sábado, 23 de fevereiro de 2019

A história se repete, agora na Venezuela!


Quantas vezes na história, nações, impérios e suas forças, fazem uso de inverdades, e manipulam povos e situações, jogam sombras sobre pobres e miseráveis, medo, dor e sofrimento para atingir objetivos sórdidos, manter o poder, controlar recursos e riquezas, e se sustentar como hegemonia, ainda que na iminência de um declínio certo que tentam evitar à todo custo, em geral ao preço da perda da autodeterminação de nações, de conflitos infindáveis e que geram mortes aos milhares, restando pouco ou nada aos submetidos, aos dominados e considerados inferiorizados ou miseráveis.

Em processos que envolvem o controle das mídias e da informação, dentre muitos meios, a formulação de acordos duvidosos, e construções de alianças danosas, maldosas, que servem de instrumento de coerção e destruição, por meio de exércitos e seus crimes, algumas vezes disfarçadas de necessários, em momentos inevitáveis", "legitimados", e até mesmo de "ações humanitárias", mas não passam de jogos mortais e trágicos, jogados por "poderosos" em prol de mais poder, dinheiro, força, domínios e fronteiras.

Podemos e temos como citar muitos exemplos de disputas por hegemonia e controle regionais, ao longo dos tempos, estão presentes em diversas fases da evolução dos homens, e suas sociedades e nações, especialmente às que se acham destinadas a liderar.


Assim se considerarmos a Guerra do Peloponeso  (dentre as muitas das cidades-Estado gregas, com 27 anos de duração, 431 a 404 a.C), onde Esparta formada e alicerçada em uma cultura militar e oligárquica, influência outros povos numa disputa pela hegemonia com Atenas (próspera e em ascensão, inovadora com sua democracia), uma ameaça aos gregos tradicionalistas segundo os espartanos, que após uma série de conflitos, venceram Atenas e seus aliados na Liga de Delos, e jogaram os gregos mais pobres em situação ainda pior, como resultado da vitória dos tradicionalistas da Liga Peloponesa. Ainda que de forma "diferente" ou limitada, devido ao contexto histórico, é um exemplo dos processos e interesses a que nos referimos ao introduzir  os aspectos, problemas, e resultados de conflitos orquestrados para manutenção do poder e hegemonia de uma potência, ou pretensa potência. 


Nem precisaríamos ir muito longe, no tempo ou na geografia para citar problemas bem semelhantes e quanta morte, destruição e sofrimento, ou miséria profunda são causadas por disputas irracionais e manipulações do poder e mesmo de nações, periféricas ou aliadas. Assim também se deu na América do Sul, e entre nós brasileiros no episódio da Guerra do Paraguai (de 1864 a 1870), e a aliança entre Brasil, Argentina e Uruguai, devido a medos, interesses, ou conflitos que envolviam os atores diretos e indiretos, ou pretensões destes países em processo de consolidação como nações, tendo por pano de fundo, também, a  manutenção da influência e o poder pela Inglaterra (potência mundial no século XIX), que via no Paraguai independente de seus interesses e em franco processo de industrialização e crescimento, uma ameaça ao seu poder, e desta forma influenciaram a formação de uma aliança regional contra o Paraguai, manipulando nações e problemas locais, medos e divergências, que resultaram numa guerra longa, muitas mortes, e a destruição especialmente do Paraguai derrotado e humilhado, não sem altos custos para os envolvidos e vantagens para a Inglaterra.

São exemplos que citamos para lhes permitir perceber a repetição trágica dos fatos, que hoje ocorrem outra vez entre povos sul-americanos, na questão venezuelana, que envolvem interesses locais e especialmente relacionados a perpetuação (ou tentativa de manutenção) da hegemonia norte americana (em declínio), e que promove intervenções mundiais, regionais e internas, aproveitando-se das dificuldades e conflitos internos que vivem a população da Venezuela, e os personagens protagonista do poder no país e fora dele.

