domingo, 10 de fevereiro de 2019

Ele merece o Nobel da Paz

Condenação pode dar a Lula Nobel e liberdade - Blog da Cidadania - 07.02.2019

 Jornal francês promove campanha para Lula no Prêmio Nobel da Paz - Portal T5 29.01.2019


Capa do "L'Humanité" desta terça-feira (29)
Capa do "L'Humanité" desta terça-feira (29) Imagem: Reprodução


Uma campanha intensa está em curso no Brasil, e em várias partes do mundo, pela concessão do prêmio Nobel da Paz ao ex-presidente Luiz Inácio, o Lula, cuja imagem recebe muitos ataques, e mesmo ele é alvo de grandes injustiças, como consequência do simbolismo que tem para os pobres brasileiros e inúmeras partes do mundo, onde suas ações como líder mundial, representaram alívio e motivação para boas mudanças, e um novo olhar sobre as capacidades e necessidades dos humildes, que implicam em contestações e enfrentamento de interesses de capitalistas e grupos de exploração das parcelas mais frágeis das sociedades submetidas a injustiças e exclusões.
Lula hoje está preso, após um processo e condenação cheias de irregularidades e exceções, alvo de questionamentos de muitos, inclusive renomados juristas brasileiros, políticos e lideranças do mundo, numa vergonhosa manobra política e judiciária, que evidencia um golpe contra a democracia e o povo brasileiro, e afim de viabilizar um projeto de dominação política e econômica sobre toda a América Latina, em favor da retomada da hegemonia americana, sobre parte do continente e como parte de um conflito mundial.

Gilmar Mendes suspende julgamento do STF sobre conduta de Sergio Moro no caso Lula - El País 04.12.2018 
Muitas são as razões para crer que Lula é vítima de um processo Kaficaniano, as acusações no processo do triplex não contarem com provas reais, não haver nexos entre as acusações e alegações na denúncia com os fatos julgados por Sérgio Moro (que foi além da denúncia e da ausência de provas, baseando sua sentença em depoimentos duvidosos de delações e em convicções pessoais), as ações estranhas do juiz, com episódios de vazamentos de informações de forma ilegal e repreendidas até no STF, e mais  atos como coerção coercitiva desnecessária, suposta parcialidade em casos envolvendo outros envolvidos em investigações ainda mais graves, como os de políticos tucanos, ou em sua complacência com a esposa de Cunha, liberada ainda que com provas contundentes de pesados ilícitos.

E só para exemplificar, sem entrar no mérito das acusações feitas por Tacla Duran, contra Moro e a Lava Jato, e pessoas ligadas, onde segundo este, há uma indústria de delações no Paraná e na Lava Jato.

Mas Lula, como um líder e grande símbolo enfrenta com muita força e grandeza, vistas em muitos momentos, seja quando perdeu sua esposa Mariza, em face dos problemas de saúde agravado pelo processo de perseguição ao qual Lula, ela e outros membros de sua família foram submetidos. Literalmente foi aos braços do povo, para depois se entregar aos algozes, e em paz e para proteger o povo.
Na sequência da prisão arbitrária e a margem da Constituição, com polêmicas decisões da justiça e do STF, e situações de manipulação de leis e ritos, com pressão de militares, e desastrosas maquinações, tocadas em prazos relâmpagos, que deixam evidente a justiça pequena em ação, que fez de Lula refém e privado da participação nas eleições de 2018, por ser amado e o candidato preferido das massas, ainda que a Lei lhe permitisse participar.  Desta forma abriram caminho para loucos subservientes chegarem ao poder, e assim acelerar a entrega de riquezas e recursos do país a potências internacionais e elites sem escrúpulos.
Contudo pela sua força e influência, Lula ainda é uma ameaça a esse projeto que destrói a autodeterminação do nosso povo, e nos faz miseráveis e menores, por isso em plena campanha pelo Nobel, e depois do fim de um processo eleitoral que não lhe garantiu os direitos que estavam sendo usurpado, como sinalizou o Comitê da ONU que analisa a denúncia de perseguição contra ele. A justiça desta feita pela sentença da juíza Gabriela Hardt, substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba, igualmente polêmica e acusada por muitos do meio jurídico e midiático, como alguém que não leu o processo, proferiu sentença condenatória referente ao Sítio de Atibaia, contra Lula, repletas de falhas, tais como a suposta delação de dois delatores, Léo Pinheiro e José Aldemário Pinheiro Filho (que são a mesma pessoa), e não duas como enfatiza a juíza, que ignorou provas da defesa e laudo técnico, e testemunhos contundentes favoráveis a Lula, além do fato deste não ser proprietário do imóvel, e como diz a própria juíza não ter evidências de quaisquer contrapartida de Lula para Leo Pinheiro ou a OAS, e nem relação com recursos desviados da Petrobras.
Não é coincidência, nem sem razão que ocorre nova rodada de injustiças contra Lula, uma condenação que assombra até ministros do STF, seja pelo tamanho da pena, 12 anos e 11 meses (lembrando que o Léo Pinheiro, um dos principais envolvidos, tem pena inferior a 2 anos e está em liberdade), ou pelo processo condenatório, com argumentação acusatória frágeis, no mínimo, e tem tudo haver com a possibilidade de Lula ser escolhido para o Prêmio Nobel da Paz, o que seria uma enorme desmoralização para o judiciário e para os "poderosos" de ocasião, e hora no comando das instituições nacionais com sinais de desgoverno.  A isso somem o episódio que privou Lula de ir ao enterro de seu irmão, um direito que lhe foi negado, e mais um exemplo de como ele é perseguido e refém do judiciário.

