segunda-feira, 10 de junho de 2019

A verdade veio à tona, Dallagnol e Moro, conversas proibidas

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Dallagnol e Moro, conversas proibidas -  Imagem reproduzida do Brasil 247

Com tantos episódios de claras injustiças postos a público, especialmente nos últimos anos, até o momento não há indícios de que algo positivo e forte o suficiente para que transformações necessárias ocorram a curto prazo (na vigência do governo Bolsonaro, precisamente), no sistema judiciário e nas instituições que deveriam cuidar das pessoas, do bem estar social e da Justiça.  E que sejam capazes de mudar a "certeza" que uma parcela da sociedade já tem: "de que o nosso judiciário é parcial e suas sentenças pesam contra as camada mais baixas, ou contra os desafetos dos poderosos de plantão, num jogo de poder e manipulação que se sucede em ciclos". Ainda que a dita certeza, não seja sempre sustentada inteiramente em verdades, e sofra distorções também por limitações de parte dos que são submetidos com mais intensidade aos "exageros" da justiça, até como uma forma natural de reação, a um poder que se torna opressor e distante do povo.

Um país de fraudes - Foco BRASIL 22.12.2018 


Para além disso há interesses não apenas corporativos internos as instituições, que se transformam em castas e não aceitam questionamentos, muito menos oriundos de forças populares e camadas "inferiores". Pois há toda uma estrutura de poder formadas por elites que se beneficiam das injustiças, e se organizam em forças reacionárias e conservadoras, em grupos empresariais (de todos segmentos) e financeiros, que usam o poder para fazer pender a "balança da justiça", quando não o fazem com intimidações e certa dose de força, sejam oriundas de membros de corporações que deveriam servir a justiça e o Estado, ou de poderes paralelos que crescem com intensidade assustadora, a sombra das injustiças (como os grupos milicianos).



Estruturas que encontram eco e viés ideológicos em meio a sociedade, bombardeada e contaminada, com mentiras, distorções e verdadeiras campanhas midiáticas (profissionais, digitais ou não) de desinformação, fomento do extremismo e desvirtuamento de valores, ideias de sociedade, e papéis das instituições, etc. E não nos referimos apenas as fakenews da campanha eleitoral (com ataques a democracia e violência), ou os orquestrados atos difamatórios contra o ex-presidente Lula, como forma de destruir resistências e reputação, que impediam sua derrocada, e foram patrocinada por jornais e tv's, e mídias em geral, ou também  nas manipulações que resultaram em manifestações de grupos, que fortaleceram manobras pró golpe contra a presidente Dilma, resultando nas ascensão de Temer e um velho modo de governar, com fisiologismo e esquemas, até a criação de um ambiente propício aos grupos que sustentaram a ascensão de Bolsonaro.


Não é sem propósito que segmentos das mídias nacionais, ignorem a total inadequação do pacto proposto por Bolsonaro, a Câmara (com Rodrigo Maia) e ao STF (com Dias Toffoli), uma ameaça ao papel institucional e a princípio de independência entre poderes, que se tornariam meras estruturas auxiliares.



Diga-se de passagem, que há muito diz-se que o protagonismo político de alguns ministros do STF, já os afastaram dos seu atributos de cuidar dos direitos constitucionais, e balizar nossa democracia com justiça, e com o pacto que se firmaria neste dia 10.06, os desvios de atribuições funcionais ficam mais claros, e levantam suspeitas ainda mais fortes, sobre até onde os ministros da corte, estão se deixando conduzir em suas decisões sobre perspectivas ideológicas e políticas, especificamente quanto a decisões polêmicas, na venda das estatais, ou como nos julgamentos a mercê da opinião de instrumentos midiáticos, no caso da prisão de réus processados, que já tenham decisão condenatória em 2ª instância. Para não falar de muitas outras polêmicas envolvendo o STF, e que são alvos de questionamentos plausíveis por renomados juristas, especialistas, e da própria sociedade.






