Reproduzimos na integra correspondência divulgada:
Paulista 18.03.2013
Triste constatação!
Meu
nome é José Dilson Cavalcanti de Melo, sou graduado em Geografia – Licenciatura
pela UFPE, e a cerca de 04 (quatro) meses desenvolvo uma pesquisa na área de
Jaguarana em Paulista PE, relacionada à temas sobre a Geografia do bairro, da
Reserva Ecológica Estadual da Mata de Jaguarana (criada em 13.01.1987, mas
ainda pouco protegida e estudada) e seus arredores.
Nesta
pesquisa que até o presente momento é conduzida com recursos próprios, com
certa dificuldade, mas com rigor e dedicação necessária, já realizamos até o
momento 18 (dezoito) visitas à campo, para realizar levantamento de dados,
documentação fotográfica dentre outras ações, inclusive interações com
moradores locais, e colhemos diversas informações úteis e consistentes sobre os
processos que são afetos as Ciências Sociais e
Ciências Humanas em especial, mas não exclusivamente, uma vez que há
forte interação com outras áreas como as ligadas a alguns campos das Ciências
Biológicas, mas de fato há uma ênfase em aspectos da Geografia Física e
Geografia Humana.
A
partir das visitas e dos dados colhidos na região (só de fotos há mais de
1.200), conseguimos elaborar uma boa base de conhecimento sobre esta, da qual
neste momento destacamos situações problemáticas e no mínimo tristes, e que
precisam de atenção da sociedade e das autoridades, se estas se disporem de
fato a atuar em prol de uma área com elevado potencial, tanto ecológico, quanto
cultural e histórico (que será apresentado brevemente em um artigo em fase de
conclusão e na pesquisa ainda em curso), sem excluir as possibilidades de
desenvolvimento de ações ligadas ao turismo, etc.
O
fato é que em Jaguarana, numa área de entorno e em trechos de mata em
recuperação, há um série de agressões intensas e destrutivas, que prejudicam o
processo de recomposição da vegetação, trazem danos aos solos e ao relevo e ainda ameaçam espécimes da
fauna local. Tais agressões são diversas
e relacionadas as atividades humanas, mas há algumas que se destacam
negativamente mesmo não sendo novas e ainda como reflexo de um passado não
muito distante, de quando há algumas décadas funcionava nas proximidades o
lixão de Jaguarana (desativado e transformado em aterro). Neste momento é nosso
propósito chamarmos a atenção para intensa degradação as formações do relevo às
margens da mata, através de retirada de material (barro) com impacto em toda
área inclusive na vegetação (derrubada de exemplares, e criação de área
instáveis com queda de barreiras), mas principalmente para outra ação
destrutiva também rápida, degradante e intensa, que se desenvolve no local: a
deposição de resíduos industriais (caixas de papelão, plásticos e couros
sintéticos em quantidade, materiais de informática e impressão, etc.), de
sobras de demolição, materiais orgânicos (lixo doméstico) e o mais grave,
descarte de lixo hospitalar, com caixas, materiais de campanha política,
descartáveis plásticos e outros materiais hospitalares (que não podemos
precisar se são infectados).
Os
locais tomam por providência atear fogo que atinge a vegetação, enquanto órgãos
públicos municipais e estaduais não tomam nenhuma, o problema é visível e
apesar de não ser nova a situação, retomou-se um processo de forma mais intensa
e degradante.
Nós
em janeiro enviamos fotos e denúncia a CPRH, que até o presente momento apesar
de nos fornecer protocolo não tomou atitudes concretas para impedir possíveis
crimes ambientais, na ocasião enviamos fotos sobre material hospitalar
depositado (inclusive com nome do fornecedor, hospital beneficiado, lote,
etc.), e parece que não foi suficiente para estimular providências.
A
nossa constatação triste, é que como citamos, os órgãos públicos e autoridades
não demonstram interesse pela proteção do meio ambiente não só em Paulista, e
ao contrário do discurso que alguns políticos usam em campanha, estes até
contribuem para uma degradação ainda maior, um bom exemplo é que flagramos
um veículo da UPE descarregando lixo no local num dado momento, noutro um outro
veículo da PMO parado próximo a lixo recém depositado, e o mais grave, várias
dezenas de banner's de pvc e outros materiais de campanha do atual prefeito de
Recife Geraldo Julio, com sua foto e a
do governador Eduardo Campos, num total desrespeito à população de Paulista
e ao meio ambiente nos arredores da mata de Jaguarana, mais precisamente em
plena via pública, na Rua Praia e Campo na altura da PE-22 Km 04, no acesso que
vai à Porto Arthur. Este é o exemplo que
dão estes políticos, governantes, seus correligionários e assessores, sujar a
cidade e degradar o meio ambiente, enquanto os órgãos sobre seu comando não
funcionam adequadamente. Para proteger
e cuidar dos interesses do povo não há iniciativas, mas para “aparecer bem na
foto” muitos não medem esforços, com discursos que contrastam com a realidade
das ações, então senhores apareçam nas fotos que estão exposta aqui e não
venham dizer que foi acidental ou involuntário, todos são responsáveis pelos
atos dos que atuam consigo ou a seu serviço, o que há é descaso e pouca
coerência, infelizmente.
Constatem todos, isto é o que encontramos em 17.03.2013 sobre
os políticos:
Rua Praia e Campo - Jaguarana Paulista - Fotos José Dilson |
E a seguir o que denunciamos a
CPRH protocolada sob o número 20134272
em 17.01.2013, sobre lixo de hospital público depositado irregularmente em via
pública:
Rua Praia e Campo - Jaguarana Paulista - Fotos José Dilson |