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Ao longo da crise da Covid19 temos prestado informações sobre vítimas entre os profissionais de serviços essenciais, especialmente entre os bancários e também os profissionais de saúde, atualizando dados estatísticos e quando possível reconhecendo os esforços de quem se expõem em prol da sociedade.
Imagem Getty via BBC - reproduzida do Google Imagem
Infelizmente, quando afirmamos que ao menos 13 bancários já morreram vitimados pela pandemia, temos convicção que esse dado precisa de ajustes, por meio de nossos esforços e coletando dados de publicações e informações de entidade de classes, chegamos aos números. Os 13 óbitos são efetivos, estão em algumas das nossas publicações com nomes e bancos, dentre outros dados, como na que disponibilizamos a seguir, contudo, em virtude das metodologias de divulgação de informações dos estados, municípios, mas principalmente as oriundas do governo Bolsonaro (que não parece apresentar quadro confiável em seus números), agora ainda mais prejudicado com alterações nas formas de computar óbitos por Covid (como no Rio de Janeiro), há muito o que questionar sobre as estatísticas, também sobre a baixa testagem e falta de coordenação federal em todo o processo, algo assustador, prejudicial ao combate a pandemia e as formulações de ajuda a sociedade, como para as parcelas mais expostas.
Com a intenção de abrir comércios e por outras atividades em funcionamento para romper isolamentos, alguns administradores, estão falhando na forma de identificar e divulgar os casos de Covid19, diante de algumas frases e declarações, isso parece ser algo criminoso, uma omissão ou falha deliberada, proposital. No Brasil já são 25.697 óbitos e mais de 414 mil casos confirmados de Covid19. Já entre os bancários com a morte de Francis Lawrence Morais da Veiga, funcionário da CEF - Caixa Econômica Federal, da agência Praça Manoel André em Arapiraca - AL, ocorrida no último dia 19, passam a ser no mínimo 13 os óbitos entre bancários que nós conseguimos identificar, mas esse número pode ser maior, pois os órgãos de saúde não informam ou coletam dados que possam dar um panorama mais real e adequado a compreensão da crise, não há dados de profissão, ou de pessoas que são acometidas da doença em plena atividade, ou afastadas, etc.
A seguir um resumo dos óbitos por banco e estado onde ocorreram, não são computados aposentados ou bancários que não exerciam atividade:
- Banco da Amazônia 01 óbito, no estado do Amazonas;
- Banco do Brasil, 02 óbitos, 01 em Alagoas e outro no Rio de Janeiro;
- Banco Bradesco, 02 óbitos, 01 no Rio de Janeiro e 01 em São Paulo;
- 01 morte no Rio Grande do Sul, cujo o banco não foi determinado.
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Enquanto o Brasil passa a segunda colocação no mundo em número de infecções, cresce assustadoramente os casos fatais, e Bolsonaro e seus ministros ignoram tais mortes que não são apenas números, como dissemos na publicação anterior, cujo o link nós colocamos para acesso.
Tanto descaso não pode ser esquecido, os mortos não podem ser esquecidos, Bolsonaro tem que ser cobrado por seus atos insanos, por seu total desprezo com a sociedade, por seus excessos como suas declarações sugerindo armar pessoas, com propósito ao que parece, de ficar no poder a qualquer custo. Deve ainda responder pelas ameaças a membros do STF e a democracia, por suas relações conflituosas, por incitar violentos a atacarem o Legislativo e o Judiciário. A reunião do dia 22.04, cujo conteúdo foi liberado pelo ministro Celso de Mello, não é algo restrito e de interesse apenas do presidente e seus ministros como disse Bolsonaro, muito menos se trata apenas de um caso de livre manifestação do pensamento, conforme a liberdade de expressão assegura, há na fala do senhor presidente, de alguns de seus ministros, como Damares, Weintraub e Salles, principalmente, indícios ou claras situações de ilícitos, atos passíveis de responsabilidade e até crimes, assim como graves distorções na fala de outros, como o presidente da CEF ou o ministro Paulo Guedes, não sendo assim, fatos a serem ignorados e que exigem dos envolvidos na apuração, PF, PGR e o próprio STF, ações contundentes e urgentes.
A suposta indignação de Bolsonaro pela publicidade do vídeo da reunião, não procede do ponto de vista legal, pois ocorreram na tal reunião, fatos que atentam contra as instituições, não são apenas desabafos, há situações sérias e perigosas, como as que mostram uma atuação efetiva do presidente para intervir na Polícia Federal em favor de seus interesses (para proteger filhos e amigos, suspeitos em processos no RJ). Há muitos outros momentos passíveis de enquadramento legal e que o judiciário tem que atuar, em favor das instituições e do Brasil, enquanto as manifestações sucessivas e recentes, de ataques e ameaças ao STF e seus ministros, seja por Bolsonaro ou seus apoiadores, desencadeadas a partir das apurações e cumprimento de mandatos pela PF na última quarta-feira, no inquérito que investiga a divulgação de Fakenews, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, igualmente precisam de respostas imediatas, com ênfase a reforçar a independência do judiciário e combater atos que ferem a democracia, que o presidente faz questão de distorcer e ignorar, aparentemente pensando estar acima da lei, ou quem sabe, como tem dito para levar o país a uma convulsão social, uma guerra civil, alardeada pelo general Heleno.
Dentre os bolsonaristas investigados por ações ilícitas contra as instituições, estão o ex-deputado Roberto Jefferson que nas mídias sociais apareceu faz pouco tempo, em foto com fuzil em mãos e ameaçando o país com conflito armado, ele que já foi pivô de escândalos e denúncias. Também alvo de mandato do STF, a suposta líder de um grupo que está relacionado a possíveis atos violentos, além de evidentes difamações que extrapolam a livre expressão, ignoradas pela PGR, assim como a forma de agir violenta e antidemocrática do presidente. Diante da omissão de algumas instituições e a lentidão de outras, o STF age corretamente ao combater atos e grupos pró ações violentas e criminosas!
