Putin deposita flores no Túmulo do Soldado Desconhecido, no Kremlin, durante as comemorações pelo Dia da Vitória nesta segunda-feira (9)| Foto: EFE/EPA/ANTON NOVODEREZHKIN/KREMLIN/SPUTNIK imagem reproduzida da Gazeta do Povo. |
Ao longo dos tempos assistimos a manipulações de povos e sociedades, das "verdades" e dos meios de comunicações, das instituições nacionais e internacionais, de forças e pessoas, para que alguns grupos políticos e governos atinjam seus interesses e objetivos, seja por meio de guerras e exércitos, seja por manobras e com o uso de mídias por meio de ações distorcidas e sustentadas em mentiras e falsos argumentos.
A expansão da OTAN como origem da crise - IELA UFSC 17.03.2022
Por que a Rússia não quer a expansão da Otan para o leste - Isto É Dinheiro 25.02.2022
Isso ocorre agora na guerra da Ucrânia, onde objetivos, divulgações dos fatos e mesmo ações de governos, ocorrem alicerçadas em mentiras, em falsos pretextos e muita jogada de bastidores, com interesses escondidos, sejam da parte dos Russos (pintados pela mídia internacional como vilões, ainda que seus atos possam não ser diferentes de outros promovidos pelos EUA em muitos momentos e ainda hoje, assim como outros países da Europa Ocidental), ou sejam de parte da Ucrânia, que a partir de acenos indecorosos dos membros da OTAN (que em dadas ocasiões movem-se para cercar os Russos em suas fronteiras como quando o fizeram apoiando e colocando armas estratégicas bem perto das suas fronteiras, a partir da Polônia, Romênia, Hungria e algumas ex-repúblicas que compunham URSS - União Soviética, como a Estônia), e que agora as lideranças ucranianas "fingem" não compreender o tamanho da enrascada que geraram, e como era ameaçador e perigoso o desejo irresponsável da tal adesão ao bloco inimigo da Rússia.
No Conselho de Segurança, Guterres pede fim do “ciclo de mortes" na Ucrânia - ONU UN.org 06.05
ONU contabiliza 1.325 civis mortos na Ucrânia durante invasão da Rússia - VEJA Abril 02.04.2022
Mortes, assassinatos, guerras, pelo mal que trazem a inocentes não são justificáveis, mas o receio de ameaças reais, do avanço inimigo sobre os limites em áreas urbanas e aglomerados populacionais, fazem sociedades e governos agirem mal, muitas vezes de formas injustas e violentas, guiadas por seus interesses e medos, muitos legítimos e até compreensíveis, algo que ocorrem também a nível de nações e governos como agora. Esperar que uma nação se veja cercada em suas próprias fronteiras não é algo normal, e os países que integram a OTAN têm plena consciência do que representam seus atos em relação aos russos, bem como também sabem os líderes da Ucrânia, mesmo que não desprezemos a violenta reação da Rússia, suas inapropriadas ações e consequências aos inocentes nas terras ucranianas, dado o tamanho do conflito que acontece também pela interferência indireta de armas e pessoas de fora dos limites dos dois países, armas e meios não faltam por lá.
Rússia acusa Google de espalhar 'fake news' sobre a Ucrânia e proíbe publicidade - G1 07.04.2022
Fake news, a "outra guerra" na Ucrânia - RFI Pt 01.04.2022
Invasão da Ucrânia: as notícias falsas sobre a guerra que continuam a viralizar - BBC 02.03.2022
Tudo que vemos, ouvimos, sabemos, tem interesses envolvidos, sejam de um ou de outro, dos que estão em conflito, e claro, muito influenciado e moldado por aqueles aliados, ou melhor, interessados que levaram a situação na região ao limite, instigando o início de uma guerra, onde não haverá vitoriosos, apesar que nos cálculos dos ingleses, americanos, e da OTAN, reagindo os russos ou não, estes já estariam derrotados, pois para o mundo a imagem que lhes caberia seria de agressores insanos guiados por um tirano, ou de uma nação com menor prestígio e "vencida" por um país vitimizado, não um país manipulado e a serviço dos interesses do ocidente sobre as estratégicas relações da região, suas economias e riquezas, que por consequência e declínio russo cairiam em mãos dos poderosos de sempre, ex-colonizadores europeus e nos novos, os americanos, que corriqueiramente intervém em países livres, espionam, mudam governos, geram guerras e conflitos por toda parte e com milhares e milhares de mortes inocentes e muita destruição, sem a devida cobrança pelas mídias.
