sábado, 14 de março de 2020

Covid19, e agora?

OMS declara pandemia de coronavírus - G1 11.03.2020

"Brasil vai mudar estratégia caso coronavírus seja declarado pandemia; entenda"   Gazeta do Povo 06.03.2020

OMS se corrige e eleva risco do coronavírus de "moderado" para "alto" ... - UOL 27.01.2020


Imagem obtida no Google Imagem - Covid-19


O surto de Covid19 avança rapidamente pelo mundo, como dissemos na publicação de 09 de março, é uma Pandemia, o mundo se dobra a sua velocidade de propagação e por não ter se preparado adequadamente para um risco tão grave e tantas mortes, enquanto nações apenas se preocupam com crises financeiras, como transferir dinheiro público para salvar banqueiros, especuladores, elites econômicas, em detrimento da falta de atenção a saúde pública, ou com a gratuidade dos serviços de assistências médicas e sociais, na maior parte dos países do mundo, especialmente em alguns muito afetados pelo Covid19.

Porta-voz do governo chinês diz que militares dos EUA podem ter levado vírus à China... - UOL 12.03.2020 
Ainda que não se saiba exatamente as origens do vírus (com recentes declarações graves, atribuídas a autoridades chinesas, denunciando possíveis ações militares dos EUA como explicação para o surto), quantas mutações circulam mundo à fora, quanto tempo permanece sem manifestar sintomas, se pode ou não voltar a infectar pessoas supostamente curadas de infecção anterior, como há registros de pessoas que receberam alta na China, e voltaram a apresentar sintomas posteriormente, ou mesmo quais medicações funcionam melhor e quanto tempo estaremos aguardando por tratamentos mais eficientes, ou  uma vacina eficaz. Há muitas incertezas e informações mal disseminadas, por muitos governos e autoridades, contribuindo para o caos que se formou, ainda que se diga que o Covid19 é menos letal que outros vírus do tipo Corona, ser possível o controle mundial, mas que tem se mostrado extremamente letal para idosos, em meio a uma propagação silenciosa e rapidíssima.
Neste contexto há cobranças sérias a serem feitas, há muitos governantes, autoridades omissas, instituições que não dão a resposta necessária e no tempo adequado, a OMS - Organização Mundial de Saúde, também falhou em nossa perspectiva, demorou a reconhecer a Pandemia, a instruir países, coordenar ou tentar uniformizar ações de controle da infecção e de assistência a populações afetadas. Preocupações com a economia mundial, ingerência política, despreparo de alguns governos e responsáveis pela saúde em algumas nações, sonegação de informações por parte de governos, medo de um pânico e da percepção de que reconhecer a Pandemia, seria uma forma de reconhecer o fracasso das ações, tudo e mais alguns aspectos podem ser usado como justificativas, mas, entendemos que persistem muitas falhas como antes, não sendo possível aceitar tais situações que tornam grave o surto mundial de Covid19, com muitas mortes.
Já é dramática a situação na Europa, questões como as que foram levantadas são importantes, especialmente quando pensamos nas inúmeras dificuldades dos muitos campos de refugiados, de migrantes e fugitivos de guerras, seja em território europeu, na Ásia ou África, expostos e sem medidas internacionais para minimizar os riscos e exposições, com potencial para tragédias humanas em novas edições. Itália, Espanha, são os mais afetados e na Ásia a China que já dá sinais de algum controle sobre o surto, e o Irã, que apresenta um enorme número de infectados e centenas de mortes, a exemplo da Itália. É preciso ter respostas da OMS, que referendem ou indique o que de fato há de positivo nos tratamentos que evoluem na China, de onde se tem notícias de milhares de infectados curados com auxílio de medicação e tratamento, com medicação produzida com tecnologias cubanas, assim como a disseminação de informações positivas, técnicas e ações, que expliquem a ausência de Covid19 em alguns países, como Cuba, como forma de ajuda e determinação de parâmetros, principalmente destinados a países mais pobres, no combate ao surto.

Saiba tudo sobre o novo coronavírus e a doença que ele provoca - Agência Brasil 12.03.2020

Publicada portaria que regulamenta medidas para enfrentar o Covid-19 - Agência Brasil 12.03.2020

Também precisamos de respostas para as necessidades e situações que vivenciamos no Brasil, o nosso governo federal parece não estar uniformemente envolvido com ações de combate ao Covid19, com certa ignorância e desprezo pela Pandemia, se tomamos com base declarações de Bolsonaro, ou Paulo Guedes, há falta de articulação e ações efetivas para enfrentar a crise, como definição de parâmetros e momentos de assistência financeira ao SUS, aos estados e municípios, no que se refere também a medidas adicionais de ajuda e assistência aos milhões de brasileiros jogados na miséria e sem condições de disporem de locais apropriados para isolamento, ou acesso a alimentação, medicação e materiais de higiene e limpeza, por absoluta falta de condições e total estado de miséria. Ilustra bem a falta de atuação prévia, e muita postura meramente reativa, a desconfiança que reside nos mercados financeiros de que o governo não sabe a possível extensão da paralisação da produção, serviços e circulação  de dinheiro, pessoas e produtos, não apresentando propostas claras de atendimento as demandas e necessidades dos segmentos. Outro exemplo, foi noticiado em 14.03, que uma avião com passageiros vindos da Itália (área crítica do Covid19), desembarcaram em um aeroporto de São Paulo (um dos principais focos do vírus no Brasil), sem qualquer ação preventiva da concessionárias ou autoridades sanitárias e aeroportuárias brasileiras, aparentemente "desarticuladas".

