É de chocar qualquer ser humano a vergonhosa e triste carnificina perpetrada contra Palestina, não apenas agora, mas especialmente nos últimos 30 dias, que até hoje já matou mais de 1940 pessoas segundo dados divulgados, sendo que entre os palestinos o número supera 1.800 mortes dos quais 430 seriam menores e 243 mulheres. Além de toda está mortandade há um saldo terrível de feridos que supera a casa dos 10 mil, e algumas centenas de milhares de refugiados em deslocamento, que com medo da investida israelense abandonaram suas casas diante da iminente destruição.
É doentio os argumentos apresentados por líderes israelenses para a matança de mulheres e crianças, que são alvos diários de mísseis e artilharia do Exército de Israel, mesmo que a pretexto de impor perdas a grupos "terroristas" segundo a avaliação do Estado Judeu.
Reproduzida do site Pragmatismo Político de 20.11.2012 Um homem chora a morte de quatro crianças em Gaza, na morgue do hospital Shifa |
Ofensiva terrestre na Faixa de Gaza soma mais de 300 mortes - Veja 19.07.2014
Funeral de crianças palestinas mortas por mísseis de Israel contra a Faixa de Gaza: força desproporcional© EFE/EPA/MOHAMMED SABER |
Foto: Hatem Ali / AP |
Famílias palestinas caminham entre casas destuídas por mísseis israelenses, na Faixa de Gaza - Finbarr O'Reilly/Reuters |
Destruição e mortes de inocentes na Faixa de Gaza, é o principal saldo da incursão criminosa de Israel!
Cenas como as exibidas constantemente nos noticiários internacionais e nacionais, nas últimas semanas são de criar indignação e vergonha aos homens de todo mundo, e também entre nós cristãos, mas se repetem há décadas sem uma resposta adequada dos governos mundiais a ação desproporcional de Israel contra inocentes em sua maioria.
Graças a inércia das organizações internacionais como a ONU, que mesmo denunciando mostra-se impotente e ineficaz para questão, em razão da infundada e desigual proteção e ajuda prestada pelos Estados Unidos e parte da Europa a estruturas governamentais e militares de Israel, em detrimento da sucessão de mortes, destruição, reconstrução e mais destruição da Palestina e seu povo.
Não há como referendar atos violentos praticados pelo Estado Judeu, nem também pelo grupo armado palestino o Hamas, mas a atitude de um governo com ampla e enorme vantagem econômica, militar e de infraestrutura a serviço da guerra, chega a ser covardia e enoja qualquer pessoa sã, e trata-se de um testemunho de incompreensão, maldade, preconceito e violência que não se enquadra nos princípios de fraternidade, humanidade, respeito e tolerância, presentes nas principais representações sociais, humanas e religiosas de caráter universal.
Cabe aos governos manifestar repúdio, a exemplo do que fez nossa presidenta Dilma Roussef, em nome do povo denunciar tais agressões, algo que não se enquadra em nenhum modelo de convivência humana saudável e equilibrada. Compete também a líderes mundiais e entidades sociais e religiosas igual condenação a violenta e desproporcional a ação de Israel, que atinge indiscriminadamente civis em hospitais, escolas, ruas e em campos de refugiados, além de lares e áreas públicas.
É incompreensível que apesar de toda esta matança e destruição, Israel por meio de seu governo continue a com hipocrisia e mentiras a justificar suas ações destrutivas contra pessoas inocentes, e permaneça a agir escondendo-se em meio a teses, e teorias conspiratórias, assumindo a falsa e triste condição de vítima.
Todos nós conhecemos os horrores praticados contra os judeus em diversos momentos da história do povo de Israel, em especial durante a II Guerra Mundial, mas também não podemos fechar os olhos aos assassinatos e perseguições patrocinadas em nome dos Judeus, em especial os assassinatos em massa em campos de refugiados na Palestina a décadas passadas. Toda forma de violência e assassinato é condenável, e não pode servir como argumento para novas formas de perseguição e maldades, mortes e violência contra inocentes.
Não se justifica as fundamentações religiosas e históricas como argumentos para matanças, sejam elas patrocinadas por qualquer um das partes, e muito menos para a defesa de interesses de uma delas por pessoas e personagens, governos e instituições que não vivem ou conhecem de perto a realidade da Ásia.
Neste contexto é repugnante a tentativa de alguns representantes religiosos, sejam Judeus ou neo pentecostais, em dar razões e defender a violenta e desequilibrada ação das forças de Israel na Palestina.
Estranhamente é o que vemos aqui no Brasil, onde alguns pastores e representantes de denominações religiosas de pouca tradição, se manifestam a favor de Israel, numa leitura equivocada não só do momento, mas também dos textos bíblicos, em especial do Evangelho de Jesus Cristo, que se manifestou na história e humana e segundo o projeto divino, como o único e verdadeiro templo, vivo e representativo de Deus, dando-se em sacrifício definitivo, que conduz a salvação por meio da paz, do amor e da verdade, inspirada pelo Espírito Santo. Esta é a mensagem levada por Jesus, e como esquecer dela e defender qualquer outra posição que não coadune com seu exemplo de vida e suas celebres palavras dirigida no Sermão da Montanha, Mateus 05:01-12.
Mesmo para àqueles que não reconhecem Cristo como salvador, mas reconhecem Deus por criador, há algo incontestável em toda a Palavra, somos todos filhos e criaturas geradas por Deus. Como então justificar tal matança, ou ver "pastores" distorcer as palavras e os princípios cristãos para ir em socorro do Governo de Israel? Nós aprendemos que Deus não compactua com a injustiça, a intolerância, e outros desamores, e o próprio Jesus Cristo, foi alvo da cegueira e da hipocrisia, da violência e erros que um dia se manifestou entre os Judeus, e não precisamos de mais sacrifícios e mortes para reviver o que Jesus tentou de uma vez por todas eliminar, mas que infelizmente ainda persistem não só entre os poderosos, mas também entre os atuais "guias religiosos" preocupados com prestígio, opulência e poder, e com o material (como a riqueza) como no tempo em que mataram Jesus.
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Seja judeu, árabe, palestino, seja oriental ou ocidental, seja cristão, budista, muçulmano ou qualquer que seja a denominação, povo ou nação, estado ou governo, deve ser repudiado todo ato de violência contra inocentes, e não se justifica a omissão ou o silêncio diante de coisas que Deus sempre reprovou em nós.
Mateus 05:01-12
Jesus viu as multidões subiu à montanha e sentou-se. Os discípulos se aproximaram, e Jesus começou a ensiná-los: "Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céu. Felizes os aflitos porque serão consolados. Felizes os mansos, porque possuirão a terra. Felizes os que tem fome e sede de justiça, porque serão saciados. Felizes os que são misericordiosos, porque encontraram misericórdia. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céu. Felizes vocês, se forem insultados e perseguidos, e se disserem todo o tipo de calúnia contra vocês, por causa de mim. Fiquem alegres e contentes, porque será grande para vocês a recompensa no céu. Do mesmo modo perseguiram os profetas que vieram antes de vocês."
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