sábado, 14 de abril de 2018

O dia seguinte! Lula ainda presente.

Após todas as armações e encenações jurídicas e midiaticas, que culminou com a prisão de Lula, quase uma semana se passou, e cada vez mais a ausência de justiça e provas dos crimes que lhes são atribuidos, evidente em farsas e ameaças, chantagens e truculência dos empoderados em instituições do Estado, trazem a certeza de que o país está tão longe de valores como: justiça, democracia, igualdade social; quanto da normalidade e da pacificação da sociedade, e que todo esse processo degenera nossas estruturas e um futuro melhor, a curto e médio prazo, que uma eleição fraudada não conseguirá restaurar.
Lula preso em 07.04, ainda que de uma forma menos desejada do que pretendiam seus algozes, já que o ex-presidente e ex-torneiro, deu-lhes uma aula magistral de humanidade e superioridade, levando muitos a se unirem a ele num ato de contestação das injustiças, com união e mútuo respeito, que pois Lula nos braços do povo até o conturbado ato de rendição. Lula driblou a tentativa de humilhação e enfraquecimento, e mostrou sua grandeza, sua força e simplicidade cativante, que o liga definitivamente ao povo, e que desesperadamente seus inimigos tentam destruir, mas em reação unem Lula e o povo.
O que dizer mais: um juiz condenou Lula por convicção e sem provas, num processo questionável, e cortes de outras instâncias apenas lavam as mãos, ignorando Constituição, abusos, ilegalidades do MPF, do juiz não natural, de uma ação cheia de distorções que surpreendem juristas no Brasil e no mundo. O STF ameaçado por militares, fez seu papel no golpe, mais um, e com a ajuda de ministros que tem mandado as favas nossas leis, criando castas protegidas, numa justiça desacreditada e cheia de novos esquemas contra o país, e em favor de interesses escusos e externos.

Lula lê cartas, ouve gritos de apoio, do lado de fora acampamento cresce - Rede Brasil Atual 12.04

Justiça impede comitiva de governadores de visitar Lula na prisão - Uol 10.04

Lula é vítima de uma perseguição, assim como o povo, em especial os que há anos atuam, votam ou apoiam os candidatos de esquerda, e sonham com dias melhores, e que deles foram  privados. A pretexto de afastar das eleições o candidato do coração do povo, faz-se um estrago insuportável, que atinge os mais pobres, e as instituições brasileiras.

Após prisão apoio a Lula, dispara na internet - BlogdaCidadania 13.04

Outro Nobel da Paz indica Lula para o prêmio - Revista Forum 12.04

Lula amigo estamos contigo, milhares de uruguaios tomam Montevideu em defesa de Lula - Revista Forum 11.04

Apesar de acusações sem provas, de sentença baseada em achismos, "convicção pessoal", referendada por outros por meios de manobras, que atropelam ritos e leis, e em meio a um circo midiático e pressões de grupos criminosos, políticos e econômicos, e até violências e ameaças, mesmo de militares saudosistas do golpe de 64. Lula permanece com significativos apoios nacionais e internacionais, que são uma das ultimas barreiras a um desenrolar ainda mais caótico em todos os aspectos, legais, social, político-econômico.

Tiros em caravana vieram de fazenda cujo dono teve conflitos com MST - Carta Capital 12.04

Pressão política de militares no HC de Lula revela como Exército ganha espaço com Temer - El País 11.04

Contudo, há ameaças concretas a Lula, seja a integridade física e mental, estando ele exposto a riscos que se relacionam a parcialidade e contaminação ideológica das instituições, que são tolerantes a crimes e abusos de pessoas e instituições que perseguem o estadista do povo, evidentes são os excessos na PGR, MPF, TRF4, STF e na PF, assim como na Justiça Federal de Curitiba, sem mencionar grupos e empresas privadas, como as organizações Globo (a mesma acusada na Zelotes), e outros mais. Onde a possibilidade de violências, agressão, além da exposição da imagem e do isolamento,  ou silenciamento de Lula, é desejável pelos seus algozes e se mostra necessário, dada a mobilização social que incomoda e prejudica interesses golpistas, e o elevado potencial e influência de Lula no cenário político e social brasileiro. Nada menos que 9 governadores de estados, já se deslocaram até a prisão para visitar Lula, além de candidatos a presidentes, dezenas de políticos que reivindicam visitas, e manifestações de autoridades, personalidades, ministros e ex-presidentes, nacionais e internacionais, tendo Lula sido ainda que sentenciado, indicado para o Nobel da Paz, inclusive por dois prêmios Nobel, sendo ainda diante de tudo que lhe fazem, considerado um preso político brasileiro.

