Dia 30 de outubro, os brasileiros vão as urnas para definir os rumos do Brasil e suas populações.
Temos abordado muitos aspectos da vida política e social dos brasileiros, e reservamos para hoje uma abordagem mais específica sobre a escalada da violência política, de tal forma que ações de grupos e alguns partidos políticos tem modificado o comportamento de parcelas da sociedade, e interferido em aspectos de nossas vidas tão intensa e negativamente, que tornaram-se ameaças as bases de uma sociedade livre e saudável, e estas eleições representam uma forte tentativa de evitarmos a deterioração das bases sociais e democráticas do Brasil, resgatando instituições, valores, comportamentos sociais responsáveis, justos, saudáveis e democráticos, cada vez mais alterados e difíceis de encontrar entre os brasileiros.
A violência política ameaça e atinge nossas instituições, nossa democracia, nossos valores, nossa fé, nossa cultura e nosso povo, atingindo de forma intensa os mais humildes, e provém de grupos minoritários estimulados por políticos de conduta fascistas perigosas, no caso presente principalmente pelo candidato e atual presidente Jair Bolsonaro, que fundamenta suas ações em violências, armas, em ataques a parcelas da sociedades, instituições de Estado, e muito em agressões e investidas sobre opositores políticos por meio de mentiras e falsas bandeiras.
Destacamos uma maior ação com estímulos a conflitos e desestabilização social por parte do Jair Bolsonaro e seus aliados e seguidores, especialmente nos últimos 40 dias, mantendo a política de mentiras e fake news, criando falsas justificativas e pretexto, para atingir opositores, instituições como STF, TSE, ou promover intimidações, medo e ameaças, em pessoas e segmentos sociais, como os relacionados as diversas denominações cristãs, para influenciar e ter controle sobre resultados eleitorais e o posterior avanços sobre os controle do Estado, por meio de atos fascistas que possam ser decisivos para imobilizar, anular e até exterminar resistências, oposição, mesmo com uso de violência extrema e ameaças a vida.
Vejamos o que nos chama atenção, dado o grau de violência, e é uma estratégia de Bolsonaro e seus aliados:
- Violência política associada a discriminação racial e social, com fundamentação no sentimento de impunidade e que pode tudo, inclusive desrespeitar leis, como as que determinam a suspensão do porte de arma em meio ao processo eleitoral, numa clara afronta ao TSE e as leis, com agravantes de riscos e ameaças de vidas a populares e desavisados, com disparos de armas de fogo em via pública (que não são legais, mas um ato criminoso e violentíssimo), praticados pela deputada Carla Zambelli e seus seguranças, ela que é uma das principais aliadas de Bolsonaro, defensora de ideias perigosos, armamentistas e discriminatórias. Fato que ocorreu dia 29, ontem, em São Paulo e por razões fúteis, com clara demonstração de prepotência e desrespeitos as leis, que caracterizam parte significativas dos bolsonaristas, vistos em vídeos e depoimentos de testemunhas viralizados nas redes sociais, e demonstram como é potencialmente nocivo o projeto Bolsonaro, em São Paulo encabeçado por Tarcísio, candidato a governador;
A bandida não respeita resolução do TSE ou leis vigentes, palavras dela.
Segurança de Zambelli é preso após atirar durante perseguição a homem negro... - UOL 30.10
Zambelli admite saber que estava descumprindo proibição de porte de armas - Correio Brazilense 29.10
Veja a íntegra do vídeo com Zambelli em ato criminoso
- Violência política associada a crimes contra vida, num episódio nebuloso e envolvendo o candidato Tarcísio, ex-ministro e aliado a Bolsonaro, está agora sob suspeição, pois um homem foi assassinado na periferia de São Paulo, e há evidências de que a equipe ou seguranças do candidato, exigiram que cinegrafista de tv apagasse gravações que poderiam relacionar o crime a segurança ou membro do grupo que acompanhava o candidato, uma forma de ocultação criminosa, uma vez que o fato ocorreu à cerca de 12 dias, próximo ao local onde estavam candidato e sua equipe e se relacionam a uma suposta denúncia de atentado contra ele, em Paraisópolis SP, que depois ganhou contorno de farsa, mas o homem (o Felipe) foi assassinado conforme divulgado na mídia, e o suposto responsável pelo crime tem relação direta com o candidato Tarcísio de Freitas, imerso na campanha com Bolsonaro;
Tarcísio de Freitas e o assassinato de Paraisópolis (Imagem reproduzida sítio Esquerda) |
SP: Tarcisio segue enrolado no caso do assassinato em Paraisópolis - Esquerda 28.10
Há suspeição de que um araponga da ABIN - Agência Brasileira de Informação, seja o autor da morte do jovem de 27 anos, e que tudo esteja relacionado a uma farsa para um supostos atentado contra ele, com fins eleitorais e de forma orquestradas com membros do Governo Bolsonaro, planejado e que resultou em morte, num fato que pode ser crime de Estado premeditado, e é muito grave e precisa ser esclarecido.
