domingo, 5 de maio de 2024

Relações muito ruins

Nas últimas semanas, vimos uma crise se acentuar nas relações entre o governo Lula e o Congresso, ainda de forma mais grave com o presidente da Câmara, Arthur Lira, isso é ruim e cheira mal, pois ao seu lado está o "Centrão" e uma parte do que há de pior na política, amparado em fisiologismo e em interesses pouco nobres e desejáveis ao país.


Lira pretende criar grupo de trabalho para limitar ações do STF...  - Poder 360 17.04


Lira concentra poder e é um político tido por ambicioso, que tenta garantir o controle da Câmara e sua sucessão em breve, e para isso não mede esforços para manter enormes fatias de orçamento público nacional sob suas intenções. Algo nada agradável ou bom.


Arthur Lira - imagem Google Imagem


Lira defende ‘subir o sarrafo’ sobre quem pode apresentar ações ao STF - Carta Capital 28.04

Lira vai colocar em prática plano para Centrão ganhar mais poder - Metrópoles 01.02


No seu ímpeto, pouco importam os interesses nacionais e da população, mas os seus e dos seus grupos e seus próprios interesses, e para isto acuar o governo, impor "preços altos" as necessidades e demandas da sociedade colocadas pelo governo federal, é uma prática usual, seja para coagir o governo ou para inibir a busca de soluções por aliados e membros do governo Lula, até mesmo recursos ao judiciário e ao STF para assegurar constitucionalmente a legalidade e a execução dos projetos de interesse público, sob responsabilidade do governo. 

Neste contexto, as intervenções do presidente  Lula ou mesmo de segmentos da justiça, quando provocados, inclusive o STF, são válidas e de interesse da sociedade, e importantes segmentos produtivos fundamentais ao desenvolvimento do Brasil.  O que certamente contraria interesses pouco saudáveis de grupos políticos, como os envolvidos nos fatos absurdos e criminosos da tentativa de golpe de 08 de janeiro, ou com os desgovernos da era Bolsonaro. E contrariar eles é fragilizar Lira e seus apoios, sabendo disso ficam intensas suas ações e inclusive ameaças de aprovar projetos que ferem claramente a Constituição, como se uma maioria de ocasião, apoiados em distorções da verdade e em segmentos sociais privilegiados, com grupos midiáticos a apoiá-los, e como se pudessem agir assim, ou até atacar outras instituições como o STF.


A tentativa de Lira de ‘subir o sarrafo’ sobre quem pode acionar o STF...  - Carta Capital 06.11.23


Vale lembrar:

A Constituição protege direitos de minorias e de toda sociedade brasileira, estabelece limites e regras legais, muitas delas consagradas no mundo e ao longo da história. O STF é guardião destes direitos e deveres constitucionais, e evita que maiorias de ocasião, formadas de qualquer forma por políticos que praticam verdadeiros balcões de negócios, alterem o sentido das leis e deixem estas em desacordo com o texto e a intenção maior dos constituintes, que compõem o conjunto de Leis da Constituição. Não basta que um grupo majoritário de deputados ou senadores aprovem mudanças, estas não podem ir contra o intento constitucional, algo que muitas vezes é ignorado por políticos ambiciosos e a serviço de interesses econômicos e políticos ocasionais.

Lira precisa entender que a última palavra não é dos legisladores, e que estes não podem tudo que desejam ou são estimulados a fazer!




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