A sentença recente é para atingir a imagem de Lula, ofuscar seu papel de liderança e seus discursos, mesmo preso, e arrefecer a mobilização e o empenho de seus apoiadores, minimizando toda forma de oposição aos interesses das elites, das instituições a serviço dos projetos de potências como os EUA, que vão dispor de mais argumentos e recursos para barrar adversários, mesmo a campanha pelo Nobel em favor de Lula.

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Lula merece o Nobel da Paz?

Nobel da Paz para Lula tem 500 mil assinaturas a dois dias do encerramento - Brasil de Fato 29.01.2019

Por que querem indicar Lula ao Prêmio Nobel da Paz? - Lula.com 11.01.2019

Muito se pode falar, mas sim, Lula merece o Prêmio Nobel da Paz, por muitas razões.

Seja por ter sido o principal responsável por políticas e ações, que resultaram na retirada de milhões de brasileiros de situações de pobreza e miséria profunda, com o resgate de populações da condição de exclusão social, propiciando vida e alimento, dignidade por meio de instrumentos antes inacessíveis, como assistência efetiva, saúde, educação e trabalho. Algo que Lula conseguiu personificar como mobilizador e indutor de transformações, numa comunicação simples e direta de valores e propostas de resgate social, de forma compreensível aos pobres, e que foi capaz de influenciar boas iniciativas de resgate social no mundo.

O Fome Zero, o Bolsa Família, são apenas exemplos que se expandiram para o mundo, tiveram Lula como símbolo e indutor, com reconhecimento por órgãos da ONU, e válidos para muitos países, com outros tantos de milhões de pessoas pobres, beneficiadas com políticas e ações dos modelos adotados e defendidos por Lula, copiados e multiplicados por várias partes. Lula se tornou um símbolo e voz dos pobres, e assim passou a ser visto em países e nos diversos fóruns mundiais.

A valorização de atividades, como as domésticas e catadores de lixo, e o apoio de Lula a estes trabalhadores, mostram o que é uma verdadeira preocupação com os pobres e sua dignidade.

Seja por sua penetração no cenário mundial, com nova forma de fazer política, de defender economias inclusivas como nos blocos, BRICS e MERCOSUL, priorizando os menores, a autodeterminação dos povos, a cultura e potencial de cada país. Não esquecendo o compromisso com o desenvolvimento social, como fez na adoção de políticas solidárias na África, especialmente quanto a aspectos de apoio e assistências como as relacionadas a crise provocada pelo HIV que atingiu segmentos de populações sem acesso a medicamentos, que encontraram em Lula um apoiador.  A relação com a Bolívia e outros países da América do Sul, mostraram o compromisso com o bem estar dos povos e o respeito nas relações.

Para Lula, acordo nuclear com o Irã foi momento marcante da política externa do seu governo - O Globo 27.12.2010


Seja pela sua disposição de defender a paz, e os territórios, com atuação e ações importantes para realização de acordos internacionais, que preservavam direitos e afastavam os riscos de guerras, como no caso do Irã, e as negociações de acordo com EUA, Europa, e outros, referentes ao programa nuclear.

