sexta-feira, 11 de novembro de 2016

A temperatura aumentou!

Seja no cenário político, seja no judiciário ou nos segmentos organizados, seja entre a sociedade civil, os fatos recentes são contundentes e preocupantes!  A temperatura no nível de descontentamento, crises e reações populares, se eleva consideravelmente a cada dia que o governo Temer segue sem rumo e a reboque de interesses das elites e dos representantes de poderosos grupos corporativistas.

Cassação de Temer é cada vez mais provável - G1 10.11

REUTERS/Ueslei Marcelino
Temer - foto Brasil247
Recentemente noticiamos e divulgamos o quadro de enfrentamento entre Renan (presidente do Senado)  e a ministra do STF Carmen Lucia, ambos defendendo interesses dos grupos que representam, para estabelecimentos de supostas zonas de conforto, garantias corporativistas, muito mais que a independência dos poderes e a sociedade de forma geral.  Algo que se avoluma ainda mais com os fatos recentes, que apesar de disfarçados são instrumentos de ataques recíprocos, a exemplo de algumas propostas retomadas no legislativos com o judiciário como alvo (algumas delas necessárias, como a questão dos gastos com juízes que acumulam salários milionários, acima da Lei). Também não podemos ignorar os aspectos relacionados a possíveis abusos de poder, sem no entanto permitir que tal debate cerceie a possibilidade de aplicação de medidas e processos justos.
Quando examinamos  a questão política para além dos problemas do Congresso, e dos movimentos supostamente políticos dentro das esferas judiciárias, como os excessos da Lava Jato, na justiça na PGR e MPF, e também em outros instantes no STF.  Deparamo-nos com uma encruzilhada na qual se encontra o governo Temer e a governança do país, onde a manter-se a administração nas mãos do ex-interino há a possibilidade de um total desgoverno.
Um governo cada vez menos popular, guiado por interesses das elites, mídias concentradas em poucos grupos privilegiados, especuladores e setores da economia pautados por interesses antipopulares, mais a influência  de políticos e segmentos do poder sem escrúpulos e transnacionais. Onde a principal característica é o ataque as conquistas sociais, aos direitos trabalhistas e previdenciários da maioria do povo, e o desmonte das estruturas de assistência e serviços públicos, como as pretendidas com a PEC 55, antiga PEC 241, que paralisa investimentos e recursos a setores e segmentos da saúde, educação, segurança pública e outros essenciais, por 20 anos.

Manhã de protestos no Grande Recife nesta sexta - JC 11.11

Frente de Lutas ‘Fora Temer’ promove manifestação na Praça da Polícia - A crítica 11.11

Manaus, protestos Fora Temer  contra a PEC 55- A crítica

Aos poucos, também contra o governo Temer, aumenta a temperatura nas ruas, com mais e mais protestos e reações às vezes escamoteadas e distorcidas por parte da mídia golpista, que patrocinou a "solução Temer".   As ocupações e ataques das estruturas de governo contra estudantes, segmentos sociais e trabalhadores, ou organizações são um sintoma do que está a caminho e da instabilidade em que está o Brasil.  A violência aumenta, inclusive por parte do Estado e da polícia, além de outros.

Dilma acusa Temer de receber doações irregulares para campanha eleitoral - Terra 10.11

Campanha de Temer pagou quase R$ 2 milhões a gráfica de cliente de ministro - UOL 10.11

Temer possui 1 milhão de motivos para ser cassado pelo TSE. Por Carlos Fernandes - DCM 11.11

O que esperar de um governo em que os principais líderes são investigados em crimes?  O que pensar quando o presidente instituído, Temer, tem seu nome envolvido em doações ilegais com cheques em seu favor emitidos por  denunciados por corrupção?   A final como alegava o PT, as provas mostram que o esquema no PMDB era predominante e está no centro de várias das investigações em curso, ganha mais força a afirmação de golpe contra o governo Dilma, com omissão do judiciário. Algo que a se comprovar, e junto com o cenário no TSE deve levar o país a uma situação muito pior, especialmente se houver cassação de Temer, e se está ocorrer após 2016, que abriria as portas para um mandato tampão numa eleição indireta que pode levar o país a situações mais difíceis em breve.

Governo descarta retomada neste trimestre e reduz expectativa do PIB - 11/11/2016 - Mercado - Folha de S.Paulo

'Rio de Janeiro está ficando ingovernável', reconhece Pezão - O DIA 11.11

Para cobrir rombo, servidores no Rio terão desconto temporário de 30% - Valor Econômico 04.11

Enquanto isso a temperatura nas ruas se eleva, ainda que a mídia tente disfarçar, e violências e falta de governabilidade se manifestam, de muitas formas e em muitas esferas e locais, como no Rio de Janeiro sob o comando do PMDB.  Sinas de que o futuro está mais incerto e temerário para os brasileiros!

Juízes e servidores reagem a pacote de austeridade no Rio - Sindifisco RS 08.11

Hoje invasores, policiais já reprimiram dez ocupações na Câmara e na Alerj - UOL 08.11

Manifestação contra PEC que limita gastos termina em conflito no Rio - Folha de S Paulo 18.10

Em Recife PM agride estudantes em tentativa de ocupação e atos contra PEC 55 no Ibura, conforme o vídeo:


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