Prisão de Lula não é o fim da sua perseguição - Brasil247 13.04

Por que o caso de Lula durou menos de 2 anos, e o de Azeredo 11 anos - Carta Capital 13.04

Tornam-se evidentes a parcialidade jurídica na sequência do golpe, mesmo na mais alta corte, que fere a Constituição para agradar alguns e sobre falsos pretextos de combater a impunidade, perseguem e privam Lula de um julgamento justo, pautado nas leis e na isenção, como muitos denunciam, sejam juristas, advogados, juízes, ou mesmo ministros do STF, para não citar muitos outros. A propósito, de também afastar Lula das eleições. E nada tem haver com impunidade, o STF e  PGR, barram processos e ações que baseados em provas, podem levar a cadeia desafetos de Lula, ou poderesos, alguns simplesmente prescrevem crimes e ações sem julgamentos por anos seguidos, outros ainda que julgados e condenados não são presos. Nossa justiça é uma farsa, dizem muitos.

O dia em que Gilmar repercutiu as denúncias sobre a indústria da delação no supremo - Jornal GGN 12.04

Gilmar afirma que corrupção chegou ao MPF e a Lava Jato - Jota11.04.2018

Condenado a 121 anos Youssef deixa prisao na quinta-feira - ParanáPortal Uol 15.11.2016

Algo criminoso ocorre nas mais altas esferas, basta ver o que disse o ministro Gilmar Mendes, cobrando ações da PGR Raquel, contra corrupção no MPF e na Lava Jato, não apenas quanto aos abusos que também denúncia, mas pelas fartas evidências de que há esquemas milionários na operação, envolvendo delações e escolhas de bancas de advocacia. Ele faz menção ao caso JBS e ao procurador Miller, mas não citou as denúncias do advogado Tacla Duran contra a mulher do juiz Moro, e sim do caso Palocci.

Carmen Lúcia manobra de novo para impedir discussão que favorece Lula - Jornal GGN. 05.04

Diante da omissão do STF e outros, e caso os orquestradores continuem a receberem resistência de enorme parcela de eleitores (do povo), inclusive com as ruas em ebulição, é bem provável que as eleições, não ocorram como se espera, pois já estão comprometidas.

O que resta as esquerdas, ao PT e aos movimentos sociais, é ampliar a resistência, aumentar as ações e com mais firmeza, para paralisar e trazer perdas aos apoiadores dos golpistas, até que diante de um quadro desfavorável para a direita, possamos reverter o cenário de caos e desequilíbrio que prejudicam os  pobres. Algo muito difícil de realizar!

Rússia e Irã alertam que ataques a Síria terão consequências. - JC Uol 14.04

Síria evacuou alvos antes do ataque após aviso da Rússia - SputnikNews 13.04

O mundo vive momentos difíceis, e movidos ou envolvidos em farsas comandadas por potências internacionais, seja como na Lava Jato segundo muitos, seja em situações de mortes e ameaças de uma guerra total, como na Síria, as intervenções orquestradas, que não devem trazer bem, são os instrumentos dos podesrosos, ao menos na Síria os atores e interesses são muito evidentes e há certo equilíbrio de forças entre os que comandam os atos. Aqui há luta desigual, está em curso uma máquina de opressão, o poder externo e interno submete o povo a seus interesses. Seja como for as farsas tanto aqui como em outras partes, fazem parte de um mesmo projeto de domínio.




quarta-feira, 4 de abril de 2018

Escalada da violência, prenuncia o caos?

