O que está acontecendo no Brasil nos últimos meses é algo surreal!
Não são as denúncias ou evidências de corrupção e crimes contra a sociedade e o país, praticados por pessoas de classes sociais diversas mas em maior parte pelos que são privilegiados durante décadas, no mínimo, em especial por políticos de diversos partidos e correntes de pensamento aliados a grupos empresariais e econômicos, que assustam ou mais ameaçam o nosso povo verdadeiramente.
A corrupção endêmica e enraizada ao longo dos diversos governos deste país desde 64, excepcionalmente, pela proporção e intensidade que assume é ruim e negativa, mas vem à tona e gera a expectativa de que consigamos refundar e firmar as bases morais das instituições brasileiras. Isto fica mais evidente e contundente graças também as medidas de combate e punição de crimes de colarinho branco que levam mal a nossa sociedade e drenam recursos importantes para o país, algo que teve uma atenção e cuidado especial no Governo Dilma e permite-nos enxergar o que para muitos não era possível nem imaginar. Este mérito o atual governo tem, criar mecanismos mais efetivos para enfrentar males que são de décadas e décadas de ações criminosas de políticos que ainda manipulam o centro do poder no Brasil, e estão longe de ser apenas os que são vinculados ou atribuídos ao PT.
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Cúpula do PSDB reunida - à direita deputado Eduardo Cunha - Foto GGN do Brasil 247 |
Mas o cenário surreal está na descarada e cínica ação de poderosos, da mídia como grandes grupos de TV's que sonegam ou distorcem o que acontece neste país para se perpetuarem nas margens do Estado, lucrando com a perda de nosso país junto com outros, como políticos das esferas de relações do presidente da Câmara Eduardo Cunha, que conjuntamente com ele e apesar de claramente denunciados por crimes de corrupções e desvios absurdos, permanecem manipulando o poder e ameaçando instituições e a sociedade até com riscos a instituições, para assegurarem seus privilégios.
Não podemos esquecer também da ameaça dos oportunistas de uma oposição sem propósitos e propostas de interesse do país, mas que criminosa e deslealmente apostam no fracasso do Brasil para retomarem o poder a qualquer custo, ainda que represente a perda de empregos, o aumento da pobreza, por meio de ações que visam desestabilizar a governabilidade e a economia do país para impor uma derrota ao Governo Dilma e ao PT, derrota que não conseguiram pelo voto e com o apoio do povo, que aliás, em sua grande maioria não participa das ações golpistas perpetradas por estes do PSDB, PPS e DEM, e alguns falsos moralistas do PMDB. Na verdade muitos dos que estão nas supostas fileiras golpistas, foram ou são autores de fraudes e crimes de corrupção que no passado não foram apurados ou punidos adequadamente como mostra nossa história, claro que sempre envoltos a pouca clareza e interesse de serem combatidos, beneficiando tais mal feitores e outros membros de vários segmentos sociais, políticos e econômicos tão corruptos quanto estes, em episódios como a venda das teles e da Vale, Máfia dos Vampiros, Anões do Orçamento, Listas de Furnas, Propinoduto Tucano, e Banestado, só para citar alguns.
A hipocrisia reinante chega ao ponto de líderes como Aloyzio Nunes do PSDB, o ex-senador Azeredo, José Agripino do DEM, e outros denunciados por corrupção irem para rua pedir impeachment da presidenta Dilma, eleita democraticamente e sem haver qualquer ilícito comprovado ou mesmo julgado que implique em crime de responsabilidade e afronta a Constituição, aproveitando-se como diz segmentos da imprensa relativamente a estes e a Eduardo Cunha, para esconderem seus ilícitos com acusações e ataques a Dilma ao Estado de Direito sem provas e sem se preocupar com a paralisação das estruturas do país que afetaram e muito nosso povo.