- Violência política associada a outros crimes, algo bem emblemático relacionado a outro recente fato, que teve como protagonista o Roberto Jefferson, outro aliado de Bolsonaro, que disparou fuzil e lançou granadas contra policiais federais no cumprimento do dever, resultando em feridos, mas também em exemplos de descumprimento de mandado legal (sendo ele réu e estando cumprindo prisão domiciliar), porte de arma de forma ilegal (não só pelo calibre ou uso restrito, mas por estar preso), e que teve contornos vergonhosos, com aparente intervenção do Ministro da Justiça, Anderson Torres, a pedido de Bolsonaro, numa demonstração de proximidade e que geraram momentos vexatórios a Polícia Federal e ao judiciário, retardando cumprimento de ordem do Ministro Alexandre de Moraes, frequentemente atacado por Bolsonaro, general Mourão (seu vice), Carla Zambelli (inclusive ontem ao descumprir norma do TSE), o próprio Roberto Jefferson e outros condenados em crimes contra a democracia e atentados contra instituições e pessoas, como o Daniel Silveira;
Roberto Jefferson e Bolsonaro - Google Imagens |
Na reta final, turbulências à vista - Foco BRASIL 24.10
O duro recado que Roberto Jefferson recebeu na cadeia - VEJA Abril 28.10
O uso de armas mesmo em prisão domiciliar o gesto protetor de Bolsonaro, seja ao dizer que ele poderia ser "um soldado da liberdade", ou ao enviar o Ministro da Justiça para intervir e resultar em cenas muito ruins para as autoridades, mostram o descomprometimento com as Leis e o quanto são perigosos.
- Violência política que contaminam instituições, religiões, sociedade, com discurso de violência, cerceamento de liberdades de manifestação e escolhas, e provocam climas conflituosos, descambando para intimidações, medo, violência física e mesmo mortes, que devido ao discurso de ódio de Bolsonaro inflamam seus seguidores, e passa a ideia de que tudo podem e é "correto" ser um cidadão com viés fascista. Temos muitos fatos e eventos acumulados desde o início do Governo Bolsonaro, mas recentemente estes ganham conotação maior e crescem ou trazem mais sofrimentos e incertezas.
Violência política marca eleição de 2022 - DW 29.10
Na reta final, turbulências à vista - Foco BRASIL 24.10
Violência política toma conta de igrejas; leia análise - Estadão 19.10
Liberta-te Brasil! Foco BRASIL 30.09
Lula em campanha nas ruas - Google Imagem |
O voto hoje é fundamental para mudar este quadro sombrio, por isso a candidatura de Lula tem ganhado tantos apoios, mesmo entre adversários históricos como do PSDB, nas figuras de Serra, Dória e outros, de candidatos e ex-candidatos, Tebet, Ciro, Janone, Boulos e Marina por exemplo, ou de ex-presidentes como Fernando Henrique Cardoso e José Sarney, por entenderem que com ele as vias democráticas terão chance de serem preservadas e se desenvolver, e o povo terá melhores oportunidades de vida e escolhas. E o que temos dito é apenas um retrato simbólico de um conjunto de forças e apoios, representações políticas, econômicas e sociais, muito, muito mais amplos que se manifestam em favor da eleição de Lula hoje!
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