O Brasil segue um caminho desastroso, mergulhado em incertezas e disputas, nem sempre nobres ou republicanas, é assolado por uma escalada de violências, de diversas variantes, extensões e graus, sem precedentes nos últimos 25 anos, e que atinge todas regiões em intensidade significativa e envolve estados, governos, poderes e instituições, de maneira indesejadas, perigosa, e comprometedora, para não falar da sociedade de forma geral.
Uma questão crucial, é que além das formas de violência física, psicológica, e que frequentemente ocorrem, "mais comuns", há uma ampliação de outras tão nocivas como estas, a exemplo das violações legais (institucionais, corporativas e de Estado) e violências contra a dignidade e direitos fundamentais, ou a pessoa humana, isso de forma acentuada e em dados momentos com pretextos cada vez menos aceitáveis, ainda que disfarçados, e num clima onde cidadãos (ainda que não sejam dignos desse título), não tem direitos legais e constitucionais respeitados, e podem ser alvo de perseguições, processos kafkanianos (farsas e manipulações), ou coações de toda sorte, promovidas pelos poderes ou pelo Estado, por meio de juízes estrelas, promotores, policiais, militares, governos, autoridades, corporações ou grupos, movidos por falsa moral, vingança, ideologias, etc.


Há uma sensação ou percepção ruim reinante, não só de insegurança, medo, ou certeza de que a violência e os rumos do país estão sem controle, mas também uma profunda desconfiança quanto as instituições, processos, pessoas, políticas e rumos apontados agora, algo que tem relação com a percepção de injustiças e parcialidade dos sistemas, especialmente do judiciário, mas de todos relacionados aos três poderes constituídos, e que não se restabelece uma percepção positiva, por meio de uma caça as bruxas ou ações à margem da lei, distorcidas, exageradas, ainda que sob a bandeira de combate a impunidade, ou qualquer argumento, mas hipoteticamente sustentado em mentiras e desvios, de funções, atribuições, condutas, aplicações legais, etc.

Defesa de Lula entrega ao STF parecer de jurista contra prisão em 2ª instância - Uol 02.04

Neste contexto devemos analisar alguns fatos recentes, sinais das violências que ocorrem de forma assustadora, e em viés distintos e graves, e são exemplos que não explicam ou dão a dimensão do quadro nacional, mas servem bem para ilustrar, a violência no campo e a postura oficial dos desgovernos e autoridades, a violência contra as mulheres e por motivação política/ideologica/social, como o caso Marielle do Rio de Janeiro, ou contra diferentes como nos ataques e ameaças aos atos de Lula durante a Caravana no Sul do pais,  ou como nas violações institucionais e contra pessoas e a Constituição, até promovidas em tribunais e na mais alta corte, STF, como no caso Lula e a discussão da presunção de inocência, inclusive em meio a intimidações de ministros do tribunal.
De alguma forma todas as questões estão ligadas, e encontram motivos e razões no ativismo político no STF, na alterações de entendimento que maculam a Constituição, e as instituições, e também com o momento político conturbado, por golpes e protagonismo inadequado e não desejados de alguns que deveriam ser responsáveis e equilibrados, mas estão entregues as paixões e interesses pessoais e corporativos, não somente estes, claro.
A prisão após julgamento em 2a instância, inconstitucional, proposta e conduzida como uma espécie de resposta a morosidade dos processos, é ponto de insegurança e desequilíbrio, e causa de violações e violências, até pela postura de parte dos ministros do STF, com remendo a Constituição e manipulações, com margem a parcialidade, excessos, crimes, e uma sensação de medo ante aos desvio das instalações; no judiciário, no MP, etc. Tal fato gera divisão e tensão não apenas no STF, desencadeia atos insensatos e violências, e trás à tona uma sucessão de fatos em cadeia, como chantagens de segmentos da sociedade, poderes, corporações, como no judiciário e militares, fora da lei. A exemplo das declarações de generais muito explorada como,  "avisos" pela Globo.
Então não surpreende violência maior nas ruas, envolvendo questões politicas, sociais, e jurídicas, com excessos, omissões (como as do governo do Paraná), que não se esforçou para coibir atos agressivos contra a Caravana de Lula, ou por elucidar atentado à bala. Algo que recai sobre o governo Temer também, e ao STF e segmentos do judiciário que até de alguma forma alimentam e fomentam paixões e polarização da sociedade.