Rússia cita armas e ataca ferrovias; UE propõe proibir petróleo russo ... - UOL 04.05.2022
Drones trazem nova era e riscos nos combates armados... - Poder360 01.05.2022
Guerra na Ucrânia: países da Otan intensificam entrega de armas à Ucrânia - Rádio Senado 29.04.2022
Não há mocinhos nem bandidos no sentido estrito das palavras, posições acertadas cobram pela paz, pela não interferência externa que provoca o acirramento ainda mais do conflito, não ajudam as populações, trazem mais dores e mortes, não resolvem o conflito e tendem a envolver outros atores, provocando uma guerra mais sangrenta e longa, e que pelo andar dos fatos, deve levar até a uso de armas ainda mais destrutivas e talvez estratégicas, afetando ainda mais os povos de lá e do mundo (numa possível guerra generalizada ou nuclear), não só com incertezas e falta de alimentos, ou uma pesada crise econômica internacional como já há sinais evidentes e inevitáveis. Os senhores da guerra pelo mundo ignoram riscos só pelo potencial de concentração ainda maior de poderes! Nos arrastam para uma tragédia mundial em um tempo próximo!
Sabiamente, o Papa Francisco condena incisivamente a guerra e as ações violentas na Ucrânia, denuncia a morte de inocentes e o pensamento mesquinho de governantes e suas errôneas percepções de poder, crítica o papel da Rússia em usar meios bélicos para resolver problemas entre os dois povos, mas claramente aponta o que os russos e outros que ainda guardam um pouco de consciência, e que citam os atos de provocações e a incitação da OTAN com base nos interesses estratégicos e percepções de poder dos membros da aliança.
A história nos mostra algumas falsas verdades, interesses e jogos de poder por trás de milhares de mortes e guerras, a exemplo do que fizeram os Estados Unidos da América, nas guerras:
Viétnã
Fotógrafo da ‘menina do napalm’, Nick Ut se aposenta após 51 anos - O Globo 13.03.2017
Conheça 7 ataques químicos que EUA se negam a comentar - Opera Mundi 09.09.2013
Guerra do Vietnã e armas químicas - Wikipédia
Em 8 de junho de 1972, Kim Phuc, vietnamita de 9 anos, chora após ter parte do corpo queimado em um bombardeio aéreo de napalm, em um vilarejo no Vietnã Foto: Nick Ut / AP |
- da Guerra do Vietnã, onde americanos apoiando aliados sul vietnamitas, não pouparam civis e matavam com bombas incendiárias (napalm) e armas químicas (agente laranja), idosos, mulheres e crianças em prol da chamada "teoria do dominó" como política de contenção anticomunista e de afirmação de interesses e poder americano no mundo. Uma guerra que se deu devido também ao primeiro conflito envolvendo os franceses na Indochina, e por razões mesquinhas e políticas essencialmente, para frear mudanças em curso na região.
Iraque
Armas biológicas: China questiona moral dos EUA no assunto - Jornalistas Livres 23.03.2022
CIA: Iraque não tinha armas químicas - Senado 07.10.2004
Ficou evidente a farsa americana nos primeiros anos de 2000, o suposto combate e destruição de armas químicas e biológicas em ´poder de Saddam Hussein no Iraque, algo que como muitos diziam e denunciavam, era uma grande mentira americana para destruir o governo iraquiano e controlar o acesso as reservas de petróleo na região. O Iraque foi destruído e o povo ainda sofre com as duas guerras patrocinadas pelos americanos e alguns aliados, armas químicas e biológicas nunca foram encontradas e o petróleo é usado em benefício dos ocidentais numa nação conflituosa e arrasada até hoje.
