sábado, 13 de novembro de 2021

Aventureiros no poder

Aproveitando a pandemia, MP de Bolsonaro reduz ainda mais direitos  trabalhistas
Paulo Guedes, Jair Bolsonaro, Arthur Lira  (Foto: Bancariosrio.org,br)

 

Este talvez fosse o título mais adequado a qualquer reportagem que trate da política no Brasil, principalmente neste momento do atual jogo do poder e das consequências de suas manobras, envolvendo não só a Câmara e o Senado Federal (este último menos responsável pelos projetos aventureiros e mais próximo de seu papel revisionista e dos freios aos descontroles da Câmara e outros poderes como o Executivo, com excessos cada vez maiores), todos participes ou de alguma forma envolvidos em episódios dantescos, repugnantes, ou de graves prejuízos sociais e ao desenvolvimento de condições de superação das muitas crises decorrentes de erros e desastres propositais, na administração e comando do país, onde cada vez mais vemos o STF demandado a correções de rumos, que nem sempre é capaz de realizar ou sinalizar, para que se ajustem os caminhos e atos dos demais envolvidos nos embróglios tupiniquins, por vezes golpistas outras tantas mirabolantes e temerários.

Contudo é por não ser tão simples o cenário político, econômico, social em meio a graves crises financeiras, de emprego, e mais ainda de miséria/fome e falta  de saúde e  boas condições sanitárias, pelo tardio enfrentamento concreto a Covid19 e outros problemas históricos e antigos, também por assumir aspectos graves quando nos referimos ao conjunto de postura deste governozinho de Bolsonaro e seus apoiadores políticos (parlamentares, celebridades, políticos fisiologistas, "religiosos", especuladores, ruralistas, empresários e banqueiros oportunistas, e outros tantos aventureiros fardados, togados ou não, atores do caos para o qual há muito nos encaminhamos), não tão somente com suas desastrosas ações políticas, e supostamente criminosas como aponta o relatório recente da CPI da Covid19 no Senado (a respeito de membros do governo, outros políticos, empresários e servidores, etc),  é que os adjetivos ruins e pejorativos nos faltam, e este título acaba por ser muito brando e inadequado as suas maldosas atitudes políticas e administrativas, com reflexos negativos em todos os seguimentos e grupos sociais.

 

Lula vai à Europa e espera contrapor imagem de isolamento de Bolsonaro no G20 - Correio Braziliense 11.11 

COP-26: a ativista indígena Txai Suruí nos representa; Bolsonaro, não... - Universa UOL coluna Andrea Dip

 

Bancada do PT no Senado fecha apoio à CPI do Orçamento Secreto - Metropoles 11.11 

CPI aprova relatório e pede punição a Bolsonaro e mais 79 por crimes na pandemia - G1 26.10 

 

Senadores dizem ao STF que governo descumpriu ordem para suspender orçamento 'secreto' - G1 12.11 

Por 8 a 2, STF suspende execução das emendas de relator... . Poder 360 10.11 

 

Não é só o valor: veja o que muda do Bolsa Família para o Auxílio Brasil ... - UOL 13.11 

Com fim do auxílio emergencial, famílias vivem incerteza do Auxílio Brasil - Agora 13.11 

Bolsonaro diz que governo não tem como pagar R$ 90 bi de precatórios e avalia que é mais difícil a PEC passar no Senado - G1 13.11 

 

Especialistas sugerem parâmetros e critérios rígidos em busca de transparência no Orçamento da União Fonte: Agência Câmara de Notícias 11.11 

Em vitória do governo e de Lira, Câmara aprova PEC dos Precatórios...  Poder360 09.11 

Lira pede união depois de Paulo Guedes topar furar teto por programa social...  Poder360 22.10 

 

Imunização contra Covid19 gera segurança para 75% de brasileiros - Tribuna de Jundiaí 12.11

 

Fazendo um apanhado dos fatos mais recentes, tais como:

- termos superado em muitos o número de 600 mil mortos por Covid19 (cuja uma nova onda já atinge países na Europa, e no Brasil apesar dos números em queda, mata muitos), e problemas persistem e com denuncias de corrupção na negociação das vacinas pela turma de Bolsonaro, também protagonistas de tantas outras mortes por falta de oxigênio em Manaus e outras partes no Norte, responsáveis pelo abandono do meio ambiente e da Amazônia, algo politicamente orquestrado e apoiado em aventuras e crimes, que expõem o Brasil aos olhos do mundo (e por algumas iniciativas louváveis, pessoais ou  institucionais, de outros importantes atores brasileiros, evitou-se danos ainda maiores ao nosso povo e nossa imagem);

- o fim do programa Bolsa Família, com a criação de uma proposta eleitoreira sem recursos certos e com prazo previsto para um ano apenas, o Auxílio Brasil, que para sair do papel necessita de uma engenharia financeira, que gera calotes aos recebedores de ações judiciais (com a postergação de pagamentos dos precatórios), descumprimento de decisões judiciais a partir dos votos de deputados sedentos por dinheiro para suas aventuras políticas e pessoais, a um projeto que compromete o teto de gastos públicos e beira a irresponsabilidade total;

- a recente decisão do STF, com votos da maioria dos ministros, que aponta flagrantes abusos no chamado "orçamento secreto", ou "emendas do relator", uma farra com dinheiro público aberta a negociações sobre as quais não se tem controle, nem a menor transparência, e serviriam para comprar bases políticas de voto como as do Centrão, onde não faltam denuncia de fisiologistas aventureiros em políticas de toma lá e dá cá, que muito prejuízo tem criado ao povo, para que governos desastrosos como os de Bolsonaro, governem com maiorias compradas, ao que parece como as que Arthur Lira e Ricardo Barros na Câmara tem se esforçado para assegurar, é o que se entende a partir das recentes votações e decisões políticas contestadas na justiça.

 

Dia 15 de novembro próximo, nos parece que enquanto república temos pouco a celebrar,  cada vez mais nos parecemos com uma "república das bananas" em todos os aspectos ruins que o termo representa, de instabilidades e desgoverno especialmente, com aventureiros no poder brincando com o povo, nossas leis, nossos fundamentos e bases sociais, tudo por dinheiro e poder ou prestígio pessoal e sem escrúpulos, comprometendo o nosso futuro como nação, e como nosso povo é visto mundo à fora.

O Brasil tem uma vocação maior, precisa de lideranças e governos, e um conjunto de forças e setores comprometido de fato com o bem da sociedade, com justiça social, rumo a um futuro maior e grandioso sem a política mesquinha e perigosa dos interesses e ações aventureiras e criminosas como as de hoje, presentes em todas as esferas de poder e em muitos segmentos sociais de forma mais ou menos intensa. 

Viva a República Federativa do Brasil! Viva o Brasil!  Viva o povo brasileiro!