sábado, 12 de abril de 2025

Ele trouxe o caos

Depois de tantas promessas de crescimento, empregos e uma América forte, grande outra vez, enfim Trump mostra à que veio. E está bem longe do que afirmava, pois trouxe caos e desorganização as relações internacionais e sistemas de comércio mundial, mas não apenas isso, trouxe também incertezas e medos, mesmo para os americanos comuns e seus antigos aliados, hoje adversários graças ao seu presidente fanfarrão e descontrolado.

A imposição de tarifas em diversos graus, mesmo a aliados e parceiros, é uma prova do desdém que tem para com as instituições, nações e povos, e seus governantes, além claro, para com todos esforços e tratados até hoje construídos, com apoio dos EUA. Mina as condições vigentes de relações internacionais, de forma que pode no futuro ser irrecuperáveis os acertos, e mesmo diante de pausas e recuos nas intenções até o momento conduzidas pelo Trump e sua trupe, não implicam em garantias de mais equilíbrio e confiança.


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Longe de ser demonstração de força e retomada do poder internacional, os prejuízos que causa aos americanos, e mesmo aos aliados deles, com episódios de divergências e brigas, como os patrocinados por Musk, e outros membros do governo Trump, e nas esferas dos republicanos, dão uma demonstração de fraqueza e desequilíbrio, que tendem a evoluir para distrações violentas e perigosas a médio prazo, atingido aliados e outros no Panamá, Gaza, ou Teerã, ou de forma subliminar, em partes e interesses na Europa.


Netanyahu e Trump na Casa Branca -
 reproduzida do G1

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O futuro é uma grande incerteza para todos! Não é algo desejável, mas é real, põem em cheque as construções de décadas. Construções como as na OMC, que sempre sofreram com elevados graus de protecionismo e diferentes formas de imposições de barreiras, que se tentavam demover durante os anos que seguiram desde início da década de 90, principalmente, quando a globalização e o comércio mundial sofre efeitos do surgimento dos mercados digitais, e penetração das redes mundiais com ênfase à Internet e acesso direto à consumidores, gerando ou amplificando distorções que se manifestam intensa e de forma contundente, e fazem a grandiosidade das 7 magnílificas, a exemplo da Meta, Apple, Amazon, Tesla, e outras do ramo de TI. É neste contexto que desenrola-se a guerra de tarifas, e que afetam todos e expõem assimetrias mundiais, e que tende a piorar e destruir sistemas e alterar profundamente os mercados.

É natural e preocupante algumas reações como as da China, por representar impactos severos e imediatos na economia mundial. Por outro lado, mostra o quanto o país amadureceu e se preparou para situações tão caóticas. O que é um contrapeso importante as ambições mesquinhas dos americanos, ou de seus expoentes ao lado de Trump. A isso se somem esforços corretos encabeçados ou que envolvem, Xi Jinping e Lula, para busca de relações multilaterais e diálogos construtivos mais adequados e justos, e por meio destes China e Brasil estendendo aos BRICS, e para construção de acordos, organismos e estruturas, rumo a uma nova ordem mundial, mais justa e equilibradas. São caminhos sóbrios e adequados para vencer as tormentas trumpistas e outros desafios históricos.


Irã busca acordo nuclear justo e equilibrado com os EUA em meio a crescentes tensões - Brasil 247 12.04.2025


Por outro lado, é preciso chamar a atenção para outra frente, outros aspectos dos ataques dos EUA, inerentes a rupturas de alianças e tratados, com intuito de criar e ter ferramentas de pressão e coerção, desprezando leis internacionais, e fazendo uso da força, ameaças, sanções, intervenções políticas e armadas, como meios adicionais de consolidação e poder hegemônico, com resultados e benefícios econômicos diretos aos EUA e alavancando seus objetivos globais, com poucos beneficiados em seu entorno. Algo grave, perigoso, e que pressupõe isolamento e ataques seletivos, como ocorrem com o Irã neste momento, inclusive com apoio israelense e por falsas razões, mas principalmente para transformar o país asiático em exemplo, e assim afetar nas relações e influências em áreas e rotas de transportes e comércio, como o Canal Panamá e proximidades da Groelândia e dos recursos do Ártico, como forma de controle do mercado mundial e outros grandes players, fomentando medo e mentiras sobre seus alvos e suas ações.

A encruzilhada em que está o mundo, é séria, mas possível de ser superada, exige no mínimo união em prol de mais negociações sérias, justas, claras, e em prol de benefícios mútuos e sustentáveis, com respeito e soberania, mas aberto a construções coletivas, com o máximo de nações e organismos envolvidos, que reflitam bem junto as sociedades e seus legítimos anseios, como faz o governo Lula até na conjuntura atual, difícil e que demanda cuidado.

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