 Revolução Cubana - História do Mundo

Guerra do Vietnã - Sua Pesquisa

Revolução Sandinista: a construção de uma nova hegemonia - IELA UFSC

Guerra no Iraque - Infopédia

Guerra no Iraque: três causas e uma conclusão - UNESP Por Ângelo Del Vecchio

A guerra do Iraque - Crítica na Rede Peter Singer

Guerra do Iraque, uma invenção americana - DW


Soldados britânicos no Iraque
Soldados no Iraque - Imagem reproduzida do sítio DW


Guerra do petróleo: O controlo do Iraque e o cerco a África - EM FOCO 12.2002 Além-Mar





Pesquisador analisa ilegalidades da intervenção na Líbia e a compara à atual situação síria - Paineira USP 18.06.2018

A intervenção da Otan na Líbia: os interesses de potências ocidentais na operação - RIUNI

O reerguimento da Rússia, os EUA/OTAN e a crise da Ucrânia: a Geopolítica da nova Ordem Mundial - Confins número 25/2015

A postura ética diante dos acontecimentos na Síria - IEA USP

Os 7 anos do conflito da Síria: “uma tragédia humana” - ACNUR Brasil 09.03.2018


Presidente da Venezuela recusa bloqueio dos EUA contra Cuba - Prensa Latina 23.02.2019


Histórias como o bloqueio e ataque a Cuba, a Guerra do Vietnã, a Revolução Sandinista, as guerras contra o Iraque, a intervenção na Líbia,  a Ucrânia desestabilizada, o caso da Síria, são emblemáticos e bons exemplos do que afirmamos.

Observamos que fica cada vez mais evidente os interesses geopolíticos por trás de recentes conflitos e instabilidades, onde se destacam o interesse pelo controle de parcelas significativas dos recursos e riquezas, das nações que sucumbem em guerras, conflitos, revoltas, e separações, em meio a muito sofrimento e mortes, destruição e estagnação econômica e social, quando não descambam para total degradação. Neste processo há algumas coisas em comum que se destacam, um forte intervenção internacional, especialmente dos EUA em sua busca pela hegemonia, e por meio de ataques e bombardeios militares e sanções, bloqueios e confisco de reservas, amparadas em alianças convenientes e informações inverídicas, teatros e manipulações da verdade, com envolvimento de pessoas, empresas e personagens duvidosos, que levam a situações extremas e perigosas com pretextos mentirosos.

As armas de destruição em massa do Iraque, a libertação e pacificação de povos como na Líbia ou Síria, mentiras, que resultam em mortes e destruição trágicas, longos períodos de sofrimento, miséria em massa após a conclusão de um processo com participação de estrangeiros que ao final se apoderam das riquezas, e não melhoram em nada as vidas dos povos que foram "libertar', ou oferecer "ajuda humanitária".

China reage a bloqueio de US$ 7 bi da Venezuela pelos EUA - Opera Mundi 29.01.2019

Quais as consequências das sanções dos EUA para a economia da Venezuela? - BBC 26.08.2017

Venezuela denuncia bloqueio de importações de bens básicos pelos EUA - EM 16.10.2018

Na Venezuela, há muitas coisas a mudar e relações a serem reconstruídas, resgates e vidas a serem salvas e protegidas, mas algo que deve ser feito pela paz e por meio de um acordo interno, que pode vir a ser tutelado e assistido por organismos internacionais legítimos, cuja mediação seja aceita pelas partes envolvidas e ratificadas pelo povo.  Não cabendo ações unilaterais de uma potência e seus países periféricos, dispostos a tudo para se apoderar de recursos e riquezas de povos submetidos a conflitos.

Venezuela critica os países que apoiam o “bloqueio económico e financeiro” dos EUA - Observador 14.02.2019

MP pede proibição de Guaidó sair da Venezuela e bloqueio de bens - Agência Brasil 29.01.2019

Governo Trump eleva pressão sobre Maduro ao bloquear receita do petróleo - Folha UOL 01.2019

EUA, Colômbia, Brasil, fazem um jogo arriscado na Venezuela, num momento de fragilidade da sociedade e em meio a divisões que podem descambar em uma guerra civil, com mortes desnecessárias e repercussão para além das fronteiras e regiões afetadas. O desejo destes, principalmente pelos EUA, de influir nos rumos do país e do povo, mas principalmente das riquezas como o ouro e o petróleo venezuelano, podem custar muito caro para os pobres de lá, e para nós brasileiros também.  O bloqueio americano a bilhões em reservas,  as interferências no comércio e venda de sua produção, com sanções semelhantes as aplicadas ao Irã, Líbia, Síria, como a Cuba, e que levaram a miséria e sofrimento  a população, para forçar mudanças de interesses hegemônicos, usando pessoas (fantoches, pretextos) e mortes, miséria e destruição para seus fins.

