quarta-feira, 15 de maio de 2024

Inundações no RS, uma tragédia anunciada!

Mesmo que as proporções não sejam as mesmas, a gravidade do que já ocorreu no Rio Grande do Sul em 2023, foi anunciada e antecipada de algumas formas, inclusive nas cheias do ano passado e em outras regiões vizinhas, algo que se repete há muitos anos sem as devidas providências e que pode ser uma prévia ou mostrar de algo ainda muito maior que pode ocorrer não apenas lá, e em um período não muito distante.

Triste! E claro não se sobrepõem a dor e as perdas e destruição que sofrem o povo gaúcho!

 

Alagamentos em Porto Alegre (RS) nesta segunda-feira, 13
Alagamentos em Porto Alegre (RS) nesta segunda-feira, 13
Foto: MARCELO OLIVEIRA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO
Reproduzido do Sítio Terra

 

 

São dolorosas e difíceis todas as mortes, os desastres que causam tristeza e perdas terríveis, sejam de vidas, principalmente, mas também de bens e materiais, além da desolação e desesperança que atingem muitos, ao verem se repetir tais fatos, inundações que ainda não cessaram e causam incertezas, medo, e muita tristeza, pois ainda são ameaças e riscos reais, mesmo aos já desabrigados e deslocados para abrigos e locais improvisados.

 

R$ 51 bi em crédito e benefícios para o RS: entenda pacote de ajuda do governo - Correio Brazilense 10.05 

Governo Lula confirma suspensão da dívida do Rio Grande do Sul por 3 anos; Congresso precisa aprovar  - G1 13.05 

 

Lula, Eduardo Leite e Paulo Pimenta
Lula, Eduardo Leite e Paulo Pimenta Imagem: Ricardo Stuckert/PR UOL


 Governo Lula diz que comprará casas e dará às famílias afetadas no RS… - UOL 15.05 

 Governo anuncia PIX de R$ 5,1 mil por família que perdeu bens nas chuvas do RS - G1 15.05

 

Com as águas ainda em cotas elevadas, há riscos de mais sofrimento e dores para população e também para os voluntários que colaboram nos esforços em prol destas, além de ameaças também para outras populações próximas e para as equipes de resgates e forças públicas que agem na catástrofe do Rio Grande do Sul, em favor dos atingidos e todas as populações, estruturas e cidades atingidas ou em áreas próximas e afetadas.

 

Rio Grande do Sul: tragédia já deixa 149 mortos e 2 milhões de afetados - Correio Brazilense 15.05 

A cronologia da tragédia no Rio Grande do Sul - G1 12.05 

Despreparo e descaso: o que está por trás da tragédia no RS - VEJA 10.05 

 

Em face das graves situações é compreensível a solidariedade e empatia em todo o Brasil, bem como os muitos esforços civis e de grupos que apoiam a assistência feita as populações atingidas, assim também o grande esforço público e de autoridades como os dos diversos segmentos de governos, como os esforços do presidente Lula e muitos dos ministros, junto com militares e seus comandos, atuando para atenuar as consequências do desastre provocados não apenas pelas águas no Sul do Brasil, com ações como de remessa de donativos e transporte de gêneros essenciais, medicamentos e outros urgentes, além da assistência e resgate a vítimas e reaberturas de vias ou fornecimento de meios logísticos e de deslocamento nas áreas afetadas, algo urgente correto e realizado se não na condição e quantidade que merece a população, mas de forma importante e muito intensa e urgente.

