quinta-feira, 2 de abril de 2020

Bolsonaro protela assistência ao povo!

 

Ao longo da crise do Covid19, Bolsonaro tem agido mal e priorizado seus interesses políticos em relação a 2022, e na manutenção de uma estrutura de poder que só beneficia ricos e concentradores de renda, o mercado financeiro, especialmente bancos e especuladores da bolsa, que querem lucrar em cima de mortos.

Guedes faz ‘chantagem’ para Congresso pagar renda emergencial. STF e TCU reagem - RBA 01.04 

Editou a MP 927, e sua macabra proposta de suspender salários, mesmo revogando este item depois de muita pressão, esquecendo que o trabalhador estaria relegado a uma insegurança profunda e a fome, durante e após a crise da Covid19.  Mas como Bolsonaro ainda insiste em bancar bancos e grandes empresas, não que a ajuda seja dispensável, mas a velocidade e interesse em tais medidas, é muito maior para os grandes, do que assistir a população (que paga impostos, sustenta o Estado e move a economia e o desenvolvimento), da mesma forma que o presidente persiste em dizer que se trata de uma "gripezinha", de alguma forma "sabotando" os esforços de combate a Covid19, e levando pessoas a desinformação e exposição ao vírus.



Cada problema se enfrenta no momento certo, agora é ficar em casa como recomenda as autoridades de saúde e sanitárias, para depois tratar de empregos e renda, mas sem esquecer do essencial, a economia não é mais importante do que vidas, do que o bem estar social e a saúde.  Essa discussão atravessada por Bolsonaro, que estimula a população a sair do isolamento, pode se transformar numa tragédia, e parece ser uma estratégia dissimulada de quem  não sabe ser um líder. A economia vai mal e muito antes da Covid9, e o desemprego também, caos e crise se somam pela falta de ação em favor do povo, até agora insiste em desculpas esfarrapadas para não conceder R$ 600 de auxílio aos mais desamparados, quando há duas semanas o Congresso já aprovou, põem obstáculos apostando em não gastar com os pobres, torcendo para convulsões e crise séria no Estado, para fazer valer seu discurso, criar desculpa para ruptura democrática, talvez como forma de permanecer no poder de forma tão desastrosa e com um Estado de Sítio induzido. 



Nos países que ignoraram como Espanha, Itália e EUA, a situação é gravíssima, e aqui graças a muitos dos governadores e ações corajosas e sem apoio Federal, principalmente financeiro, muitas ações como o isolamento, tem evitado uma mortandade mais elevada. Na Espanha são mais de 10 mil mortos, na Itália são mais de 11 mil mortos, nos EUA mais de 5 mil mortos, já superaram mais de 200 mil infectados nos EUA, 110 mil na Espanha e 115 mil na Itália, e estão à frente de outras nações.  Apesar de Bolsonaro e seus filhos, outros apoiadores e pessoas do seu círculo, numa postura negacionista, mentirosa e com muitos exemplos ruins, que atrapalham a luta contra o surto, perigosa e criminosamente, o Brasil tem hoje 299 mortos e 7.910 casos confirmados, um número que pode ser muito maior, já que não há testes suficientes para determinar mortes e supostas infecções. Algo que é muito grave!




Os desatinos de um presidente perigoso, que estimula conflitos, ódio, encobre falhas e suspeitas sobre si, fomentando fakenews, contrariando o mundo, a razão, a ciência, pares, para marcar posição e quem sabe matar uns 30 mil, como muitas vezes o Bolsonaro disse sobre os adversários, mas desta feita, do povo mais simples, que constróis este país, a sociedade e a economia. Alguém precisa parar seus gestos irresponsáveis, não será o Mandetta (um "velho aliado"), e ao que parece nem mesmo o Rodrigo Maia, ou Aras, mas o STF tem papel importante neste processo, especialmente num momento de medo e sofrimento, quando o líder não se faz presente, não age em favor do Brasil e se propõem a voltar a participar numa aventura militar contra Venezuela, em plena Pandemia, com o Trump e suas estratégias de dissimulação de erros parecidos com os de Bolsonaro.


Não podemos dissociar a pressão que faz Bolsonaro e alguns polêmicos aliados, que desde o início do governo, sua política foi extremamente liberal, reformas destrutivas para segmentos sociais, aprofundamento do desmonte dos serviços públicos, com a saúde e pesquisas sendo severamente afetados (e agora, são eles que asseguram vidas de todos), num momento onde pensam alguns destes hipócritas, que reconhecer e fazer o necessário para o controle do Covid19, é ir contra seus interesses privatistas, da reforma administrativa que em seus planos, preveem salários menores para os servidores, até afastamentos das atividades atuais, justo para muitos trabalhadores da saúde e serviços essenciais e que estão dando um show de responsabilidade com a população. O Estado Mínimo mostra suas contradições, fracassou!




E quando pensamos que o cenário não pode ser pior, o governo ineficaz, confuso, conflituoso, reedita um pacote de redução de renda, ameaça as garantias dos trabalhadores, e amplia as muitas crises e o sofrimento dos brasileiros, se algo não for feito logo. As muitas críticas contra o governo são válidas, mas não basta para salvar o Brasil.  Um país onde há quem aproveite a ocasião apenas para lucrar, escondendo máscaras para vender com valores absurdos, como no caso do álcool gel, antes do Covid19 entorno de R$ 8,00 a garrafa de 500ml, e nos últimos dias chegando a R$ 150 na internet, com pessoas e profissionais precisando destes e outros produtos de prevenção e segurança.


Supermercados e atacados na crise do Covid19 PE -  Foto José Dilson


Fique em casa!

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