Paulo Guedes, Jair Bolsonaro, Arthur Lira (Foto: Bancariosrio.org,br) |
Este talvez fosse o título mais adequado a qualquer reportagem que trate da política no Brasil, principalmente neste momento do atual jogo do poder e das consequências de suas manobras, envolvendo não só a Câmara e o Senado Federal (este último menos responsável pelos projetos aventureiros e mais próximo de seu papel revisionista e dos freios aos descontroles da Câmara e outros poderes como o Executivo, com excessos cada vez maiores), todos participes ou de alguma forma envolvidos em episódios dantescos, repugnantes, ou de graves prejuízos sociais e ao desenvolvimento de condições de superação das muitas crises decorrentes de erros e desastres propositais, na administração e comando do país, onde cada vez mais vemos o STF demandado a correções de rumos, que nem sempre é capaz de realizar ou sinalizar, para que se ajustem os caminhos e atos dos demais envolvidos nos embróglios tupiniquins, por vezes golpistas outras tantas mirabolantes e temerários.
Contudo é por não ser tão simples o cenário político, econômico, social em meio a graves crises financeiras, de emprego, e mais ainda de miséria/fome e falta de saúde e boas condições sanitárias, pelo tardio enfrentamento concreto a Covid19 e outros problemas históricos e antigos, também por assumir aspectos graves quando nos referimos ao conjunto de postura deste governozinho de Bolsonaro e seus apoiadores políticos (parlamentares, celebridades, políticos fisiologistas, "religiosos", especuladores, ruralistas, empresários e banqueiros oportunistas, e outros tantos aventureiros fardados, togados ou não, atores do caos para o qual há muito nos encaminhamos), não tão somente com suas desastrosas ações políticas, e supostamente criminosas como aponta o relatório recente da CPI da Covid19 no Senado (a respeito de membros do governo, outros políticos, empresários e servidores, etc), é que os adjetivos ruins e pejorativos nos faltam, e este título acaba por ser muito brando e inadequado as suas maldosas atitudes políticas e administrativas, com reflexos negativos em todos os seguimentos e grupos sociais.
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Fazendo um apanhado dos fatos mais recentes, tais como:
- termos superado em muitos o número de 600 mil mortos por Covid19 (cuja uma nova onda já atinge países na Europa, e no Brasil apesar dos números em queda, mata muitos), e problemas persistem e com denuncias de corrupção na negociação das vacinas pela turma de Bolsonaro, também protagonistas de tantas outras mortes por falta de oxigênio em Manaus e outras partes no Norte, responsáveis pelo abandono do meio ambiente e da Amazônia, algo politicamente orquestrado e apoiado em aventuras e crimes, que expõem o Brasil aos olhos do mundo (e por algumas iniciativas louváveis, pessoais ou institucionais, de outros importantes atores brasileiros, evitou-se danos ainda maiores ao nosso povo e nossa imagem);
- o fim do programa Bolsa Família, com a criação de uma proposta eleitoreira sem recursos certos e com prazo previsto para um ano apenas, o Auxílio Brasil, que para sair do papel necessita de uma engenharia financeira, que gera calotes aos recebedores de ações judiciais (com a postergação de pagamentos dos precatórios), descumprimento de decisões judiciais a partir dos votos de deputados sedentos por dinheiro para suas aventuras políticas e pessoais, a um projeto que compromete o teto de gastos públicos e beira a irresponsabilidade total;
- a recente decisão do STF, com votos da maioria dos ministros, que aponta flagrantes abusos no chamado "orçamento secreto", ou "emendas do relator", uma farra com dinheiro público aberta a negociações sobre as quais não se tem controle, nem a menor transparência, e serviriam para comprar bases políticas de voto como as do Centrão, onde não faltam denuncia de fisiologistas aventureiros em políticas de toma lá e dá cá, que muito prejuízo tem criado ao povo, para que governos desastrosos como os de Bolsonaro, governem com maiorias compradas, ao que parece como as que Arthur Lira e Ricardo Barros na Câmara tem se esforçado para assegurar, é o que se entende a partir das recentes votações e decisões políticas contestadas na justiça.
Dia 15 de novembro próximo, nos parece que enquanto república temos pouco a celebrar, cada vez mais nos parecemos com uma "república das bananas" em todos os aspectos ruins que o termo representa, de instabilidades e desgoverno especialmente, com aventureiros no poder brincando com o povo, nossas leis, nossos fundamentos e bases sociais, tudo por dinheiro e poder ou prestígio pessoal e sem escrúpulos, comprometendo o nosso futuro como nação, e como nosso povo é visto mundo à fora.
O Brasil tem uma vocação maior, precisa de lideranças e governos, e um conjunto de forças e setores comprometido de fato com o bem da sociedade, com justiça social, rumo a um futuro maior e grandioso sem a política mesquinha e perigosa dos interesses e ações aventureiras e criminosas como as de hoje, presentes em todas as esferas de poder e em muitos segmentos sociais de forma mais ou menos intensa.
Viva a República Federativa do Brasil! Viva o Brasil! Viva o povo brasileiro!