Live de Pazuello - Imagem reproduzida(foto: Leopoldo Silva/Agência Senado) |
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Hoje temos mais de 106,5 mil mortos no Brasil e cerca de 3.275.500 infectados contabilizados oficialmente, algo que revela uma tragédia maior a caminho, fruto do abandono da população pelo poder público, e muitas más ações de governos (também municipais e estaduais), mas principalmente do governo Bolsonaro e seus aliados, apoiadores e auxiliares como o ministro da saúde interino Eduardo Pazuello, além de muitos outros fora do Planalto, com omissões e descasos ao longo da crise da Covid19, também com a aparente compactuação do Congresso e do Judiciários, que não agem efetivamente para por fim ao descaso com o povo e com a ineficácia no combate da pandemia, aceitando a lógica política macabra, onde governantes distorcem informações e ações necessárias, para assim obterem ganhos políticos, econômicos e eleitorais, mantendo uma progressão contínua nas mortes e nas infecções, numa matemática estranha onde se computa e destacam os doentes curados (mesmo que a cura, seja sem ajuda dos governos e de ações públicas), ignoram o fato de termos mais de 3,2 milhões de atingidos pelo vírus (sem contar milhões de afetados indiretamente pela crise), e que somos o segundo país no mundo onde a Covid19 mais mata, como fruto desta falta de governo, o somatório de mortes e as liberações das atividades (sem cuidados e isolamento) que nos conduz para números mais trágicos em breve, superiores a 150 mil mortos, numa taxa de mortes diárias superior a 1 mil pessoas por dia, ou o equivalente a queda de 3 aviões com mais de 330 ocupantes caindo todos os dias e sem sobreviventes.
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Dá para aceitar uma situação assim tão trágica? É possível fechar os olhos aos gestos de indiferença ou de omissões criminosas dos governantes ou do presidente Bolsonaro? Ou de outros corresponsáveis? Mesmo das outras instituições que ficam apenas acompanhando a tragédia, sejam a Câmara, o Senado, a PGR ou o STF, militares e governos estaduais e municipais, representantes da sociedade e segmentos econômicos, que não atuam em bloco e conjuntamente para por fim a esse ciclo de destruição e mortes, e acabar com uma matemática estranha que contabiliza mortos, mas só são considerados sobreviventes, que são computados em números exibidos como troféu por Bolsonaro, por Pazuello ou outros, como militares que se colocaram em defesa deste desgoverno.
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Desgoverno de um presidente e instituições, líderes e administradores que sonegam ajudas e retém quase 50% dos recursos financeiros que deveriam ser usados para combater a Covid19, que deveriam pagar médicos e profissionais de saúde e em atividades de apoio que estão trabalhando sem receber em algumas localidades, ou sem recursos e meios para atuarem (mesmo insumos e medicamentos indispensáveis ao atendimento a pacientes), ou que não podem contar com a testagem da população afetada. Ainda que tenha se passado 5 meses do início das demandas.
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A resposta da infeliz pergunta de Bolsonaro, está nas medidas de testagem e no isolamento, mostram os especialistas que ele se recusa a ouvir, para continuar na sua campanha de ignorância e na verborragia constante nas mídias com seus apoiadores.
Palavras e frases como as ditas por alguns nos últimos dias dão uma ideia da lógica da morte, e dos cálculos que abstraem a dignidade das pessoas, a dor das famílias e as responsabilidades criminosas que a história irá cobrar de todos, inclusive de nós e da sociedade se não compreendermos o momento grave, se nos calarmos e nada fizermos para parar com tantas mortes e sofrimentos, ou com as atitudes insanas que levam a um futuro ruim, cada vez mais comuns e presentes nas mídias.
“Muitos médicos defendem esse tratamento e sabemos que mais de 100 mil
pessoas morreram no Brasil que, caso tivessem sido tratadas lá atrás com
esse medicamento poderiam essas vidas (sic) terem sido evitadas”, palavras de Bolsonaro
Uma defesa de uso de medicamentos polêmicos e ineficazes, contra o que diz a ciência e a OMS, de forma irresponsável e como quem nega e age contra as verdadeiras formas de combate ao vírus, e são repetidas infelizmente, por meses, talvez para dá lucros a alguns (segundo algumas publicações), tumultuando ações corretas e o ambiente, sem punições para seus atos que colaboram para o caos visto durante a pandemia, é um exemplo de um país sem rumo e com poderes em ebulição.