Hoje, diante de todas as denúncias agora fartamente referendadas com a reportagem do sítio The Intercept, que dão contas de que o atual ministro da justiça Sérgio Moro (e então juiz federal, que julgou e condenou o ex-presidente Lula, alegadamente sem provas), teria conjuntamente com o procurador Deltan Dallagnol antes da apresentação da denúncia contra Lula, no processo do triplex, que posteriormente seria julgada por Moro, combinando aspectos da dita denúncia e detalhes da peça acusatória (forçando artificialmente a um percepção de que o triplex seria fruto de corrupção, e de propriedade do ex-presidente), tornando o processo viciado, onde o julgador é parcial e personagem ativo na elaboração e condução da denúncia, contrariando nossas Leis, e confirmando as diversas afirmações já feitas anteriormente, de que Moro não poderia julgar Lula, por ter interesses direto e agir parcialmente no processo, como vem dizendo a defesa de Lula e outros que levantam suspeitas de ilicitudes também por membros da Lava Jato, além do próprio procurador Deltan, agora no centro dos vazamentos de diálogos com Moro e membros de sua equipe, em posturas muito suspeitas e impróprias para membros do MPF.




Lembremos que nessa odisseia até a condenação e prisão de Lula, há muitos questionamentos válidos, e que são tidos como ataques as garantias e direitos legais de todo cidadão, inconstitucionalidades e ilícitos, que outros juízos, instâncias (como TRF4, STJ, STF) ignoraram ou não apuraram adequadamente, ou mesmo não julgaram segundo os critérios constitucionais. Dentre os quais: alterações ou fraudes em provas e documentos usados no processo; vazamentos seletivos de informações e grampos ilegais com divulgação para fins políticos (no caso de Dilma e Lula); coerção coercitiva ilegal e com fins políticos e midiáticos; intimidação de testemunhas e uso de delações em esquemas milionários; processos sem provas materiais e apenas baseados em declarações de delatores (muito bem premiados, e imunizados de penas); uma suposta relação promíscua entre instrumentos de mídias e membros da Lava Jato; abuso de autoridade e desvios de funções e atribuições, mesmo como juiz não natural do processo; vigilância ilegal de advogados e escritórios e com fins de prejudicar a defesa de réus; e muita outras arbitrariedades, algumas não analisadas por conselhos responsáveis e superiores dos envolvidos, numa aparente omissão e cumplicidade, ou intimidação.




Agora a verdade de que falava Papa Francisco, e o Lawfare que foi denunciado a ONU se torna mais concreto após o vazamento das conversas de Moro e Dallagnol, e há muito por vir, e o que menos importa é como o The Intercept recebeu o material vazado, mas parece que parte do poder estabelecido, dos grupos reacionários, já acionam seus apoiadores na TV e jornais, e outras mídias, para tentar desacreditar as conversas vazadas, não questionando a veracidade, nem desmentindo as relações duvidosas e com muitas suspeitas sobre o super juiz, feito herói artificialmente, para enganar muitos e colaborar com o esquema eleitoral que possibilitou a impugnação de Lula, e a eleição manipulada e repleta de mentiras e robôs de internet e redes sociais, que envolvem agências internacionais e empresas de tecnologia, e parecem ser estas as verdadeiras e "consistentes" bases de apoio do Bolsonaro e seus extremistas.





Dizer que é criminosa a violação de telefones, ou que vazamentos atingem pessoas de forma irresponsável, ou que o conteúdo das  conversas é algo normal e sem razão para alardes, sensacionalismos. É no mínimo ridículo e contraditório, pois hoje recebem uma dose de seu próprio veneno, pois foram os membros da Lava Jato e Moro, ativos usuários de técnicas que hoje condenam, e agora tentam esconder o tamanho do que está sendo visto como, graves desvios de condutas previstos em Lei, e os quais servidores públicos deveriam evitar e não estar relacionados em suas atividades institucionais.  Fingir não haver erros, é dissimulação!




No seu projeto de poder, segundo palavras de Gilmar Mendes, os procuradores de Curitiba (Lava Jato), criaram situações inusitadas e constrangedoras ao judiciário, partindo do princípio de que os fins justificam os meios (ilegalidades para combater o crime), como os fundos oriundos das indenizações por empresas investigadas na operação, ou supostos esquemas de beneficiamento de escritórios de advocacias do Paraná, de amigos ou pessoas de ligadas a Moro, dentre outros problemas apontados por muitos. Não surpreende que agora recaia sobre todos, o peso dos seus desvios e injustiças sistematicamente realizadas.

Chegou a hora de trazer a verdade à tona, e passar o caso Lula e o Brasil a limpo, pondo luz sobre os excessos e erros da Lava Jato!


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Imagem reproduzida do sítio Conversaafiada

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