Parecido é o caso do assassinato de Marielle e Anderson no Rio de Janeiro, também por razões políticas, e que envolvem a intervenção militar que dá sinais de fracasso, ante a sua fundamentação supostamente eleitoreira e midiática, desastrosa e que desprezava direitos civis nas comunidades, como denúnciam os críticos e a própria vítima. Um atestado de que a violência generalizada não se combate apenas com armas e está fora de controle, e o exército não era a solução, apenas contribuiu para as pretensões de uns poucos no poder a um custo elevado, e com risco a imagem da instituição. A insegurança persiste! As fórmulas mágicas de governos e juízes, alguns suspeitos, e exorbitando as leis, são farsas.

MPF cobra explicações de ministro da Defesa sobre fala de general - Estadão 04.04

MARCO AURÉLIO ESCANCARA MANOBRA DE CÁRMEN LÚCIA - Brasil247 04.04

O quadro que agrava a situação não tem relação tão somente com impunidade, mas também de forma mais sensível com a manipulação do sistema jurídico pelas corporações, criando castas de iluminados como as dos juízes acima das leis, livres até para crimes, o corporativismo, a percepção de exclusão social, a falta de políticas ou insuficiência das ações sociais pelo Estado, não apenas na crise ou diante de desemprego recorde, mas inclusive pelo retrocesso na condução e enfrentamento dos problemas, fundiários, indígenas, de afirmação racial e inclusão social, também das questões sensíveis aos grupos e comunidades marginalizadas e minorias, que gera violências e mortes no campo, nas favelas e periferias, dentre outras violências, assim como a ampliação de ações das milícias, pistoleiros a serviço de ruralistas, ou a maior repressão e violência policial, com grande omissão dos governos e instituições de segurança de uma forma geral, em todos os níveis e localização geográfica (com raras exceções).

O mais difícil de aceitar, é que há uma irresponsável conduta no mais alto escalão, no Legislativo e sua atuação precificada e fora de sintonia com a sociedade, no Executivo, onde muitos afirmam que se instalou uma quadrilha, que destrói direitos dos mais humildes e se apropriam das  riquezas, beneficiando uma minoria da sociedade, elites, e não importa qual a razão, buscar correção de distorções por vias legais no Judiciário, é uma temeridade, e depende dos interesses envolvidos.

'Em termos de desgaste, a estratégia não poderia ser pior’, diz Marco Aurélio a Cármen em julgamento de Lula - Estadão 04.04

STF por meio de manobras de sua presidente, parece querer repertir o teatro que afastou Dilma e não permitiu a nomeação de Lula como ministro, com falsos argumentos, mas autorizou Temer nomear Moreira Franco, ainda que comprovadamente em situação pior e mais desabonadora que a de Lula. É esta seletividade da justiça que incomoda. Parciais!

Ministros do STF - O Cafezinho


O STF tinha a obrigação de reparar parte do mal que tem causado, o HC de Lula era uma oportunidade para restabelecer a Constituição, ainda que alguns bradem, prisão só após o trânsito julgado, a pacificação vem com o tempo e segurança jurídica, e também com as instituições e pessoas,  atendo-se aos limites de suas funções, atribuições, e deveres. Se assim não for a mais alta corte, empurra o país a um destino temerário, incerto e com um enorme potencial para violência descontrolada, e as instituições reféns de chantagens, ilegalidades, abusos e crimes, de promotores e juízes, corporações, mídias, políticos e partidos, criminosos fascistas, mercados, e mesmo militares de forças que não deveriam usar seus cargos, e "poder" constituído à frente das tropas para "coagir" outros poderes.

Vai ficar a impressão de que nossa "democracia", sucumbiu a força, ao medo e a violência?
Serão por estes meios que vai prevalecer as intenções e idéias neste país sem rumo?