sábado, 12 de dezembro de 2015

Surreal o que acontece ao Brasil!

O que está acontecendo no Brasil nos últimos meses é algo surreal!

Não são as denúncias ou evidências de corrupção e crimes contra a sociedade e o país, praticados por pessoas de classes sociais diversas mas em maior parte pelos que são privilegiados durante décadas, no mínimo, em especial por políticos de diversos partidos e correntes de pensamento aliados a grupos empresariais e econômicos,  que assustam ou mais ameaçam o nosso povo verdadeiramente.


A corrupção endêmica e enraizada ao longo dos diversos governos deste país desde 64, excepcionalmente, pela proporção e intensidade que assume é ruim e negativa, mas vem à tona e gera a expectativa de que consigamos refundar e firmar as bases morais das instituições brasileiras. Isto fica mais evidente e contundente graças também as medidas de combate e punição de crimes de colarinho branco que levam mal a nossa sociedade e drenam recursos importantes para o país, algo que teve uma atenção e cuidado especial no Governo Dilma e permite-nos enxergar o que para muitos não era possível nem imaginar.   Este mérito o atual governo tem, criar mecanismos mais efetivos para enfrentar males que são de décadas e décadas de ações criminosas de políticos que ainda manipulam o centro do poder no Brasil, e estão longe de ser apenas os que são vinculados ou atribuídos ao PT.

Cúpula do PSDB reunida - à direita deputado Eduardo Cunha  - Foto GGN do Brasil 247


Mas o cenário surreal está na descarada e cínica ação de poderosos, da mídia como grandes grupos de TV's que sonegam ou distorcem o que acontece neste país para se perpetuarem nas margens do Estado, lucrando com a perda de nosso país junto com outros, como políticos das esferas de relações do presidente da Câmara Eduardo Cunha, que conjuntamente com ele e apesar de claramente denunciados por crimes de corrupções e desvios absurdos, permanecem manipulando o poder e ameaçando instituições e a sociedade até com riscos a instituições, para assegurarem seus privilégios. 



Não podemos esquecer também da ameaça dos oportunistas de uma oposição sem propósitos e propostas de interesse do país, mas que criminosa e deslealmente apostam no fracasso do Brasil para retomarem o poder a qualquer custo, ainda que represente a perda de empregos, o aumento da pobreza, por meio de ações que visam desestabilizar a governabilidade e a economia do país para impor uma derrota ao Governo Dilma e ao PT, derrota que não conseguiram pelo voto e com o apoio do povo, que aliás, em sua grande maioria não participa das ações golpistas perpetradas por estes do PSDB, PPS e DEM, e alguns falsos moralistas do PMDB. Na verdade muitos dos que estão nas supostas fileiras golpistas, foram ou são autores de fraudes e crimes de corrupção que no passado não foram apurados ou punidos adequadamente como mostra nossa história, claro que sempre envoltos a pouca clareza e interesse de serem combatidos, beneficiando tais mal feitores e outros membros de vários segmentos sociais, políticos e econômicos tão corruptos quanto estes, em episódios como a venda das teles e da Vale, Máfia dos Vampiros, Anões do Orçamento, Listas de Furnas, Propinoduto Tucano,  e Banestado, só para citar alguns.




A hipocrisia reinante chega ao ponto de líderes como Aloyzio Nunes do PSDB, o ex-senador Azeredo, José Agripino do DEM, e outros denunciados por corrupção irem para rua pedir impeachment da presidenta Dilma, eleita democraticamente e sem haver qualquer ilícito comprovado ou mesmo julgado que implique em crime de responsabilidade e afronta a Constituição, aproveitando-se como diz segmentos da imprensa relativamente a estes e a Eduardo Cunha, para esconderem seus ilícitos com acusações e ataques a Dilma ao Estado de Direito sem provas e sem se preocupar com a paralisação das estruturas do país que afetaram e muito nosso povo.