Mais hipocrisia é ver o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, participando ativamente dos esquemas que buscam o impeachment da presidenta Dilma, citando a corrupção na Petrobras, onde não há até o momento qualquer evidência de envolvimento da presidenta nos esquemas ou desvios que envolvem também, políticos do PMDB, PSDB, PSB e outros nomes como os do ex-senador Sergio Guerra (PSDB), e do ex-governador Eduardo Campos (PSB) ou do atual senador Fernando Bezerra (PSB). Isto é mais grave se levarmos em conta que o próprio FHC já declarou e pois no livro que lançou recentemente, e nada fez à respeito permitindo que continuassem a drenar os recursos da empresa, e sabe-se lá de quais mais.
A insistente campanha para destituir a presidenta e o imobilismo provocado por atos que parecem mais uma tentativa de coação, também encabeçados por parte do PMDB e Eduardo Cunha, faz mal não ao PT ou a Lula e Dilma, mais ao povo brasileiro e isto parece não importar. E não se trata de empurrar par baixo do tapete a sujeira que possa ainda existir, mas ter seriedade e respeitar as instituições e interesses do Brasil, deixando que a justiça seja responsável pela apuração e punição de qualquer desvio e de qualquer um que esteja envolvido. Aliás isto parece não ser a questão, pois os processos e investigações que envolvem nomes que não estão ligados ao PT ou ao Governo Dilma parecem seguir a passos de tartaruga ou não frutificarem por falhas e falta de ação de instituições que deveriam ser isentas, e que desejamos que sejam como PF, MP e outros órgãos ligados ao judiciário.
É triste lembrar, que alguns destes órgãos em medidas recentes tem mostrado descompromisso com a imparcial apuração de fatos danosos e no tratamento das questões, com excessos sendo cometidos e divulgados pela imprensa, assim como é triste perceber uma divisão patrocinada e dirigida para atingir órgãos e a sociedade, com um estado policialesco que às vezes não respeita dignidade das pessoas e as leis, impondo táticas de intimidação e até podemos dizer, violência institucional.
Escandaloso é ver o deputado Cunha patrocinar a aceitação de um processo de impeachment que segundo muitos juristas não tem fundamentação, como retaliação pela aceitação pela Comissão de Ética da Câmara das denuncias de corrupção atribuídas a ele, que também não cansa de interferir nestes processos tentando se livrar da cassação, sem que haja uma ação mais contundente da PGR e do STF para assegurar os ritos legais necessários.
O Brasil clama e espera por medidas urgentes contra tal atentado perpetrado contra as instituições democráticas e a sociedade brasileira! Não podemos esperar, e enganam-se os que acreditam que um golpe contra um mandato delegado pelo povo, ficará sem a resposta necessária e possível, mas o que todos anseiam e desejam é que nosso povo e nosso país sigam unidos e fortes, sem atropelos maiores a democracia e sem interferências externas como as que parecem cada vez mais existirem no cenário atual.
Precisamos passar a limpo este país e excluir dos cargos de poder todos que de fato sejam culpados, após o adequado processo, evitando posturas como as do deputado Eduardo Cunha ou mesmo do senador Delcídio, ou de políticos vinculados ao PSDB, DEM, PMDB ou qualquer outro.
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Dilma durante reunião com governadores no Palácio do Planalto (Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência) |
São louváveis algumas das ações do STF referentes ao debate em questão, e ainda mais louváveis as manifestações sóbrias e coerentes como as realizadas pela Comissão de Justiça e Paz da CNBB, da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, e de muitos outros representantes políticos e da sociedade.
Nossa economia demonstra uma força surpreendente pois, apesar da paralisia imposta pelas ações e desvios políticos, nossa sociedade luta para não sofrer revezes ainda maiores, e dá sinais claros de resistência, preservando ainda muitos empregos e um parte significativa dos ganhos sociais recentes.
O que precisamos é de paz, ordem e um esforço sincero pelo país, deixando as questões políticas e disputas para o momento e a forma correta de serem decididas, sem golpismo!
O que precisamos é de paz, ordem e um esforço sincero pelo país, deixando as questões políticas e disputas para o momento e a forma correta de serem decididas, sem golpismo!