Crise na Venezuela: Qual é o tamanho real do poderio militar do país? - Terra 23.02.2019

Guarda Nacional da Venezuela amplia bloqueio na fronteira com o Brasil - FN Notícias 23.02.2019

Venezuela: bloqueio e pirataria dos fundos obrigam a uma moratória da dívida - Carta Maior 13.02.2019

Venezuela precisa de diplomacia e política, não de intervenção militar - Folha UOL 09.01.2019

Estimativas oficiais indicam que Forças Armadas venezuelanas contam com 95 mil a 150 mil integrantes
Tropas venezuelanas - imagem reproduzida do sítio do Terra

Maduro aceita ajuda humanitária "legal" da União Europeia - JN 23.02.2019

Não é legítima a suposta ajuda coordenada pelos americanos, afinal estão à margem de organismo como a ONU, e estes participam da desestabilização da região por interesses próprios, como denunciam outras potências, dividindo outra vez o mundo em partes, e não contribuindo para paz e o desenvolvimento dos povos, algo comum que encontra respaldo nas bases geopolíticas em curso por muitas décadas.

O Brasil é arrastado para um conflito que não será em nada bom, e pode trazer insegurança as fronteiras e ao  Norte, contaminando toda a região, pois há laços que são comuns ao hemisfério, mas que tem sido em muito contaminado por diferenças ideológicas e interesses hegemônicos dos EUA, em disputa com outros grandes da Ásia, China e Rússia, mas para manter algo que não vai se sustentar como mostra a história.

Um país de fraudes - Fobo BRASIL 22.12.2018

Brasil e Venezuela, o que dizer? - Foco BRASIL 06.08.2017

Pressão, pressão, Temer já balança! - Foco BRASIL 18.12.2016

Para além deste cenário há nossas questões internas, que hoje jogam a sociedade ainda dividida em situações de incertezas e sofrimentos, como a acentuada degradação dos direitos sociais, das liberdades, com ameaças sérias ao futuro do Brasil, ainda associadas a transformações econômicas e políticas sem boas perspectivas, e num breve espaço de tempo, com um governo envolto em crises e suspeitas de crimes.

Governo Bolsonaro: quem é Marcelo Álvaro Antônio, ministro na mira do escândalo de 'laranjas' do PSL - BBc 23.02.2019

Saída de Bebianno muda relação do governo Bolsonaro com o Congresso - Folha UOL 23.02.2019

Bebianno escreve cartas a aliados: “Se algo acontecer comigo, abram” - Metrópole 22.02.2019

Em diálogo, Bolsonaro mostra preocupação e pede que Onyx fale com Bebianno - Folha UOL 20.202.2019

Bebianno enfrentou o esquema das milícias em hospital e pode ser esta a real razão de ter caído em desgraça. Por Joaquim de Carvalho - DCM 14.02.2019



O presidente Jair Bolsonaro (PSL), entre os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e Rodrigo Maia (DEM-RJ)
Bolsonaro no Congresso - Folha UOL, imagem reproduzida

domingo, 10 de fevereiro de 2019

Ele merece o Nobel da Paz

Condenação pode dar a Lula Nobel e liberdade - Blog da Cidadania - 07.02.2019

 Jornal francês promove campanha para Lula no Prêmio Nobel da Paz - Portal T5 29.01.2019


Capa do "L'Humanité" desta terça-feira (29)
Capa do "L'Humanité" desta terça-feira (29) Imagem: Reprodução