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Como dissemos, Pazuello esqueceu que somos o país que tem o segundo maior número de mortos no mundo. Que ao invés de celebrar a falta de ação do governo (que ele tenta disfarça), deveríamos seguir e aprender o que fazem países como Cuba, Coreia do Sul (com cerca de 51 milhões de habitantes, números de infectados inferior a 15 mil e menos de 310 mortos), ou mesmo a Argentina (260 mil infectados, cerca de 5 mil mortos, numa população de 44 milhões de habitantes), onde as mortes por Covid19 são bem menores (absolutamente, mesmo não sendo o desejado), pois lá de fato os governos atuaram e combateram adequadamente, e ainda hoje combatem a Covid19.
Não faz muito tempo o ministro do STF, Gilmar Mendes ao tratar sobre falta de ações, ou o inverso, as atitudes perigosas e impróprias ou criminosas do governo Bolsonaro, disse que tal comportamento faria deste, responsável por um genocídio, e em virtude de tal afirmação Gilmar foi criticado por alguns, como o vice Mourão (ao nosso ver de forma equivocada e política). Eis a frase do general que referenda o desgoverno:
"Não houve um esgarçamento com o Tribunal; houve um embate com um ministro, que desceu do seu pedestal, que tem que se preservar, e não emitir determinadas opiniões sobre uma instituição de Estado usando um termo que não tem nada a ver", acrescentou, em referência à expressão "genocídio" usada pelo ministro
Também nos estados e municípios atitudes impróprias e priorização das atividades econômicas em detrimento das medidas de proteção e isolamento social, mesmo com médias de casos e mortes ainda em patamares altos, dão fôlego a pandemia e mantém as mortes em taxas perigosas, com projeções matemáticas para um futuro em breve, muito elevadas quanto a vítimas fatais, mostrando que muitas regiões estão no piloto automático para volta ao normal, ignorando médias de mortos no Brasil acima de 1 mil pessoas por dia, e trazendo mais riscos até para as crianças com as tentativas de restabelecer aulas presenciais em um ambiente ainda conturbado, como se vê.
Não tem sido tão diferente em Pernambuco, que tem sido pautado nos últimos dias por prioridades diferentes das adotadas no início da pandemia, mesmo que a média de mortes no estado esteja em cerca de 40 ou 50 mortos por dia (a depender do método matemático). Quando atingimos mais de 7,1 mil mortos no estado, mais até que países como a Argentina, Coreia do Sul, ou Cuba; tendo o estado a segunda maior taxa de letalidade do país, fato nada positivo, mas o secretário de saúde de Pernambuco, em entrevista na tv, celebrava ações do governo, que considera como parte das razões por recuperamos 75 mil doentes e não termos números muito além dos 7,1 mil mortos, como se fossem poucos os óbitos (e há mais de 111,7 mil infectados em Pernambuco), quando a lógica e a matemática adequada seria outra, se comparado ao que fizeram os países com populações dezenas de vezes maiores que Pernambuco (como os listados), mas que tem mortes e infecções bem menores que nosso estado. É mais um exemplo de lógica e matemática louca! Talvez para justificar decisões para flexibilização e ceder a pressões políticas, perigosamente para o povo e seu bem.
É preocupante para alunos, crianças, pais, e para as pessoas em geral, tudo que ocorreu nestas semanas, tanto tempo depois dos primeiros casos, agora impera o retorno das atividades a qualquer custo, ainda que ocorram, como citamos, muitos riscos e situações que sabemos ainda acontecerem, perdas de exames ou resultados de testes, seja nos trâmites entre a coleta, seja na análise e divulgação, ou na remessa dos resultados a órgãos municipais e estaduais sem que este vem a ser informado a pacientes ou resultem em medidas adequadas as vítimas, mesmo com quadros de menor gravidade, mas que por diversas questões necessitam ser informados e não são. Um dentre muitos problemas que ocorrem, associados a outros já elencados, e que geram muitas incertezas, suficientes para questionar a lógica das flexibilizações e a postura dos responsáveis, e exigir números vistos com seriedade, pois indicam mortes e sofrimentos de pessoas, necessidades muito urgentes.
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