Com a liberação de vários e importantes trechos do vídeo da reunião ministerial do dia 22.04.2020, autorizada pelo ministro Celso de Mello, referente ao inquérito que investiga denúncias de interferências de Bolsonaro na PF, especialmente na superintendência do Rio de Janeiro, como tentativas de proteger filhos e amigos, supostamente alvo de investigações que incomodam o presidente, o episódio deixa claro que não há um governo, mas uma espécie de facção ideológica no poder, com objetivos de uso do poder em prol de seus interesses próprios, em detrimento dos necessários cuidados com o Brasil, num momento grave de pandemia que exige ações para proteção da vida, em prol do bem estar social e da estabilidade política, econômica e social, que parece ser ignorada por esse presidente e um grupo de ministros que se revelam desqualificados e indecorosos, no mínimo, com atitudes muito suspeitas e ruins.
Trechos do vídeo estão recheado de descontroles e baixarias, praticadas também por Bolsonaro e seus seguidores no planalto a nível de ministérios, também revela a falta de respeito as instituições e a democracia, na sua intenção de intervir e fazer valer seu interesse, além de dar a impressão de que a República Federativa do Brasil seria em sua totalidade, povo e nação, instituições e sistemas, algo para atender as necessidades do senhor presidente, filhos, amigos, alguns aliados, deixando dúvidas sobre a existência de estruturas de apoio e aparelhamentos paralelas a serviço do presidente, como a suposta rede de informações, talvez no molde de uma ABIN paralela (como denunciou o falecido Gustavo Bebianno), que seria mais eficiente do que as provenientes das instituições de estado com atribuições legais (segundo diz o próprio Bolsonaro), numa espécie de confissão de ilícitos. Sabe-se lá a que "esquema" de investigação e informação se referia Bolsonaro, ou se tem relação com supostas ligações com milicianos como denunciam as mídias, e que meios e formas dispõem para atuar em seu favor.
O trecho a seguir foi reproduzido do laudo liberado a consulta pelo STF, parte do inquérito INQ4381, diz respeito a estratégia proposta pelo ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, de atacar marcos regulatórios em meio a pandemia, enquanto os olhos da população estão focados na tragédia sanitária:
As transcrições são das páginas 19 e 20 do LAUDO Nll 1242/2020 - INC/DITEC/PF do Arquivo 00002.MTS
Ricardo Salles: "Presidente, eu tava assistindo atentamente a apresentação do colega, ministro Braga Neto, e ... na parte final ali na, no slide da, das questões transversais tá o Meio Ambiente, mas eu acho que o que eu vou dizer aqui sobre o meio ambiente se aplica a diversas outras matérias. Nós temos a possibilidade nesse momento que a atenção da imprensa tá voltada exclus iva . .. quase que exclusivamente pro COVID, e daqui a pouco para a Amazônia, o General Mourão tem feito aí os trabalhos preparatórios para que a gente possa entrar nesse assunto da Amazônia um pouco mais calçado, mas não é isso que eu quero falar. A oportunidade que nós temos, que a imprensa não tá . .. tá nos dando um pouco de alívio nos outros temas, é passar as reformas infralegais de desregulamentação, simplificação, todas as refonnas que o mundo inteiro nessas viagens que se referiu o Onyx certamente cobrou dele, cobrou do Paulo ..."
Ricardo Salles: ... "cobrou da Teresa, cobrou do Tarcísio, cobrou de todo mundo, da ... da segurança jurídica, da previsibilidade, da simplificação, essa ... grande parte dessa matéria ela se dá em portarias e norma dos ministérios que aqui estão, inclusive o de Meio Ambiente. E que são muito dificcis, c nesse aspecto eu acho que o Meio Ambiente é o mais difícil, de passar qualquer mudança infralegal em termos de infraestru ... e ... é ... instrução normativa e portaria, porque tudo que agente faz é pau no judiciário, no dia seguinte. Então pra isso precisa ter um esforço nosso aqui enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de COVID e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas. De IPHAN, de ministério da Agricultura, de ministério de Meio Ambiente, de ministério disso, de ministério daquilo. Agora é hora de unir esforços pra dar de baciada a simplificação regulam ... é de regulatório que nós precisamo, em todos os aspectos."
Há um diálogo entre as páginas 32 a 35 do laudo, onde fica em aberto a existência de uma estratégia em curso entre Teich (da saúde) e o general Braga Netto(Casa Civil) para acelerar o processo da retomada da normalidade, numa intervenção do general a um questionamento de Rogério Marinho, preocupado em saber como fazer com o efeito da Covid19, onde chega dizer que "Eu não posso dizer, tá?"
Nelson Teich: É que cê perguntou, em relação ... ele perguntou quanto tempo levaria para mostrar um plano, alguma coisa. Rogério Marinho: (Ininteligível) apresentar um plano, se tem alguma perspectiva (ininteligível).
Nelson Teich: Eu acredito que ... Braga Netto: O que? Rogério Marinho: Um plano para (ininteligível). M?: Um plano de transição. Braga Netto: Não, não ... já . .. já ... nós já conversamos hoje. Rogério Marinho: Mas se ele tem essa ideia de tempo. Braga Netto: Não, nós já conversamos hoje sobre isso (dirigindo-se a Nélson), (ininteligível) junto com a saúde, tá? Eu não posso dizer, tá?Nelson Teich: A gente tá tra ... a gente tá trazendo um reforço .. . Braga Netto: É ... A gente tá fazendo, isso aí.
Num momento em que o Brasil precisa enfrentar uma séria crise com mais de 20 mil óbitos, várias outras além da pandemia, como o desemprego e a economia estagnada, a exposição de milhões de pessoas pobres a riscos diversos por falta de proteção social adequada, vemos um presidente e seus ministros falar asneiras,como as ditas pela ministra Damares, prender autoridades que atuam em favor das populações, em aproveitar o caos da pandemia e por em prática ações de governo contrárias aos interesses de parte significativa da sociedade, como a destruição dos sistemas de proteção e controle ambientais, regras e estruturas (sugerida por Salles), bem como de outros importantes segmentos na cultura ou agricultura, para passar uma agenda e interesses de Bolsonaro e de um grupo que age e fala como elementos de uma facção, a exemplo da forma duvidosa de expressão, como a do ministro Ricardo Salles (novamente).
