sem possibilidade de apoio a outras alternativas em um cenário ou disputa viciada, sustentadas em farsas jurídicas;

- ampliar o diálogo com os movimentos sociais, conscientizando, preparando e mobilizando para as ações e enfrentamentos necessários e inevitáveis em breve;

- deslocar-se da condição passiva para uma ativa, no que se refere ao enfrentamento dos fatos contrários aos interesses legítimos do povo, e dos segmentos excluídos pelas elites;

- uma denúncia continua dos desmandos em curso, praticados nos atos de "poderosos";

- não reter nem atenuar o desejo de manifestações públicas, ações e iniciativas,  por aqueles que são atingidos por atos e desmandos dos "poderosos", quando muito organizar e estruturar tais manifestações;

- é necessária uma maior e forte pressão, pressão, pressão, o que deve ser feito com engajamento dos seguimentos sociais, entidades de representações, grupos e siglas progressistas, e com caráter urgente;

- entenda-se que a pressão por todos os meios e com todas as forças, deve ser a orientação de toda organização social, mas sem engessamento da liberdade de opções dos que compreendem e sabem que Lula é a única via de enfrentamento do golpe e restauração da dignidade do povo, e do restabelecimento dos projetos de autonomia e crescimento social;

- ter clareza que se inicia um processo de guinada para esquerda, que não se encerra na questão Lula e nem em resultados das eleições 2018, e só poderá ser revisto a partir da constatação de um reordenamento e retomada de direitos, e num reequilíbrio de forças.

Neste sentido, como dissemos é necessário que os atores percebam, que não pode ser papel das forças progressistas atenuar insatisfação popular, nem fomentar ações que legitimam a fraude política reinante, mas levar a verdade dos fatos e fazer valer os fundamentos que tornam o povo senhor e construtor de sua história e alternativas de governo e poder.  É preciso parar de temer o povo e suas legítimas aspirações, respeitando suas escolhas e disposição, deixando fluir  suas ações que simbolizam a percepção dos fatos como eles o percebem, para assim dar  mais autenticidade as contestações, representações e ações de interesses de todos.

O objetivo deve ser: o povo e trabalhadores na rua de forma autêntica e significativa, para resgatar o país das mãos dos que massacram a população mais pobre. Essa ainda é a força que pode e deve agir para mudanças verdadeiras ocorrerem no Brasil!








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