Até alguns meses passados o Brasil era atraente ao investimentos internacionais, e havia um bom fluxo de capital para investimento, em especial em títulos da dívida pública bem cotados e procurados, o que garantia ao Brasil recursos para financiamento de projetos e do crescimento, a juros razoáveis e prazos longos.
Em decorrência dos longos meses de crise econômica e com declínio de grandes economias, alguns países da Europa e os EUA, promoveram alterações das suas taxas de juros tentando se tornarem mais atrativos para investidores e ao capital internacional, deslocando os investidores de países como o Brasil. Para tanto tentam oferecer condições mais estáveis e menores riscos além das melhores remunerações (taxa de juros).
Nada de anormal até então, ocorre que alguns países apelam para instrumentos não muito saudáveis, a exemplo da manutenção da moeda nacional desvalorizada, como fazem China e EUA, desencadeando uma guerra cambial. Para o Brasil isto é ruim pois nossos produtos de exportação tornam-se mais caros, e fica mais fácil comprarmos o que eles oferecem a venda, provocando desequilíbrio entre os valores de nossas compras em relação a nossas vendas, afetando a balança comercial (saldo negativo para o Brasil que compra mais do que vende).
Soros e Obama |
HÁ MUITO JOGO SUJO! Vejamos o que podem fazer, a exemplo do que fez a Inglaterra ao tentar obter informações privilegiadas espionado representantes de países que compõem o G-20, para então usá-las em seu favor.
Líderes globais foram espionados no G20, revela Snowden - Exame.com 17.06
Não raro há movimentos e crises que recebem estímulo e intervenção direta de pessoas, instituições e organizações, algumas de fachada ou destinadas a criar uma cortina de fumaça, onde escondem seus propósitos reais e atuam para levar ao colapso sociedades e economias, tornando-as dependentes de grandes nações e interesses de grupos que as financiam ou mantém para fins de criar instabilidade e permitir intervenções extremamente lucrativas para tais atores.
Sobre este aspecto há muitos que denunciam as ações clandestinas da CIA e outros "órgãos de segurança", de governos e organizações como a AVAAZ do mega-especulador Soros. Segundo alguns estes patrocinam a queda de economias e governos em várias partes do globo, leiam a postagem anterior e o texto no link (de 2012) a seguir:
Internacional: Avaaz.org, Caiu a máscara!
Fica clara a presença de algumas ações e interesses internacionais nos movimentos que atingiram, Egito, Síria, Somália e etc. quando eclodiram as manifestações e ocorreram uma total desestabilização econômica e social, e mesmo que houvesse uma demanda social por mudanças estas tem sido canalizadas pelos interesses escusos de alguns e se tratam de uma intervenção clara e reprovável em países e sociedades.
Para um país que é o quarto destino de investimentos internacionais produtivos, é ruim afastar estes recursos que ajudam a alavancar a economia.
Brasil fica em 4º lugar em ingresso de investimento estrangeiro em 2012 - G1
O que é bom considerar neste momento são as possíveis repercussões no caso do Brasil, no que se refere a investimentos e fuga de investidores não só pela mudança de cenário internacional, tais como pela adoção de taxas mais atrativas pelos EUA. As quedas no valor dos títulos públicos no Brasil diante das possibilidades de riscos maiores já são perceptíveis, eventualmente isto pode gerar grandes perdas a quem decidir vender posições neste momento (se desfazer dos títulos que possui), o que faria com que caísse ainda mais os recursos disponíveis para investimento, e travaria nossa economia.
Vendas de títulos públicos pelo Tesouro Direto caem 17% em maio - Folha UOL 26,06
Banco Central muda compulsório para diminuir pressão de alta do dólar - G1 26.06
Ações de Eike disparam e fazem Bolsa subir; dólar cai com medida do BC - UOL
É bom perceber o que ocorre com o dólar e com a bolsa no Brasil, e de que forma isto prejudica nossa economia que resistia bravamente aos efeitos da crise, e devemos ter em mente que se o Brasil perde alguém ganha! O câmbio ideal deve assegurar competitividade aos produtos de exportação sem criar grandes oscilações, ou permanecer elevado ao ponto de endividar empresas, governos e instituições.
O dólar dispara dos R$ 1,80 aproximadamente (valor de alguns meses atrás) para valores acima de R$ 2,00 e nestes dias bate a casa dos R$ 2.20 (acima do que é considerado ideal pelo governo). As empresas brasileiras que tomaram recursos em dólar (financiamentos, etc), correm sério risco de perdas e até fatos mais graves.
Quem especula com taxa de câmbio a exemplo de Soros e adquiriu dólar na baixa pode vender com muito lucro acima de 20% e ainda comprar títulos públicos na baixa (com preços menores e menor procura atual, apesar de mais seguros) e esperar passar o momento de turbulência, efetivando ganhos com a valorização.
Havendo alguma previsibilidade nos acontecimentos recentes e até ingerência, pode-se até aproveitar a queda de ações nobres e de segunda na bolsa de valores, para ter lucros enormes com a repercussão dos acontecimentos recentes, e até comprar empresas com valor muito abaixo do preço de mercado (que ao cessarem reduz a pressão e os riscos adicionais), com a recuperação dos papeis efetiva-se lucro. Isto pode representar interesses mais que suficientes para se intervir em interesses nacionais.
.É bom estarmos atentos aos movimentos especulatórios, o dinheiro que sai do Brasil trás perdas e tira empregos e projeta uma imagem negativa que pode perdurar! O Brasil não precisa de exposição a especulação, mas já estamos sofrendo ameaças! Países, governos e capitalistas podem lucrar muito!
Mercados do Brasil sofrem mais que os de outros países emergentes - Wall Street Journal
Mídia internacional destaca novamente ondas de protesto no Brasil - Jornal Opção 21.06
Um dos mais conservadores jornais americanos, Wall Street Journal, e uma das principais ferramentas de investidores internacionais, divulgou recentemente informações distorcidas das manifestações e com um tom que aumenta a percepção dos riscos no Brasil, de forma irreal! Num dado momento um colunista chega a transferir a impressão de que os protestos no Brasil são orquestrados pelo PSTU, que seria responsável por manipular e ampliar as insatisfações da sociedade, chamando a atenção para o risco aos investidores,
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