Não foi sem propósito a tentativa de blindar membros deste grupo com a edição de "MP da impunidade", a 966, rechaçada no seu conteúdo central, que permitia acobertar excessos e erros de administradores, ou atos criminosos como a adoção de protocolo para uso de Cloroquina no combate da Covid19, contrariando orientações da OMS - Organização Mundial da Saúde, com estudos que indicam a ineficácia do medicamento e riscos a população, como também a omissão e a falta de empenho por autoridades e ministros como Paulo Guedes, na efetiva adoção de medidas de amparo econômico aos pobres e as diversas categorias de profissionais liberais, trabalhadores e informais, afetados pelos efeitos da pandemia sobre vários segmentos produtivos. No caso da Economia parece que por estratégia deliberada.
Temos ministros que distorcem fatos, devido a medidas autorizadas pela legislação e em prol do isolamento, tomadas por muitos governadores e prefeitos, que buscam proteger a vida e a saúde de inocentes, se necessário exigir que individualmente demais pessoas obedeçam as normas de proteção sob pena de detenção de quem viola leis, vimos manifestações alucinadas da ministra Damares, que chega a inverter lógicas e princípios para justificar prisão de autoridades pautadas pela proteção da sociedade (pág 47 do laudo do inquérito).
Damares: Idosos estão sendo algemados e jogado dentro de camburões no Brasil. Mulheres sendo jogadas no chão e sendo algemadas por não terem fe itos nada ... feito nada. Nós estamos vendo padres sendo multados em noventa mil reais porque estavam dentro da igreja com dois fié is. A ma ior violação de di reitos humanos da história do Brasil nos últimos trinta anos está acontecendo neste momento, mas nós estamos tomando providências. A pandemia vai passar, mas governadores e prefeitos responderão processos e nós vamos pedir inclusive a prisão de governadores e prefei tos. E nós tamo subindo o tom e discursos tão chegando. Nosso ministério vai começar a pegar pesado com governadores e prefeitos. Nunca vimos o que está acontecendo hoje. Se eles falavam que nós éramos violadores de direitos, eles estão, inclusive, o governador Wellington, agora, .i ontem, determinou que a polícia poderá entrar nas casas. Vocês não . .. imagi na o que ele vai fazer! Poderá entrar na ca ... Jair Bolsonaro: Ele assina? Ele assi... Ele assina? Damares: Assinou! A polícia poderá entrar na casa sem mandato. Então, assim, as maiores violações estão acontecendo nesses dias. Então, nós estamos fazendo um enfrentamento, mais de cinco procedimentos o nosso ministério já tomou iniciativa e nós tamos pedindo inclusive a prisão de alguns governadores.
A crise do Covid19 parece ter sido tratada apenas como uma desculpa para um liberou geral, passar uma boiada, atacar adversários,
atrair recursos para "investimentos" em áreas e negócios que vão ou já
são associadas a outros problemas que geram graves contradições (como
umas associadas a ilícitos e crimes, como evasão de divisas e lavagem de
dinheiro), ou para transferir dinheiro público para empresas e uns
poucos privilegiados, as falas transcritas no laudo da PF sobre a
reunião, não só as citadas, mas as do ministro do turismo Marcelo Álvaro
ou da economia Paulo Guedes, são exemplos além das citadas antes.
Marcelo: Mas o que precisa ser feito, presidente, é realmente desmistificar a questão de evasão de divisas, de lavagem de dinheiro, de tráfico de drogas e pra isso eu sugeriria que nesse debate podia con .. . podi ... pudéssemos contar com o ministério da Justiça, através da Polícia Federal, o Ministério Público na mesa, a Receita Federal, os órgãos de controle, mas obviamente, presidente, uma pauta que só levaríamos pra frente se a gente conseguir é ... pacificar, ou nos fazermos enten ... nos fazer entender pelas bancada evangélica, pela bancada catól ica, pra que não haja uma distorção, é ... na comunicação disso. Tem que ser um projeto muito bem feito que eu acredito que pode ser e nesse processo da retomada, uma grande oportunidade pro Brasil atrair grandes complexos dos quais apenas três por cento são utilizados para os cassinos. E outra, isso não tem impacto diretan1ente nenhum na famíl ia dos trabalhadores brasileiros.
Damares: Pacto com o diabo! Marcelo: (Risos). Não. Não é bem isso não, né? Vou ter que começar a desmistificar pra Damares aqui. Tô ... tô vendo isso. Braga Netto: Vamos conversar. Hamilton Mourão: (Ininteligível) Damares pra jogar uma roleta. (Risos). (Risos) Marcelo: Então .. . Braga Netto: Vam .. . Va ... Vamos conversar. Marcelo: É, é, presidente, aqui .. . Damares: Separa, separa . ..
Marcelo: É, é, num, num tô dizendo que a gente tem que colocar isso como um projeto de ... de governo, obviamente, mas abrir esse debate em torno ... Braga Netto: É só conversar. Marcelo: .. . dos resorts integrados. Braga Netto: Proponha a data. A gente, eu reúno os ministérios, a gente conversa. M?: (Ininteligível). Marcelo: Tá bom. E pra finalizar, presidente, é ... é ... ministro, é ... Nélson, prazer. .. M?: É muita grana (ininteligível).
Igualmente desastrosa é a intervenção do ministro da educação Abraham Weintraub, nas páginas 52 e 53. De cunho "racista", ideológica, deselegante e distorcida, com ataques ao STF e população, negando a realidade histórica de povos segregados a exclusão social por séculos, e com menções indiretas a China, ao que parece, como feitas por outros em trechos do laudo, onde alguns citam negócios e relações com a China, mesmo por Bolsonaro.