Uma campanha intensa está em curso no Brasil, e em várias partes do mundo, pela concessão do prêmio Nobel da Paz ao ex-presidente Luiz Inácio, o Lula, cuja imagem recebe muitos ataques, e mesmo ele é alvo de grandes injustiças, como consequência do simbolismo que tem para os pobres brasileiros e inúmeras partes do mundo, onde suas ações como líder mundial, representaram alívio e motivação para boas mudanças, e um novo olhar sobre as capacidades e necessidades dos humildes, que implicam em contestações e enfrentamento de interesses de capitalistas e grupos de exploração das parcelas mais frágeis das sociedades submetidas a injustiças e exclusões.
Lula hoje está preso, após um processo e condenação cheias de irregularidades e exceções, alvo de questionamentos de muitos, inclusive renomados juristas brasileiros, políticos e lideranças do mundo, numa vergonhosa manobra política e judiciária, que evidencia um golpe contra a democracia e o povo brasileiro, e afim de viabilizar um projeto de dominação política e econômica sobre toda a América Latina, em favor da retomada da hegemonia americana, sobre parte do continente e como parte de um conflito mundial.

Gilmar Mendes suspende julgamento do STF sobre conduta de Sergio Moro no caso Lula - El País 04.12.2018 
Muitas são as razões para crer que Lula é vítima de um processo Kaficaniano, as acusações no processo do triplex não contarem com provas reais, não haver nexos entre as acusações e alegações na denúncia com os fatos julgados por Sérgio Moro (que foi além da denúncia e da ausência de provas, baseando sua sentença em depoimentos duvidosos de delações e em convicções pessoais), as ações estranhas do juiz, com episódios de vazamentos de informações de forma ilegal e repreendidas até no STF, e mais  atos como coerção coercitiva desnecessária, suposta parcialidade em casos envolvendo outros envolvidos em investigações ainda mais graves, como os de políticos tucanos, ou em sua complacência com a esposa de Cunha, liberada ainda que com provas contundentes de pesados ilícitos.

E só para exemplificar, sem entrar no mérito das acusações feitas por Tacla Duran, contra Moro e a Lava Jato, e pessoas ligadas, onde segundo este, há uma indústria de delações no Paraná e na Lava Jato.

Mas Lula, como um líder e grande símbolo enfrenta com muita força e grandeza, vistas em muitos momentos, seja quando perdeu sua esposa Mariza, em face dos problemas de saúde agravado pelo processo de perseguição ao qual Lula, ela e outros membros de sua família foram submetidos. Literalmente foi aos braços do povo, para depois se entregar aos algozes, e em paz e para proteger o povo.
Na sequência da prisão arbitrária e a margem da Constituição, com polêmicas decisões da justiça e do STF, e situações de manipulação de leis e ritos, com pressão de militares, e desastrosas maquinações, tocadas em prazos relâmpagos, que deixam evidente a justiça pequena em ação, que fez de Lula refém e privado da participação nas eleições de 2018, por ser amado e o candidato preferido das massas, ainda que a Lei lhe permitisse participar.  Desta forma abriram caminho para loucos subservientes chegarem ao poder, e assim acelerar a entrega de riquezas e recursos do país a potências internacionais e elites sem escrúpulos.
Contudo pela sua força e influência, Lula ainda é uma ameaça a esse projeto que destrói a autodeterminação do nosso povo, e nos faz miseráveis e menores, por isso em plena campanha pelo Nobel, e depois do fim de um processo eleitoral que não lhe garantiu os direitos que estavam sendo usurpado, como sinalizou o Comitê da ONU que analisa a denúncia de perseguição contra ele. A justiça desta feita pela sentença da juíza Gabriela Hardt, substituta da 13ª Vara Federal de Curitiba, igualmente polêmica e acusada por muitos do meio jurídico e midiático, como alguém que não leu o processo, proferiu sentença condenatória referente ao Sítio de Atibaia, contra Lula, repletas de falhas, tais como a suposta delação de dois delatores, Léo Pinheiro e José Aldemário Pinheiro Filho (que são a mesma pessoa), e não duas como enfatiza a juíza, que ignorou provas da defesa e laudo técnico, e testemunhos contundentes favoráveis a Lula, além do fato deste não ser proprietário do imóvel, e como diz a própria juíza não ter evidências de quaisquer contrapartida de Lula para Leo Pinheiro ou a OAS, e nem relação com recursos desviados da Petrobras.
Não é coincidência, nem sem razão que ocorre nova rodada de injustiças contra Lula, uma condenação que assombra até ministros do STF, seja pelo tamanho da pena, 12 anos e 11 meses (lembrando que o Léo Pinheiro, um dos principais envolvidos, tem pena inferior a 2 anos e está em liberdade), ou pelo processo condenatório, com argumentação acusatória frágeis, no mínimo, e tem tudo haver com a possibilidade de Lula ser escolhido para o Prêmio Nobel da Paz, o que seria uma enorme desmoralização para o judiciário e para os "poderosos" de ocasião, e hora no comando das instituições nacionais com sinais de desgoverno.  A isso somem o episódio que privou Lula de ir ao enterro de seu irmão, um direito que lhe foi negado, e mais um exemplo de como ele é perseguido e refém do judiciário.