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No Brasil
Lula ao lado do deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) durante o ato “Lula Abraça Minas”, em Belo Horizonte.| Foto: Ricardo Stuckert. imagem Gazeta do Povo. |
Lula diz que Bolsonaro tem “medo de perder as eleições e ser preso” - Gazeta do Povo 09.05.2022
CIA disse para Bolsonaro não minar eleições, segundo agência - DW 05.05.2022
Contra ataques de Bolsonaro, eleições terão observadores internacionais - Veja Abril 03.05.2022
Aqui em nosso país temos nossas próprias versões de conflitos em curso ou em deflagração, uma delas se avizinha de forma mais intensa, as nossas eleições presidenciais e legislativas de 2022. O clima de acirramento e conflito se intensifica a medida que o pleito se aproxima (heranças também de recentes e más intervenções internacionais), e os sinais que podem implicar numa possível derrota do descompensado presidente Bolsonaro e seu governo, responsável por tantas dores e até mortes como as decorrentes de erros, falta de ação e más escolhas durante a pandemia da Covid-19 e em decorrência também desta, se acumulam na saúde, na economia, e muitas outras áreas e segmentos sociais.
Lula lidera em Minas Gerais com 44,4%, contra 29,9% de Bolsonaro... - Carta Capital 09.05.2022
Centrão se divide entre Bolsonaro e Lula na eleição - CNN 06.05.2022
Com o crescimento do apoio ao ex-presidente Lula, com a cobrança popular dos desmandos de Bolsonaro, que apesar das omissões da Câmara, do Senado e outras instituições, há um receio de seus apoiadores e aliados de que ocorram no futuro, estando eles e Bolsonaro fora do poder, cobranças judiciais e legais de responsabilidades e possíveis crimes deste governo e seus seguidores desnorteados.
Viagra e prótese peniana, eis as novas armas do Ministério da Defesa - Isto É 14.04.2022
Em outubro será a eleição, mas hoje crescem o clima de confronto e polarização com ampla divulgação de informações e notícias falsas que possam influir no pleito, prejudicando nossa democracia. Além disso há mais ameaças vindas de parte das tropas e serviços militares que deveriam está a serviço do Estado Brasileiro, mas parecem ter sido envolvidas em jogos de poder por vantagens diretas, para além dos denunciados usos de recursos para compras de picanha e cervejas, ou de próteses penianas e comprimidos de Viagra, vergonhosos. Algo muito absurdo e real, tão real quanto a facilitação na aquisição de armas por CACs (caçadores e colecionadores), que adquirem em número elevado munição e armas poderosas, fuzis e armas automáticas inclusive, algumas usadas para alimentar o crime organizado (aliás muito próximo a membros do governo como, as milícias do RJ, segundo denúncias apuradas) ou para empoderar por meio da força bélica e da violência, grupos de apoiadores e "forças" a disposição de Bolsonaro, com suas vocações fascistas e ditatoriais, numa possível aventura armada para se manter no poder (sempre bradadas), e se a via eleitoral se tornar inviável ao presidente, como se presume, no mínimo gerando conflitos que impossibilitem a posse de outro efetivamente eleito num processo nada simples.
O recado do TSE aos militares de Bolsonaro sobre o sistema eleitoral - VEJA Abril 09.05.2022
TSE responde a Bolsonaro e diz que partidos podem auditar eleições - Nexo 06.05.2022
Bolsonaro volta a atacar urnas e Barroso e a colocar eleições sob suspeitas - UOL 27.04.2022
Nesta condição caminhamos para uma crise mais grave que atual, seja institucional onde há ataques ocorrendo faz tempo, contra o STF e outros símbolos da justiça e de um país democrático, com mentiras e desconfianças sendo propagadas nas mídias e redes sociais (com adesão de alguns veículos de nome, sob interesse outros que não a notícia e a verdade dos fatos), numa luta econômica, política e social, e com mais miséria e desemprego, em meio a falsas ações de cunho populistas, oportunistas, temporárias e eleitoreiras, que não trarão alento a maioria da população e muito menos solução que um país desejoso de desenvolvimento e justiça social almeja e precisa.
O povo e as instituições precisam estar prontos contra as mentiras e potenciais riscos que se aproximam, devem fazer do voto a verdadeira arma e buscar as mudanças necessárias, em todas as esferas, sejam estaduais ou federais, mas não se furtando a fazer valer sua escolha e coibir atos desestabilizantes ou violentos que serão vistos agora e depois do processo eleitoral. O povo precisa mostrar sua força de verdade!
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