Abraham Weintraub: Tem três anos que, através do Onyx, eu conheci o presidente. Nesses três anos eu não pedi uma única conselho, não tentei promover minha carreira. Me ferrei , na fisica. Ameaça de morte na universidade. E o que me fez, naquele momento, embarcar junto era a luta pela ... pela liberdade. Eu não quero ser escravo nesse país. E acabar com essa porcaria que é Brasília. Isso daqui é um cancro de corrupção, de privilégio. Eu tinha uma visão extremamente negativa de Brasília. Brasília é muito pior do que eu podia imaginar. As pessoas aqui perdem a percepção, a empatia, a relação com o povo. Se sentem inexpugnáveis. Eu tive o privilégio de ver a ... a mais da metade aqui desse time chegar. Eu fui secretário-executivo do ministro Onyx. Eu acho que a gente tá perdendo um pouco desse espírito. A gente tá perdendo a luta pela liberdade. É isso que o povo tá gritando. Não tá gritando pra ter mais Estado, pra ter mais projetos, pra ter mais . . . o povo tá gritando por liberdade, ponto. Eu acho que é isso que a gente tá perdendo, tá perdendo mesmo. A ge ... o povo tá querendo ver o que me trouxe até aqui.
Abraham Weintraub:Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF. E é isso que me choca. Era só isso presidente, eu ... eu ... realmente acho que toda essa discussão de "vamos fazer isso", "vamos fazer aquilo", ouvi muitos ministros que vi ... chegaram, foram embora. Eu percebo que tem muita gente com agenda própria. Eu percebo que tem, assim, tem o jogo que é jogado aqui, mas eu não vim pra jogar o jogo. Eu vim aqui pra lutar. E eu luto e me ferro. Eu tô com um monte de processo aqui no comitê de ética da presidência. Eu sou o único que levou processo aqui. Isso é um absurdo o que tá acontecendo aqui no Brasil. A gente tá conversando com quem a gente tinha que lutar. A gente não tá sendo duro o bastante contra os privilégios, com o tamanho do Estado e é o ... eu realmente tô aqui -~o aberto, como cês sabem disso, levo tiro ... odeia ... odeio o prutido comunista
Abraham Weintraub:Ele tá querendo transformar a gente numa colônia. Esse país não é ... odeio o termo "povos indígenas", odeio esse termo. Odeio. O "povo cigano". Só tem um povo nesse país. Quer, quer. Não quer, sai de ré. É povo brasileiro, só tem um povo. Pode ser preto, pode ser branco, pode ser japonês, pode ser descendente de índio, mas tem que ser brasileiro, pô! Acabar com esse negócio de povos e privilégios. Só pode ter um povo, não pode ter ministro que acha que é melhor do que o povo. Do que o cidadão. Isso é um absurdo, a gente chegou até aqui. O senhor levou uma facada na barriga. Fez mais do que eu, levou uma facada. Mas eu também tô levando bordoada e tô correndo risco. E fico escutando esse monte de gente defendendo privilégio, teta. Tendeu? É isso. Negócio. Empréstimos. A gente veio aqui pra acabar com tudo isso, não pra manter essa estrutura. E esse é o meu sentimento extremamente chateado que eu tô vendo essa oportunidade se perder.
Abraham Weintraub: Eu sou, evidentemente, eu tô no grupo dos ministros que tá mais ligado com a militância. Evidente, porque eu era um militante. Eu tava militando de peito aberto, continuo militando. Do ponto de vista de carreira, eu poderia ter quem ... tentando me dar bem. Não foi isso que eu fiz. Não foi isso que eu fiz. Sei que isso daqui é um palácio, existem intrigas palacianas - estou sendo muito franco. E a gente pode sim perder a liberdade, perder esse país. Ninguém vai se dar bem se a gente perder esse país. Quem vai se dar bem são poucos, pouquíssimas famílias. Pouquíssimas famílias. Não se iludam. Não se iludam. Era isso.
Bolsonaro não só parece concordar com os devaneios de Weintraub, como reforça alguns aspectos citando pessoas dos três poderes com ar de repulsa, recorrendo a 1964 e ao general Heleno, para referendar sua raiva com esse povo, supostamente falando neste ponto de pessoas de esquerdas e adversários políticos. Chama atenção também o seu sistema de informações paralela, será vincuado ao chamado "gabinete do ódio", ou a esquemas de mílicias como questionamos antes?
Jair Bolsonaro: Deixa eu complementar aqui. O que o Weintraub tá falando - eu tô com sessenta e cinco anos - a gente vai se aproximando de quem não deve. Eu já tenho que me policiar no tocante a isso daí. São pessoas aqui em Brasília, dos três poderes, que não sabem o que é povo. Eu converso com alguns, não sabe o que é o feijão com arroz, não sabe o que é um supermercado. Esqueceu. Acha que o dinheiro cai do céu. "Eu tô com os meus privilégios garantidos, meus cem mil por mês", em média, cem mil por mês que essa galera ganha, né? Legalmente. E acha que isso não vai acabar nunca. Como alguns acham que a liberdade a ... a ... qua .. . "qual é desse cara, tá maluco?". Eu tô vendo o mais antigo aqui, o General Heleno aqui. Ele sabe o que é meia, o que foi meia quatro. Muitos aqui não sabem. Essa cambada que tentou chegar no poder em meia quatro, se ... se tivesse chegado, a gente tava fodido todo mundo aqui. Cortando . .. ia tá felicíssimo se tivesse cortando cana, ganhando vinte dólar por mês. Não pode esquecer disso. Nós não podemos esquecer o que é esse povo. Eu vou convidar os ministros pra domingo ir passar na Ceilância e Taguatinga.