 

Lula anuncia R$ 29 bi para o RS neste ano e alerta para riscos à democracia - Vermelho 15.03.2024 

 

No momento em que os problemas graves persistem e se quer se tem uma dimensão concreta e real do que é necessários para iniciar a reconstrução e recuperação de meios, ferramentas públicas, estruturas, lares, sistemas e serviços, bairros e cidades, e tudo o que está sendo destruído e ou não está imune a novas consequências imediatas, é correto e urgente, olhar para as vidas e garantir o mínimo e a dignidade necessária agora, com garantia da segurança de locais temporários, ainda que não sejam, mas que ajudem a evitar males maiores já, e permitam as populações e as forças de resgates, assim como as autoridades, planejadores e atores principais deste processo de socorro, condições de ação em prol da minimização de mais perdas e mortes, de toda sorte, e que podem ocorrer nestes momentos imediatos aos picos de eventos da tragédia. Isso urge e é o que importa, cuidar, resgatar e focar em restabelecer o possível e urgente, salvando vidas e evitando o que puder de possíveis outras destruições e danos, dentro do que é viável neste momento. O foco nas necessidades dos atingidos é o que importa e não quem ou de onde vem as ações em prol destes, para não diluir esforços, contudo sem jogar fora recursos e instrumentos que serão mais úteis e melhor aproveitado após o clímax dos acontecimentos e eventos da natureza, num cenário não muito distante, e de uma recuperação planejada e racional que permitam o retorno a "normalidade" nas localidades atingida e correta e rápida reconstrução, com atendimento de necessidades de saúde, moradia, segurança, educação, assistência social e meios de sobrevivência e soerguimentos dos cidadãos afetados e que demandaram muito dos governos...


Tragédia no RS: Barroso condena 'onda de fake news propagada por criaturas das sombras' - Terra 15.05 

Hostilidade e desinformação inibem voluntários e atrapalham ajuda no RS, diz Defesa Civil - Terra 15.05 

 

Militares reclamam de fake news bolsonaristas - Brasil de Fato 14.05 

É falso que presidente de Portugal acusou o Brasil de recusar doações após enchentes no RS - Aos Fatos 13.05


Mas não poderemos em um futuro próximo deixar de tratar de ações ruins que podem ter comprometido o bem estar dos gaúchos, sejam com desinformações propositais de alguns que almejam lucros pessoais ou de grupos de interesses e políticos (fake news e ataques as ações de resgates), ou por posicionamentos de cunho interesseiros e econômicos  especulativos (como a suposta priorização de projeção política, com alguns usando doações como ações pessoais e de marketing, como se fossem algo seu, ou a defesa de interesses comerciais em detrimento de sociais, em um quadro tão grave, etc). Assim sendo vamos precisar tratar de tudo que atingiu as vítimas, e as fizeram nesses casos, ter dúvidas de ações de ajuda e socorro, ou sobre atitudes de governantes no socorro a cada atingido. Convém tratar também de omissões e falta de cuidados com as populações, e dos riscos, diante de tantos eventos sucessivos. Falamos de medidas irracionais e que funcionam como uma enorme bomba-relógio, como as que representam a falta de dotação financeira e orçamentária para urgências e calamidades, ou não uso destas, como as que vimos na definição do Orçamento da União, pelo Congresso e o governo anterior com Bolsonaro, ou quando muitos políticos e governantes aliados ou de ideologia simpática a extrema direita e aos bolsonaristas, inclusive associados aos segmentos que rejeitam a proteção do meio ambiente e medidas de interesse a proteção sociais para equilíbrio nas relações com o ambiente (pecuaristas, agronegócio, madeireiros e garimpeiros, especuladores imobiliários e financeiros, etc), provocando desmatamento e agressões que geram eventos naturais desproporcionais e consequências climáticas que provocam tragédias como as atuais ou que empurram populações inteiras a ocuparem, viver e morar em áreas de alto riscos (encostas e margens de rios), ou em aterros e áreas não planejadas de forma ruim, e ainda que tenham alguma urbanização, não tem estruturas adequadas ou funcionais, e carecem de atenção e planejamento e investimentos em drenagem, além de medidas de prevenção a inundações, acidentes e eventos críticos e extremos da natureza, sendo abandonados por prefeitos, governadores e políticos, que esnobam políticas públicas neste sentido, ainda que tenham recursos destinados para obras essenciais neste tema.    