Governo usa coronavírus para acelerar reformas e divide Congresso - Metrópoles 14.03.2020

Como Bolsonaro promoveu guerra de desinformação sobre coronavírus - HuffpostBrasil 14.03.2020

Comportamento do coronavírus no calor é chave para previsões sobre seu controle - El País 13.03.2020

Preço de álcool em gel e máscaras subiu até 161%; governo deveria tabelar? - UOL 12.03.2020


Nossa preocupação tem fundamentos, na ausência de recursos para o SUS (efeitos da EC 95), também para assistência social e educação, além de outros segmentos da saúde, por inúmeros cortes orçamentários feitos pelo governo e com apoio do Congresso, impedindo campanhas de orientação, dificultando formação e treinamento de pessoal de saúde (por exemplo) e de outras áreas auxiliares, bem como fornecimento de medicamentos, a reposição de materiais descartáveis, manutenção de hospitais, oferta de leitos, estruturas de transportes, limpeza e higienização de ferramentas públicas e áreas de uso coletivo. Imaginem milhões sem locais para dormir, famílias amontoadas em quartos ou casebres (barracos), com crianças, adultos e idosos, sem dinheiro para comprar medicamentos, produtos básicos de limpeza e higiene, ou alimentos básicos, o que será desta população?

Coronavírus e o SUS: como a desigualdade na oferta de leitos pode expor 'buracos' na rede pública - EM 12.03.2020

SUS tem reagido bem ao coronavírus, mas é preciso investir em leitos... UOL 11.03.2020

Chegada de coronavírus pode colocar SUS já saturado em xeque - Folha UOL 02.02.2020

Recursos e estrutura para manter serviços públicos de saúde e assistência básica aos pobres, não é desperdício de dinheiro, pode significar vida ou morte, a oferta de um serviço médico gratuito, público, é algo que deve ser perene e constante, bem como a distribuição de medicamentos e gêneros básicos, ajudam na garantia de dignidade e menos perdas com um surto como o Covid19, dengue ou outras ameaças presentes. As atuais políticas públicas de contingenciamento de recursos e desprezo as instituições e serviços públicos, podem ser responsáveis por tragédias, milhares de mortes, e destruição das bases econômicas brasileiras. Num surto como este, a falta de medicação gratuita e acesso a mesma, é tão grave como o fato de não termos água potável, disponível para todos, ou um local mínimo para garantir isolamento de abandonados, abastecidos com alimentos e gêneros básicos suficientes para permanecerem dignamente, pelo período necessário, sem se transformarem em bombas humanas e transmissores ativos a cada minuto, em toda parte, são  responsabilidades do Estado. Algo que se mostra ainda mais difícil e com potencial enorme de se multiplicar, diante da mudança de clima nos próximos meses (com o outono e o inverno), com suas repercussões sociais em camadas mas carentes e regiões pobres (com sérios problemas estruturais),  se medidas urgentes e eficazes não controlarem a pandemia e os governantes continuarem omissos.

Coronavírus, crise global, eleições: o que pode afetar a economia em 2020... - UOL 04.03.2020

Brasil alcança recorde de 13,5 milhões de miseráveis, aponta IBGE ... UOL 06.11.2019

Contingente de miseráveis no Brasil, que vem crescendo gradualmente desde 2015, é maior do que toda a população da Bolívia - William West/AFP
Imagem reproduzida do sítio UOL - Imagem: William West/AFP


Não só na paralisia econômica e socorro a quem for afetado pela quebra do ciclo produtivo, deve residir a preocupação dos governos, parlamentares, atores políticos e sociais, ou econômicos, mas com a nação, com seu povo, principalmente as parcelas mais vulneráveis, e não apenas agora na Pandemia do Covid19.  Garantindo dentre outras coisas, tudo que é necessário ao SUS funcionando como serviço de qualidade, público, e acessível a todos os brasileiros, mesmo em crises como as atuais, e sobre ameaça dos surtos e epidemias em curso ou possíveis.

Aplicativo do Ministério da Saúde identifica sintomas do coronavírus - A Gazeta 14.03.2020

A OMS, outros organismos, governos, instituições de saúdes, devem-nos respostas imediatas e adequadas!

Enquanto isso, cuidem-se:

a) lavar sempre as mãos, usar sabão amarelo, sabonete, sabonete líquido ou álcool 70 GL, gel de preferência, esfregando bem;

b) evitar contato direto com as pessoas, não beijar, abraçar, ou apertar as mãos;

c) evitar concentração de pessoas e locais fechados, sem absoluta necessidade;

 d) evitar viagens desnecessárias ou passíveis de adiamento;

e) manter higienizados itens de uso comum, e ao ter contato com estes, lavar mãos;

f) lavar roupas com água e sabão abundantes, para higienização;

g) manter distância mínima de 2 metros de outras pessoas, e se espirrar, proteger com o cotovelos, ou nestes casos (de tosse e espirros), usar máscaras de 3 camadas filtrantes, para evitar propagar vírus, se não for possível ficar em isolamento preventivo;

h) em casos mais graves, busque informações e procedimentos junto a sítios e meios de comunicações de responsabilidade das autoridades de saúde, municipais, estaduais ou federais, nos casos indicados por estes, busque o serviço médico adequado.


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