Jair Bolsonaro: É convite, não é ... não é missão não. Convite. Pra ver como é que tá o cara na ... na ... na esquina. Pra vir uns merda pra falar aí, né? Uns merda de sempre. "A, o cara rompeu o isolamento. Tá dando um péssimo exemplo.". Tá .. . péssimo exemplo é o cacete, pô! Pior é tá passando fome! Tá na merda, porra! Sentir o cheiro de povo, como eu falei, lá. É uma experiência pra todo político sentir! Ir lá ver como é que tá o negócio. Ou a gente tem que tá, como se fosse, né, ô? Um general na ... na retaguarda e deixar a tropa se ferrar na frente. Não! O general tá, tá na frente, o coronel tá na frente, o capitão tá na frente. Nossos heróis da segunda guerra mundial tiveram na frente de campo de batalha. Se precisar que, tenho certeza, nossas forças armadas vão cumprir com seu papel, mas, né? Nós temos que dar exemplo e mostrar que o Brasil não é - eu sou mais educado que o Weintraub, até me poli muito, né? No linguajar que ele usou - mas não é isso que o pessoal pinta por aí. Se reunindo de madrugada, pra lá, pra cá. Sistemas de infom1ações: o meu funciona. M?: General, (ininteligível). Jair Bolsonaro: O meu particular funciona. Os ofi... que tem oficialmente, desinforma. E voltando ao ... ao tema: prefiro não ter informação do que ser desinformado por sistema de informações que eu tenho. Então, pessoal, muitos vão poder sair do Brasil, mas não quero sair e ver a minha a irmã de Eldorado, outra de Cajati, o coitado do meu irmão capitão do Exército de ... de ... de ... lá de Miracatu se foder, porra! Como é perseguido o tempo todo. Aí a bosta da Folha de São Paulo, diz que meu irmão foi expulso dum açougue em Registro, que tava comprando carne sem máscara. Comprovou no papel, tava em São Paulo esse dia. O dono do ... do restaurante do ... do pa ... de ... do açougue falou que ele não tava lá. E fica por isso mesmo. Eu sei que é problema dele, né? Mas é a putaria o tempo todo pra me atingir, mexendo com a minha famíl ia. Já tentei trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro, oficialmente, e não consegui! E isso acabou. Eu não vou esperar foder a minha família toda, de sacanagem, ou amigos meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence a estrutura nossa. Vai trocar! Se não puder trocar, troca o chefe dele! Não pode trocar o chefe dele? Troca o ministro! E ponto final! Não estan1os aqui pra brincadeira.
Jair Bolsonaro: Aí vem um garoto aqui, ó - com todo o respeito - o do BNDES , tá? Eu conheci ele usava calção lá, é ... (Risos). Jair Bolsonaro: Pô, ele veio dos Estados Unidos pra cá, podia tá muito bem lá. Veio pra cá pra tentar mudar o Brasil a convite do Paulo Guedes, que é amigo dos pais deles. Por coincidência, não é Paulo Guedes? Paulo Guedes: Coincidência. Jair Bolsonaro: Acho que não ... eu não lembro do teus pais, lembro de você, pô! Tá certo? Mas é alguém que tá investindo aqui. E todos nós temos que pensar nisso. (Som de telefone tocando). Jair Bolsonaro:O que esses filha de uma égua quer, ô Weintraub, é a nossa liberdade. Olha, eu tô, como é fácil impor uma ditadura no Brasil. Como é fácil. O povo tá dentro de casa. Por isso que eu quero, ministro da Justiça e ministro da Defesa, que o povo se arme! Que é a garantia que não vai ter um filho da puta aparecer pra impor uma ditadura aqui! Que é fácil impor uma ditadura! Facílimo! Um bosta de um prefeito faz um bosta de um decreto, algema, e deixa todo mundo dentro de casa. Se tivesse armado, ia pra rua. E se eu fosse ditador, né? Eu queria desarmar a população, como todos fizeram no passado quando queriam, antes de impor a sua respectiva ditadura. Aí, que é a demonstração nossa, eu peço ao Fernando e ao Moro que, por favor, assine essa portaria hoje que eu quero dar um puta de um recado pra esses bosta! Por que que eu tô armando o povo? Porque eu não quero uma ditadura! E não da pra segurar mais! Não é? Não dá pra segurar mais. Jair Bolsonaro: É. Quem não aceitar a minha, as minhas bandeiras, Damares: família, Deus, Brasil, armamento, liberdade de expressão, livre mercado. Quem não aceitar isso, está no governo errado. Esperem pra vinte e dois, né? O seu Álvaro Dias. Espere o Alck.min. Espere o Haddad. Ou talvez o Lula, né? E vai ser feliz com eles, pô! No meu governo tá errado! É escancarar a questão do armamento aqui. Eu quero todo mundo armado! Que povo armado jamais será escravizado. E que cada um faça, exerça o teu papel. Se exponha. Aqui eu já falei: perde o ministério quem for elogiado pela folha ou pelo globo! Pelo antagonista! Né? Então tem certos blogs aí que só tem notícia boa de ministro. Eu não sei como! O presidente ...
Jair Bolsonaro: ... leva porrada, mas o ministro é elogiado. A gente vê por aí. "A, o governo tá, o ... o ministério tá indo bem, apesar do presidente.". Vai pra puta que o pariu, porra! Eu que escalei o time, porra! Trocamos cinco. Espero trocar mais ninguém! Espero! Mas nós temos que, na linha do Weintraub, de forma mais educada um pouquinho, né? É ... de se preocupar com isso. Que os caras querem é a nossa hemorroida! É a nossa liberdade! Isso é uma verdade. O que esses caras fi zeram com o vírus, esse bosta desse governador de São Paulo, esse estrume do Rio de Janeiro, entre outros, é exatamente isso.Aproveitaram o vírus, tá um bosta de um prefeito lá de Manaus agora, abrindo covas coletivas. Um bosta. Que quem não conhece a história dele, procw-a conhecer, que eu conheci dentro da Câmara, com ele do meu lado! Né? M?: (Ininteligível). Jair Bolsonaro: E nós sabemos o ... o que, a ideologia dele e o que ele prega. E que ele sempre foi. O que a ... tá aproveitando agora, um clima desse, pra levar o terror no Brasil. Né? Então, pessoal, por favor, se preocupe que o de há mais importante, mais importante que a vida de cada um de vocês, que é a sua liberdade. Que homem preso não vale porra nenhuma. Apesar das motivações alegadas pelo presidente, na verdade, a intenção de armar o povo, declarada por ele, é por armas na mão de um seguimento social providos de recursos e milícias organizadas, ruralistas e outros, para garantir sua permanência no poder, é o que parece ser o objetivo real de suas declarações, uma séria ameaça a nossa sociedade. O Brasil tem um sistema de leis e instituições, a insatisfação do presidente com medidas legais adotadas durante a pandemia, por seus "adversários", governadores, prefeitos e outros membros dos demais poderes, não éjustificativa para romper com a democracia e por pessoas armadas na rua, e fazer valer os desejos do senhor presidente, como pode ser entido nas expressões de Bolsonaro. Na sequencia Paulo Guedes dá apoio a Bolsonaro e Weintraub, mas faz também seu showzinho particular.