A sentença recente é para atingir a imagem de Lula, ofuscar seu papel de liderança e seus discursos, mesmo preso, e arrefecer a mobilização e o empenho de seus apoiadores, minimizando toda forma de oposição aos interesses das elites, das instituições a serviço dos projetos de potências como os EUA, que vão dispor de mais argumentos e recursos para barrar adversários, mesmo a campanha pelo Nobel em favor de Lula.

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Lula merece o Nobel da Paz?

Nobel da Paz para Lula tem 500 mil assinaturas a dois dias do encerramento - Brasil de Fato 29.01.2019

Por que querem indicar Lula ao Prêmio Nobel da Paz? - Lula.com 11.01.2019

Muito se pode falar, mas sim, Lula merece o Prêmio Nobel da Paz, por muitas razões.

Seja por ter sido o principal responsável por políticas e ações, que resultaram na retirada de milhões de brasileiros de situações de pobreza e miséria profunda, com o resgate de populações da condição de exclusão social, propiciando vida e alimento, dignidade por meio de instrumentos antes inacessíveis, como assistência efetiva, saúde, educação e trabalho. Algo que Lula conseguiu personificar como mobilizador e indutor de transformações, numa comunicação simples e direta de valores e propostas de resgate social, de forma compreensível aos pobres, e que foi capaz de influenciar boas iniciativas de resgate social no mundo.

O Fome Zero, o Bolsa Família, são apenas exemplos que se expandiram para o mundo, tiveram Lula como símbolo e indutor, com reconhecimento por órgãos da ONU, e válidos para muitos países, com outros tantos de milhões de pessoas pobres, beneficiadas com políticas e ações dos modelos adotados e defendidos por Lula, copiados e multiplicados por várias partes. Lula se tornou um símbolo e voz dos pobres, e assim passou a ser visto em países e nos diversos fóruns mundiais.

A valorização de atividades, como as domésticas e catadores de lixo, e o apoio de Lula a estes trabalhadores, mostram o que é uma verdadeira preocupação com os pobres e sua dignidade.

Seja por sua penetração no cenário mundial, com nova forma de fazer política, de defender economias inclusivas como nos blocos, BRICS e MERCOSUL, priorizando os menores, a autodeterminação dos povos, a cultura e potencial de cada país. Não esquecendo o compromisso com o desenvolvimento social, como fez na adoção de políticas solidárias na África, especialmente quanto a aspectos de apoio e assistências como as relacionadas a crise provocada pelo HIV que atingiu segmentos de populações sem acesso a medicamentos, que encontraram em Lula um apoiador.  A relação com a Bolívia e outros países da América do Sul, mostraram o compromisso com o bem estar dos povos e o respeito nas relações.

Para Lula, acordo nuclear com o Irã foi momento marcante da política externa do seu governo - O Globo 27.12.2010


Seja pela sua disposição de defender a paz, e os territórios, com atuação e ações importantes para realização de acordos internacionais, que preservavam direitos e afastavam os riscos de guerras, como no caso do Irã, e as negociações de acordo com EUA, Europa, e outros, referentes ao programa nuclear.

Lula recebe apoio de mais um vencedor do Prêmio Nobel da Paz - Blog do Esmael Morais 31.01.2019

Lula sim, merece o Nobel da Paz, e muitos como o ganhador do Nobel da Paz,  Adolfo Perez Esquivel, reconhecem e cada vez mais engrossam as fileiras dos que apoiam a indicação de Lula.