Lula recebe apoio de mais um vencedor do Prêmio Nobel da Paz - Blog do Esmael Morais 31.01.2019

Lula sim, merece o Nobel da Paz, e muitos como o ganhador do Nobel da Paz,  Adolfo Perez Esquivel, reconhecem e cada vez mais engrossam as fileiras dos que apoiam a indicação de Lula.

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Brumadinho e CT do Flamengo, o que há de comum?


Diferentemente de outros veículos, decidimos abordar as duas tragédias de forma prática, pois a dimensão da dor e do sofrimento das famílias e atingidos, não é possível expressar com palavras, e cabe uma análise sobre a ótica racional.

De comum, para além dos fatos de serem tragédias e trazerem dores, sofrimentos e mortes, além de incertezas futuras, e muitas outras formas de desgastes e injustiças, há também aspectos a serem considerados por nós, pelo Estado, representantes legais e sociedade, tais como:

- o fato de serem previsíveis e mesmo alertadas, pois ocorreram denúncias e tentativas de evitá-las, ou corrigi-las, mesmo envolvendo ações de entidades, parcela da sociedade, ou autoridades nos dois casos, mas não necessariamente com atores similares, algo que ocorreu em Minas no caso de Brumadinho (como por exemplo no processo de debate e concessão de licenças em reunião do conselho estadual), e no Rio de Janeiro no caso do Flamengo (com as diversas multas aplicadas pelo município, com relação aos alojamentos e estruturas inadequadas);

- também uma série de aspectos relacionados as ações dos dirigentes e empresas, atores e autoridades, que foram no mínimo negligentes com as ações de combate a riscos e minimização de vítimas, para não dizer criminosas, e que precisam ser tratadas desta forma, além das ações de reparação de danos e indenização a familiares e vítimas das tragédias, que não são apenas acidentes inesperados;

- para ambos os casos, em graus diferentes, não há estruturas de apoio oficiais bem preparadas e atuantes, e quando da tragédia por determinado espaço de tempo prevalece a desinformação e angústia de ausência de contatos necessários, e ao  longo do curso dos processos posteriores, ausência de mecanismo que assegurem soluções extrajudiciais que minimizem os desgastes e sofrimentos adicionais de longas e onerosas ações judiciais, que não contemplam as urgências e necessidades causadas pelas tragédias;

- ainda é preciso aprender com os fatos e traçar novas políticas, e talvez novos marcos legais para ambos os casos, que se encarreguem de formas adequadas de prevenção de novos fatos igualmente ruins, e maior fiscalização e controle das atividades de ambas empresas, e outras semelhantes, seja no caso da Vale e mineradoras quanto a construções e técnicas de barragens ou exploração mais seguras, e controladas, ou no caso do Centro de Treinamento do Flamengo, e outros de diversos times, com controle da segurança e infraestrutura das instalações, e mesmo de disciplinamento das atividades envolvendo jovens e menores, com alto grau de desregulação e exploração não recomendada por normas trabalhistas, por exemplo;

- ambos os casos são exemplos de tragédias, que poderiam ser tratadas adequadamente antes, ou mesmo agora se o sistema de proteção ao trabalho funcionasse, ao invés de ser desmontado como ocorrem com a CLT após a Reforma Trabalhista, com o fechamento do Ministério do Trabalho, e futuramente da Justiça do Trabalho;

- ressalvadas as proporções e as peculiaridades de cada atividade e das tragédias em si, há algo mais em comum a ser destacado, uma certa abstração das autoridades quanto ao fato, e uma tentativa de "proteger" a imagem e as instituições, "abrandando" aspectos das tragédias, focando na valorização excessiva das instituições/empresas, e do suposto interesse ou importância destas para sociedade, "ignorando" vítimas;

- há o foco e prevalência dos interesses financeiros, do dinheiro, antes e depois das tragédias, nas atitudes dos representantes das empresas e instituições responsáveis pelas tragédias, algo que precisa ter uma resposta urgente e muito significativa, se queremos evitar novas tragédias. 

São apenas alguns aspectos, que centenas de mortes e destruição ou a morte de jovens adolescentes, esperançosos e absorvidos por interesses econômicos de exploradores insensíveis, e loucos por lucros. Tragédias que ainda parecem insuficientes para que legisladores, governos e empresários, se esforcem por evitar por meio de ações e normas, que de fato previnam e impeçam suas tristes repetições.

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