Braga Netto: Paulo Guedes é o último debatedor.
Paulo Guedes:Ô presidente, esses valores e esses princ1p10s e o alerta aí do Weintraub é válido também, como seu ... sua evocação é que realmente nós estamos todos aqui por esses valores. Nós tamos aqui por esses valores. Nós não podemos nos esquecer disso. Nós podemos conversar com todo mundo aqui, porque é o establishment, é porque nós precisamos dele pra aprovar coisa, mas nós sabemos que nós somos diferentes. Nós temos noção que nós somos diferentes deles. E quando eles cruzam a linha a gente solta a mão e sai andando sozinho. Enquanto eles tiverem no trilho, conosco, no caminho de fazendo as reformas que nós prometemos, nós tamo junto. Na hora que o cara soltou a mão e passou pro lado de lá, a gente deixa o cara ir sozinho e a gente continua sozinho e vai procurar outra conversa, em outro lugar. Então, eu acho que manter essa ideia que nos trouxe aqui, e eu tenho dito isso em todo lugar, e lá fora eu converso. Paulo Guedes: Semana passada eu conversei com os ministros da fazenda de 020, conversei com os ministros, é ... também de economia, é ... dos BRICS e a mensagem que eu levo é sempre a mesma: o Brasil vai surpreender o mundo. Vocês duvidavam da nossa democracia, duvidavam do nosso presidente, nosso presidente é democrata e vai fazer as mudanças. E aprovamos a reforma da previdência o ano passado, enquanto os franceses fi zeram passeatas contra a reforma da previdência. Agora, a mesma coisa, eu tô dizendo: nós vamos continuar aprofundando as reformas, nós vamos seguir. É ... eu conheço todas as histórias de reconstrução por ter, por profissão, obrigado a estudar isso. A reconstrução da Alemanha, a reconstrução da Alemanha na segunda guerra, na primeira guerra com o Schacht. A segunda guerra com o Ludwig Erhard, é ... a reconstrução da economia do Chile com os, os caras de Chicago. É ... todos os ca ... o caso da fusão das duas Alemanhas. Eu conheço profundamente, no detalhe, não é de ouvir falar. É de ler oito livros sobre cad~ reconstrução dessa.
Noutro trecho da pág 61 Guedes fala das empresas pequenininhas, demonstrando sua preferênca em usar o dinheiro público em prol das grandes empresas, para ganhar dinheiro.
Paulo Guedes: Se ... setenta milhões de brasileiros, não é? A ... os ... lançamos essa camada pros mais frágeis. É, pegamos os idosos. Pegamos as empresas, microcrédito, depois de te ... de ... de zero a dez, de ... a ... trezentos e sessenta mil e depois de trezentos e sessenta mil a dez milhões. Montamos um comitê de bancos, estamos lá com o Montezano agora fazendo justamente a reestruturação. Não vai ter molezinha pra empresa aérea, pra nada disso.É dinheiro que nós vamos botar usando a melhor tecnologia financeira lá de fora.Nós vamos botar dinheiro, e ... vai dar certo e nós vamos ganhar dinheiro. Nós vamos ganhar dinheiro usando recursos públicos pra salvar grandes companhias.Agora, nós vamos perder dinheiro salvando empresas pequenininhas. Então, nós tamos fazendo tudo by the book, direitinho. Na conversa com os ministros da fazenda lá de fora eu disse que nós tamos com um deficit extraordinariamente es ... alto esse ano. É ... da mesma forma que eles, tá todo mundo na mesma direção, só que nós caímos no chão, tá uma confusão. Tiro, porrada e bomba, mas nós não perdemos a bússola. A gente cai, levanta e sabe pra onde nós ___te mos que ir. .,. ....... --
A preocupação do governo e Bolsonaro fica mais evidente, não é com a sociedade, com a saúde, salvar vidas e o Brasil, é com a manutenção desta estrutura, desse governo, é que entendemos da fala de Guedes e da pressão de Bolsonaro sobre sua equipe.
Paulo Guedes: Né? Sem juros. De juros a menos. Então nós sabemos e é nessa confusão toda, todo mundo tá achando que tão distraído, abraçaram a gente, enrolaram com a gente. Nós já botamo a granada no bolso do inimigo. Dois anos sem aumento de salário.Era a terceira torre que nós pedimos pra derrubar. Nós vamos derrubar agora, também. Isso vai nos dar tranquilidade de ir até o final. Não tem jeito de fazer um impeachment se a gente tiver com as contas arrumadas, tudo em dia. Acabou! Não tem _jeito. Não tem jeito. Paulo Guedes: E o presidente tá no ponto futuro, porque o presidente falou o seguinte: tudo bem, tem a primeira onda, que é a da saúde, mas tem a segunda que é a da economia, e uma vem agarrada com a outra. Nós tamo ainda tentando sair da primeira, po ... a segunda já tá querendo bater. Eu ainda acho que nós tamo preservando os sinais vitais da economia brasileira. Ela pra mim ainda é um urso hibernando. Cê baixa sua energia pra zero, consumo de energia pra quase zero, só respira, mas quando cê sai da gruta, cê sai pra comer o primeiro bicho que passar. Cê tem força. Nós não podemo é deix ... isso, graças à super safra da nossa Teresa, a logística do ... do Tarcísio. A comida tá chegando. As exportações tão seguindo. A China é aquele cara que cê sabe que cê tem que aguentar, porque pro cês terem uma ideia, pra cada um dólar que o _ Brasil exporta pros Estados Unidos, exporta três pra China. Hamilton Mourão: (sensurado) Paulo Guedes:É, (sennsurado) . Você sabe que ele é diferente de você. Cê sabe que geopoliticamente cê tá do lado de cá. Agora, cê sabe o seguinte, não deixa jogar fora aquilo ali não porque aquilo ali é comida nossa. Nós tamo exportando pra aqueles cara. Não vamos vender pra eles ponto crítico nosso, mas vamos vender a nossa soja pra eles. Isso a gente pode vender à vontade. Eles precisam comer, eles precisam comer. A Índia também vai precisar comer, vai ser o trading da água. Eles vão dizer que é a melhor trading da água. Outro dia alguém comentou comigo. Acho que foi o Campos, não foi Campos? Roberto Campos: Foi.