Mais hipocrisia é ver o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, participando ativamente dos esquemas que buscam o impeachment da presidenta Dilma, citando a corrupção na Petrobras, onde não há até o momento qualquer evidência de envolvimento da presidenta nos esquemas ou desvios que envolvem também, políticos do PMDB, PSDB, PSB e outros nomes como os do ex-senador Sergio Guerra (PSDB), e do ex-governador Eduardo Campos (PSB) ou do atual senador Fernando Bezerra (PSB).   Isto é mais grave se levarmos em conta que o próprio FHC já declarou e pois no livro que lançou recentemente, e nada fez à respeito permitindo que continuassem a drenar os recursos da empresa,  e sabe-se lá de quais mais.


A insistente campanha para destituir a presidenta e o imobilismo provocado por atos que parecem mais uma tentativa de coação, também encabeçados por parte do PMDB e Eduardo Cunha, faz mal não ao PT ou a Lula e Dilma, mais ao povo brasileiro e isto parece não importar. E não se trata de empurrar par baixo do tapete a sujeira que possa ainda existir, mas ter seriedade e respeitar as instituições e interesses do Brasil, deixando que a justiça seja responsável pela apuração e punição de qualquer desvio e de qualquer um que esteja envolvido. Aliás isto parece não ser a questão, pois os processos e investigações que envolvem nomes que não estão ligados ao PT ou ao Governo Dilma parecem seguir a passos de tartaruga ou não frutificarem por falhas e falta de ação de instituições que deveriam ser isentas, e que desejamos que sejam como PF, MP e outros órgãos ligados ao judiciário.

É triste lembrar, que alguns destes órgãos em medidas recentes tem mostrado descompromisso com a imparcial apuração de fatos danosos e no tratamento das questões, com excessos sendo cometidos e divulgados pela imprensa, assim como é triste perceber uma divisão patrocinada e dirigida para atingir órgãos e a sociedade, com um estado policialesco que às vezes não respeita dignidade das pessoas e as leis, impondo táticas de intimidação e até podemos dizer, violência institucional.



Escandaloso é ver o deputado Cunha patrocinar a aceitação de um processo de impeachment que segundo muitos juristas não tem fundamentação, como retaliação pela aceitação pela Comissão de Ética da Câmara das denuncias de corrupção atribuídas a ele, que também não cansa de interferir nestes processos tentando se livrar da cassação, sem que haja uma ação mais contundente da PGR e do STF para assegurar os ritos legais necessários.  

O Brasil clama e espera por medidas urgentes contra tal atentado perpetrado contra as instituições democráticas e a sociedade brasileira!  Não podemos esperar, e enganam-se os que acreditam que um golpe contra um mandato delegado pelo povo, ficará sem a resposta necessária e possível, mas o que todos anseiam e desejam é que nosso povo e nosso país sigam unidos e fortes, sem atropelos maiores a democracia e sem interferências externas como as que parecem cada vez mais existirem no cenário atual.  

Precisamos passar a limpo este país e excluir dos cargos de poder todos que de fato sejam culpados, após o adequado processo, evitando posturas como as do deputado Eduardo Cunha ou mesmo do senador Delcídio, ou de políticos vinculados ao PSDB, DEM, PMDB ou qualquer outro.




Dilma durante reunião com governadores no Palácio do Planalto (Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência)


São louváveis algumas das ações do STF referentes ao debate em questão, e ainda mais louváveis as manifestações sóbrias e coerentes como as realizadas pela Comissão de Justiça e Paz da CNBB, da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB, e de muitos outros representantes políticos e da sociedade.

Nossa economia demonstra uma força surpreendente pois, apesar da paralisia imposta pelas ações e desvios políticos, nossa sociedade luta para não sofrer revezes ainda maiores, e dá sinais claros de resistência, preservando ainda muitos empregos e um parte significativa dos ganhos sociais recentes.

O que precisamos é de paz, ordem e  um esforço sincero pelo país, deixando as questões políticas e disputas para o momento e a forma correta de serem decididas, sem golpismo!