quinta-feira, 15 de março de 2018

Marielle, a morte de uma guerreira!



Tentar atribuir ou classificar o torpe assassinato da vereadora carioca, Marielle Franco, a uma trágica rotina de insegurança do Rio é mascarar verdades incomodas e cruéis que atingem milhões no Brasil. 

O brutal assassinato é uma demonstração de fracasso social, político e administrativo, dos desgovernos estaduais e federais, de Pezão e Temer, que abandonam as populações marginalizadas e impõem situações de riscos e mortes aos brasileiros e cariocas. Algo que não se resolve ou minimiza com intervenções, que oprimem ainda mais as populações pobres, como as que Marielle representava e defendia, com voz e a ação, denunciando os crimes e abusos de bandos infiltrados nas estruturas policiais e de governos, no Rio e além.

É também um atestado de quanta impunidade persiste e se manifesta em ações criminosas, não apenas dos "marginais" de esquinas, mas principalmente dos presentes em corporações e esferas do poder, em gabinetes, círculos da elite e estruturas parciais e desviadas de suas funções republicanas, que fomentam ódios e violências, toleram participam ou se omitem diante de injustiças, e que incluem segmentos como o judiciário.
Existe no Brasil uma situação perigosa e vexatória, onde há silêncio e omissão pública, diante de agressões a pessoas simples, ou a legítimas vozes do povo, diante de assassinatos ou violências enormes, contra minorias, opositores políticos e sociais aos abusos e violações conduzidas por "elites" e apoiadores golpistas, ou contra camponeses, lideranças e sindicalistas, políticos de esquerdas e pessoas do povo. Especialmente nesses dias difíceis do golpe comandado para retroceder em direitos sociais, políticos e jurídicos, conquistados com sacrifícios, e que por meio de estruturas corruptas e com uso de parcialidade jurídica e distorções das leis e propósitos do Estado, ou pela força e opressão, ou ainda pela compra de pessoas em postos e posições chaves nos poderes e instituições, criou-se uma situação de comando marginal que afetam instituições e o povo.

Está em curso uma perversa ação de grupos de poderosos externos e internos, que atuam sem limites e encontram respaldo e forças, nas posturas dos que por ideologia ou interessess realizam perseguições e destroem as bases de sustentação de nossa nação.

Correia: tucanos são competentes mesmo em aparelhar a Justiça - Brasil247 23.02.2018

Marielle foi assassinada pelo golpe. - Brasil 247 15.03

A violência não vem só do marginal ou traficante da esquina, está na proteção de criminosos de gabinetes e empresas, de políticos corruptos de direita ou no poder, nos que se acham privilegiados e nas corporações, empresários, ruralistas, juízes, militares, barões da mídia, e todos que atentam contra a Constituição enquanto destroem o tecido social, por seus interesses, e usam de "leis", capangas e armas para conter os insatisfeitos.

Marielle e Gomes morreram juntos, por razões diferentes, ele por está no lugar errado, ela por ousar se levantar justamente contra abusos e crimes dos poderosos no poder. Juntam-se a galeria dos injustiçados. A reação nas ruas e no país, mostra o que uns tentam manipular ou disfarçar, que há entre o povo muitos que não vão calar ou aceitar injustiças.

Marielle Franco?  Presente!


Nenhum comentário:

Postar um comentário