Não para por aí, transformar regiões do Brasil numa Cancun (no México, e seus muitos cassinos), seja num lugar onde turistas estrangeiros adultos, vem participar negócios e de diversões adultas, gastar uma grana e sair feliz. O que acham que parece, ao citar como exemplo Macau, conhecida pelos cassinos, casas de massagem, lavagem de dinheiro, etc (ainda que não faça jús a importância da cidade)?
Paulo Guedes: Tem problema nenhum. São bi lionários, são milionários. Executivo do mundo inteiro. O cara vem, é... fazem convenções ... olha, a ... o ... o turismo saiu de cinco milhões em Cingapura pra trinta milhões por ano. O Brasil recebe seis. Uma pequena cidade recebe es ... trinta milhões de turistas. O sonho do presidente de transformar o Rio de Janeiro em Cancún lá, Angra dos Reis em Cancún . Aquilo ali pode virar Cancún rápido. Entendeu? A mesma coisa aí Es ... é, Espanha. Espanha recebe trinta, quarenta milhões de tmistas. Isso aí é uma cidade da Ás ia. Macau recebe vinte e seis milhões hoje na ... na China. Só por causa desse negócio. É um centro de negócios. É só maior de idade. O cara entra, deixa grana lá que ele ganhou anteontem, - ele deixa aquilo lá, bebe, sai feliz da vida. Aquilo ali num ...
Paulo Guedes: ... atrapalha ninguém. Aquilo não atrapalha ninguém. Deixa cada um se foder. Ô Damares. Damares. Damares. Deixa cada um ... Damares. Damares. O presidente, o presidente fala em liberdade. Deixa cada um se foder do j eito que quiser. Principalmente se o cara é maior, vacinado e bilionário. Deixa o cara se foder, pô! Não tem ... lá não entra nenhum, lá não entra nenhum brasileirinho. Damares: Se C . .. se o C ... Paulo Guedes: Não entra nenhum brasileirinho desprotegido. Entendeu? Damares: ... se a CGU concordar. Se a CGU tiver como controlar a entrada e a saída do dinheiro. Paulo Guedes: Isso, então vamo lá. Damares: Se não tiver como lavar dinheiro sujo lá. Depois de uma sequencia de intervenções seja pela liberação de Ressort integrados (cassinos), ou pela ensino em casa (Homeschooling), segue uma sequencia de ataques de Guedes ao Banco do Brasil.
Jair Bolsonaro: O Banco do Brasil ... o Banco do Brasil não fala nada não?
Paulo Guedes:O banco do Brasil não é tatu nem cobra. O Banco do Brasil não é tatu nem cobra. Porque ele não é privado, nem público. Então se for apertar o Rubem, coitado. Ele é super liberal, mas se apertar ele e falar: "bota o juro baixo", ele: "não posso, senão a turma, os privados, meus minoritários, me apertam." . Aí se falar assim: "bota o juro alto", ele: "não posso, porque senão o governo me aperta.". O Banco do Brasil é um caso pronto de privatização. Jair Bolsonaro: (Risos). Paulo Guedes: É um caso pronto e a gente não tá dando esse passo. Senhor já notou que o BNDE e o ... e o ... e a Caixa que são nossos, públicos, a gente faz o que a gente quer.Banco do Brasil a gente não consegue fazer nada e tem um liberal lá. Então tem que vender essa porra logo. Jair Bolsonaro: Vamos di spensar o Rubem da próxima reunião aí, pô.
Rubem: Ape ... apesa ... apesar de todo ... Damares: (Ininteligível). Rubem: Apesar de todo o aumento de risco que passou haver no sis . .. no sistema bancário. O Banco do Brasil tá expandido bastante seus empréstimos e .. . Damares?: (Ininteligível) Rubem: A agricultura, a ... a ministra Teresa Cristina é testemunha aqui de que o apoio tá sendo muito grande e . .. e ... nós tamos numa situação confortável, ministro. Porque, a ... primeiro porque na ... na ... em termos de liquidez, a, o público vê o Banco do Brasil como um porto seguro.
Rubem: Então, nós não tamos tendo problemas que outros bancos tão tendo de ... de preocupação com ... com a liquidez do banco, com a higidez do banco. É ... e na nossa, a ... a ... na nossa formação de ... de ... de resultado, as pessoas físicas tem um, um papel preponderante dentro do Banco do Brasil e nós temos a felicidade, nesse momento, de contar com folhas de pagamento de ... de ... de empresas públicas, das forças armadas, (balbuciando) que ... que ... em termos relativos estão numa situação mais segura do que o cidadão comum, que ... que não participa de ... de ... de .. . de ... de empresas públicas. Paulo Guedes: Mas só confessa o seu sonho. Rubem: Hein? Paulo Guedes: Confessa o sonho. Jair Bolsonaro: Deixa pra depois, confessa não. Rubem: Agora ... Paulo Guedes:Confessa o seu sonho. Rubem: Privati . .. em ... em relação a privatização ... Jair Bolsonaro: Faz assim: só em vinte e três cê confessa, agora não. Rubem: Em relação (risos) à privatização, eu acho que fica claro que com o BNDES cuidando do desenvolvimento e com a Caixa cuidando do fim soei ... do ... do ... da área social, o Banco do Brasil estara ... estaria pronto pa ... para um programa de J)rivatização, né?