 

Eduardo Leite é criticado após relacionar doações ao RS com impacto no comércio local - G1 15.05.2024

Eduardo Leite mudou quase 500 normas do Código Ambiental do RS - VEJA 10.05.2024

Desmatamento cresce 22% no Brasil em 2022; agropecuária é principal responsável, diz Mapbiomas - Brasil de Fato 12.06.2023 

Ministro: Governo Bolsonaro destinou só R$ 25 mil para desastres em 2023 ... - UOL 21.02.2023 

Colapso climático e afrouxamento da legislação brasileira colocam o país no centro do debate ambiental. Entrevista especial com André Trigueiro, Francisco Milanez e Henrique Cortez - IHU 19.05.2021 

 

O que ocorreu no Rio Grande do Sul não pode ficar esquecido, exigem ações e reflexões sobre o papel dos políticos, governos e da sociedade, para evitar novos fatos como estes.

--------------- atualizado em 23.05.2024. ----------

domingo, 5 de maio de 2024

Relações muito ruins

Nas últimas semanas, vimos uma crise se acentuar nas relações entre o governo Lula e o Congresso, ainda de forma mais grave com o presidente da Câmara, Arthur Lira, isso é ruim e cheira mal, pois ao seu lado está o "Centrão" e uma parte do que há de pior na política, amparado em fisiologismo e em interesses pouco nobres e desejáveis ao país.


Lira pretende criar grupo de trabalho para limitar ações do STF...  - Poder 360 17.04


Lira concentra poder e é um político tido por ambicioso, que tenta garantir o controle da Câmara e sua sucessão em breve, e para isso não mede esforços para manter enormes fatias de orçamento público nacional sob suas intenções. Algo nada agradável ou bom.


Arthur Lira - imagem Google Imagem


Lira defende ‘subir o sarrafo’ sobre quem pode apresentar ações ao STF - Carta Capital 28.04

Lira vai colocar em prática plano para Centrão ganhar mais poder - Metrópoles 01.02


No seu ímpeto, pouco importam os interesses nacionais e da população, mas os seus e dos seus grupos e seus próprios interesses, e para isto acuar o governo, impor "preços altos" as necessidades e demandas da sociedade colocadas pelo governo federal, é uma prática usual, seja para coagir o governo ou para inibir a busca de soluções por aliados e membros do governo Lula, até mesmo recursos ao judiciário e ao STF para assegurar constitucionalmente a legalidade e a execução dos projetos de interesse público, sob responsabilidade do governo. 

Neste contexto, as intervenções do presidente  Lula ou mesmo de segmentos da justiça, quando provocados, inclusive o STF, são válidas e de interesse da sociedade, e importantes segmentos produtivos fundamentais ao desenvolvimento do Brasil.  O que certamente contraria interesses pouco saudáveis de grupos políticos, como os envolvidos nos fatos absurdos e criminosos da tentativa de golpe de 08 de janeiro, ou com os desgovernos da era Bolsonaro. E contrariar eles é fragilizar Lira e seus apoios, sabendo disso ficam intensas suas ações e inclusive ameaças de aprovar projetos que ferem claramente a Constituição, como se uma maioria de ocasião, apoiados em distorções da verdade e em segmentos sociais privilegiados, com grupos midiáticos a apoiá-los, e como se pudessem agir assim, ou até atacar outras instituições como o STF.


A tentativa de Lira de ‘subir o sarrafo’ sobre quem pode acionar o STF...  - Carta Capital 06.11.23


Vale lembrar:

A Constituição protege direitos de minorias e de toda sociedade brasileira, estabelece limites e regras legais, muitas delas consagradas no mundo e ao longo da história. O STF é guardião destes direitos e deveres constitucionais, e evita que maiorias de ocasião, formadas de qualquer forma por políticos que praticam verdadeiros balcões de negócios, alterem o sentido das leis e deixem estas em desacordo com o texto e a intenção maior dos constituintes, que compõem o conjunto de Leis da Constituição. Não basta que um grupo majoritário de deputados ou senadores aprovem mudanças, estas não podem ir contra o intento constitucional, algo que muitas vezes é ignorado por políticos ambiciosos e a serviço de interesses econômicos e políticos ocasionais.

Lira precisa entender que a última palavra não é dos legisladores, e que estes não podem tudo que desejam ou são estimulados a fazer!