Quantas vezes na história, nações, impérios e suas forças, fazem uso de inverdades, e manipulam povos e situações, jogam sombras sobre pobres e miseráveis, medo, dor e sofrimento para atingir objetivos sórdidos, manter o poder, controlar recursos e riquezas, e se sustentar como hegemonia, ainda que na iminência de um declínio certo que tentam evitar à todo custo, em geral ao preço da perda da autodeterminação de nações, de conflitos infindáveis e que geram mortes aos milhares, restando pouco ou nada aos submetidos, aos dominados e considerados inferiorizados ou miseráveis.
Em processos que envolvem o controle das mídias e da informação, dentre muitos meios, a formulação de acordos duvidosos, e construções de alianças danosas, maldosas, que servem de instrumento de coerção e destruição, por meio de exércitos e seus crimes, algumas vezes disfarçadas de necessários, em momentos inevitáveis", "legitimados", e até mesmo de "ações humanitárias", mas não passam de jogos mortais e trágicos, jogados por "poderosos" em prol de mais poder, dinheiro, força, domínios e fronteiras.
Podemos e temos como citar muitos exemplos de disputas por hegemonia e controle regionais, ao longo dos tempos, estão presentes em diversas fases da evolução dos homens, e suas sociedades e nações, especialmente às que se acham destinadas a liderar.
Assim se considerarmos a Guerra do Peloponeso (dentre as muitas das cidades-Estado gregas, com 27 anos de duração, 431 a 404 a.C), onde Esparta formada e alicerçada em uma cultura militar e oligárquica, influência outros povos numa disputa pela hegemonia com Atenas (próspera e em ascensão, inovadora com sua democracia), uma ameaça aos gregos tradicionalistas segundo os espartanos, que após uma série de conflitos, venceram Atenas e seus aliados na Liga de Delos, e jogaram os gregos mais pobres em situação ainda pior, como resultado da vitória dos tradicionalistas da Liga Peloponesa. Ainda que de forma "diferente" ou limitada, devido ao contexto histórico, é um exemplo dos processos e interesses a que nos referimos ao introduzir os aspectos, problemas, e resultados de conflitos orquestrados para manutenção do poder e hegemonia de uma potência, ou pretensa potência.
Nem precisaríamos ir muito longe, no tempo ou na geografia para citar problemas bem semelhantes e quanta morte, destruição e sofrimento, ou miséria profunda são causadas por disputas irracionais e manipulações do poder e mesmo de nações, periféricas ou aliadas. Assim também se deu na América do Sul, e entre nós brasileiros no episódio da Guerra do Paraguai (de 1864 a 1870), e a aliança entre Brasil, Argentina e Uruguai, devido a medos, interesses, ou conflitos que envolviam os atores diretos e indiretos, ou pretensões destes países em processo de consolidação como nações, tendo por pano de fundo, também, a manutenção da influência e o poder pela Inglaterra (potência mundial no século XIX), que via no Paraguai independente de seus interesses e em franco processo de industrialização e crescimento, uma ameaça ao seu poder, e desta forma influenciaram a formação de uma aliança regional contra o Paraguai, manipulando nações e problemas locais, medos e divergências, que resultaram numa guerra longa, muitas mortes, e a destruição especialmente do Paraguai derrotado e humilhado, não sem altos custos para os envolvidos e vantagens para a Inglaterra.
São exemplos que citamos para lhes permitir perceber a repetição trágica dos fatos, que hoje ocorrem outra vez entre povos sul-americanos, na questão venezuelana, que envolvem interesses locais e especialmente relacionados a perpetuação (ou tentativa de manutenção) da hegemonia norte americana (em declínio), e que promove intervenções mundiais, regionais e internas, aproveitando-se das dificuldades e conflitos internos que vivem a população da Venezuela, e os personagens protagonista do poder no país e fora dele.
Revolução Cubana - História do Mundo
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Observamos que fica cada vez mais evidente os interesses geopolíticos por trás de recentes conflitos e instabilidades, onde se destacam o interesse pelo controle de parcelas significativas dos recursos e riquezas, das nações que sucumbem em guerras, conflitos, revoltas, e separações, em meio a muito sofrimento e mortes, destruição e estagnação econômica e social, quando não descambam para total degradação. Neste processo há algumas coisas em comum que se destacam, um forte intervenção internacional, especialmente dos EUA em sua busca pela hegemonia, e por meio de ataques e bombardeios militares e sanções, bloqueios e confisco de reservas, amparadas em alianças convenientes e informações inverídicas, teatros e manipulações da verdade, com envolvimento de pessoas, empresas e personagens duvidosos, que levam a situações extremas e perigosas com pretextos mentirosos.
As armas de destruição em massa do Iraque, a libertação e pacificação de povos como na Líbia ou Síria, mentiras, que resultam em mortes e destruição trágicas, longos períodos de sofrimento, miséria em massa após a conclusão de um processo com participação de estrangeiros que ao final se apoderam das riquezas, e não melhoram em nada as vidas dos povos que foram "libertar', ou oferecer "ajuda humanitária".
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O Brasil é arrastado para um conflito que não será em nada bom, e pode trazer insegurança as fronteiras e ao Norte, contaminando toda a região, pois há laços que são comuns ao hemisfério, mas que tem sido em muito contaminado por diferenças ideológicas e interesses hegemônicos dos EUA, em disputa com outros grandes da Ásia, China e Rússia, mas para manter algo que não vai se sustentar como mostra a história.
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Para além deste cenário há nossas questões internas, que hoje jogam a sociedade ainda dividida em situações de incertezas e sofrimentos, como a acentuada degradação dos direitos sociais, das liberdades, com ameaças sérias ao futuro do Brasil, ainda associadas a transformações econômicas e políticas sem boas perspectivas, e num breve espaço de tempo, com um governo envolto em crises e suspeitas de crimes.
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Tropas venezuelanas - imagem reproduzida do sítio do Terra |
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