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Brumadinho e CT do Flamengo, o que há de comum?


Diferentemente de outros veículos, decidimos abordar as duas tragédias de forma prática, pois a dimensão da dor e do sofrimento das famílias e atingidos, não é possível expressar com palavras, e cabe uma análise sobre a ótica racional.

De comum, para além dos fatos de serem tragédias e trazerem dores, sofrimentos e mortes, além de incertezas futuras, e muitas outras formas de desgastes e injustiças, há também aspectos a serem considerados por nós, pelo Estado, representantes legais e sociedade, tais como:

- o fato de serem previsíveis e mesmo alertadas, pois ocorreram denúncias e tentativas de evitá-las, ou corrigi-las, mesmo envolvendo ações de entidades, parcela da sociedade, ou autoridades nos dois casos, mas não necessariamente com atores similares, algo que ocorreu em Minas no caso de Brumadinho (como por exemplo no processo de debate e concessão de licenças em reunião do conselho estadual), e no Rio de Janeiro no caso do Flamengo (com as diversas multas aplicadas pelo município, com relação aos alojamentos e estruturas inadequadas);

- também uma série de aspectos relacionados as ações dos dirigentes e empresas, atores e autoridades, que foram no mínimo negligentes com as ações de combate a riscos e minimização de vítimas, para não dizer criminosas, e que precisam ser tratadas desta forma, além das ações de reparação de danos e indenização a familiares e vítimas das tragédias, que não são apenas acidentes inesperados;

- para ambos os casos, em graus diferentes, não há estruturas de apoio oficiais bem preparadas e atuantes, e quando da tragédia por determinado espaço de tempo prevalece a desinformação e angústia de ausência de contatos necessários, e ao  longo do curso dos processos posteriores, ausência de mecanismo que assegurem soluções extrajudiciais que minimizem os desgastes e sofrimentos adicionais de longas e onerosas ações judiciais, que não contemplam as urgências e necessidades causadas pelas tragédias;

- ainda é preciso aprender com os fatos e traçar novas políticas, e talvez novos marcos legais para ambos os casos, que se encarreguem de formas adequadas de prevenção de novos fatos igualmente ruins, e maior fiscalização e controle das atividades de ambas empresas, e outras semelhantes, seja no caso da Vale e mineradoras quanto a construções e técnicas de barragens ou exploração mais seguras, e controladas, ou no caso do Centro de Treinamento do Flamengo, e outros de diversos times, com controle da segurança e infraestrutura das instalações, e mesmo de disciplinamento das atividades envolvendo jovens e menores, com alto grau de desregulação e exploração não recomendada por normas trabalhistas, por exemplo;

- ambos os casos são exemplos de tragédias, que poderiam ser tratadas adequadamente antes, ou mesmo agora se o sistema de proteção ao trabalho funcionasse, ao invés de ser desmontado como ocorrem com a CLT após a Reforma Trabalhista, com o fechamento do Ministério do Trabalho, e futuramente da Justiça do Trabalho;

- ressalvadas as proporções e as peculiaridades de cada atividade e das tragédias em si, há algo mais em comum a ser destacado, uma certa abstração das autoridades quanto ao fato, e uma tentativa de "proteger" a imagem e as instituições, "abrandando" aspectos das tragédias, focando na valorização excessiva das instituições/empresas, e do suposto interesse ou importância destas para sociedade, "ignorando" vítimas;

- há o foco e prevalência dos interesses financeiros, do dinheiro, antes e depois das tragédias, nas atitudes dos representantes das empresas e instituições responsáveis pelas tragédias, algo que precisa ter uma resposta urgente e muito significativa, se queremos evitar novas tragédias. 

São apenas alguns aspectos, que centenas de mortes e destruição ou a morte de jovens adolescentes, esperançosos e absorvidos por interesses econômicos de exploradores insensíveis, e loucos por lucros. Tragédias que ainda parecem insuficientes para que legisladores, governos e empresários, se esforcem por evitar por meio de ações e normas, que de fato previnam e impeçam suas tristes repetições.