Rubem: Mas isso a gente pode fazer. ..
Jair Bolsonaro: Isso aí. .. isso aí só se discute, só se fala isso em vinte e três, tá? Rubem: A gente pode fazer um dia um ... um ... um seminário aí e ... e ... possa estender aí. Porque o Banco do Brasil no passado a ... teve muitos privilégios pelo fato de ser público, né? A ... as folhas de pagamento vinham natmalmente pro Banco do Brasil ou pra Caixa. A administração do ... a administração dos depósitos judiciais eram sempre do Banco do Brasil e da Caixa. Hoje, isso tudo é ... é ... processo de concorrência. Nós temos que pagar muito caro por esses antigos privilégios, que não -tão mais privilégios_.
Rubcm: E fica só o lado ruim de ser estatal, pesando no Banco do Brasil. Quer dizer, a gente não tem a mesma faci lidade de contratação, a gente não tem a mesma faci lidade de demissão de maus funcionários e ... e ... e vai ... vai por diante. Quer dizer, tudo tem [que su ... submeter ao governo, tem o Tribunal de Contas travando tudo, não é? Tribunal de Contas é, hoje em dia, é um ... é uma usina de terror. Quer dizer, se ... se a gente faz ... se a gente faz alguma coisa tá arriscado a ir pra cadeia. Se não faz, é ... é processado por inação, não é? Porque você não tomou as providências que tinha que ter tomado, então ... então é vi ... virou ... virou um terror isso.
Pelo que assistimos no mundo, a falta de dados claros e sustentáveis quanto a intensidade e abrangência da crise sanitária provocada pela Covid-19, gera certa ansiedade na sociedade e expõem as falhas em ações mais efetivas ao combate do vírus, num maior ou menor grau, mas que estão diretamente associadas a capacidade de cada país, de cada governo, em se moldar as situações de crise provocadas pela pandemia ou adotar políticas públicas adequadas, urgentes e estruturadas, com foco principal nas vidas de seus cidadãos, no bem estar social, com ou sem isolamento social.
Não se trata apenas de poder econômico, claro que quanto mais rica a nação, mais recursos o Estado tem para atender as necessidades de saúde, econômicas e estruturais, num momento em que faltam insumos básicos, materiais, equipamentos, leitos e mesmo profissionais para atender as populações. Trata-se também de foco, organização, postura adequada e voltada a preservação das vidas em risco, de ter administrações sérias, capazes de tomar decisões urgentes, responsáveis, comunicadas com clareza e respeito, ainda que falte outros recursos materiais e humanos, é o que se observa em muitos exemplos com países pequenos e de poucos meios, tendo sucesso no enfrentamento ao vírus, ou com países grandes com muitas mortes por falhas no combate a pandemia, ainda que proporcionalmente ao total de seus habitantes, não seja clara a intensidade da crise, também pela subnotificação.
Os números são assustadores, onde o combate não foi eficiente há muitas mortes nas estatísticas, mesmo que o número de testes sejam insuficientes e em alguns casos a gestão dos dados, precária, o Brasil agora sob holofotes do mundo, atinge um patamar de destaque negativo, que se amplia drasticamente. No mundo já são mais de 4,8 milhões de infectados com cerca de 319 mil mortes registradas, nos EUA são mais de 1,5 milhões de doentes e 90 mil mortos, enquanto no Brasil são quase 254 mil casos e já superamos 17 mil mortos, notificados como decorrentes da Covid19.
O Brasil parece não ter escolhido um bom caminho, em plena pandemia como já citamos noutras publicações, mergulha numa crise política social e econômica, com conflitos sucessivos e atos desgovernados, quando em face da baixa testagem e da consequente subnotificação não temos a real intensidade das infecções, contágios e mortes, que segundo algumas projeções podem ser de 5 a 10 vezes maiores que os números oficiais, provando que há pouco esforço do Estado (do governo federal), em detrimento dos muitos gestos de combate ao Covid19 realizados por alguns governadores, secretários (estaduais e municipais), prefeitos, pesquisadores e instituições, médicos, enfermeiros, profissionais de saúde e áreas afins, sejam por medidas como o isolamento ou lockdown, ou a assistência humanizada aos pacientes, mas fazem algo efetivo num momento que pode ser o do pico da pandemia que agora avança para o interior, enquanto Bolsonaro demite mais um ministro, Teich da saúde, insistindo ele mesmo em prescrever medicação e tratamento a base de Cloroquina, sem provas de sua eficácia ou benefícios, muito menos conhecimento para fazer prescrições como tem feito.
Não são apenas números, são vidas que nem sempre são respeitadas, especialmente as dos cerca de 130 profissionais de saúde que já faleceram no Brasil, ou dos cerca de doze profissionais bancários igualmente submetidos a rotinas arriscadas, que provocam tantas mortes entre trabalhadores dos serviços essenciais, e não citamos entre estes os aposentados e os muitos vigilantes e outros profissionais terceirizados em hospitais, bancos, etc. Reforçamos, não são números, são pessoas, que reconhecemos e igualmente homenageamos por meio da publicação do dia 13.04, onde citamos o nome dos primeiros sete bancários mortos pelo vírus (Covid19: outras faces da pandemia.) e agora com condolências aos amigos e familiares dos que desde então perderam a vida em suas lutas diárias:
14.04 faleceu funcionário do Bradesco, trabalhava no Núcleo Alphaville e estava atuando em Home Office;
04.05, bancário do Banco da Amazônia, AM, José Maria Campos Menezes, 62 anos de idade e 42 de banco, casado e com três filhos;
11.05 faleceu José Carlos Pinotti Filho, advogado funcionário da CEF - Caixa Econômica Federal em Belém PA;
18.05 Luis Malaquias dos Anjos, 55 anos, funcionário do Banco do Brasil da agência Tabuleiro - AL, onde atuava como caixa;
18.05 bancário Josemar José de Lima, funcionário da CEF e gerente PJ da agência Jaguaribe - PB.
Nossos pêsames e sinceras homenagens a estes que faleceram, e as suas famílias que sentem suas perdas.