quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Caos e baderna, um cenário real

Sem exageros, temos vivenciado situações muito ruins, em todas as frentes, em pontos importantes da nossa estrutura social, política e econômica, principalmente, e isso está evidente em muitas das nossas publicações, numa evolução e ritmo acelerado, desde o governo Temer, e especialmente agora no governo Bolsonaro.

China tem 909 mortes por coronavírus e atinge recorde em 1 dia; nº de novos casos se estabiliza - G1 10.02.2020

Trump retira privilégios comerciais do Brasil - Conversa Afiada 10.02.2020

EUA e Irã: Entenda quem é quem na crise - G1 06.01.2020


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Reprodução das Redes Sociais/Conversa Afiada
 

E pouco tem haver com o cenário internacional, a guerra comercial envolvendo China e EUA, o desaquecimento da economia mundial, os recentes conflitos na Ásia, como os que levaram Irã e EUA as vias de fato (em menor escala), a questão Líbia, Síria e Israel, com efeitos sobre os mercados internacionais, e o comércio de petróleo e seus derivados, ou a instabilidade nas moedas e elevação da cotação do grama do ouro (em forte expansão), nem muito menos com a epidemia do Novo Coranavírus que atinge a China.







Na verdade, alguns destes eventos, poderiam beneficiar o Brasil, significativamente, não fossem erros e posturas contrárias aos interesses desenvolvimentistas e sustentáveis, para um economia forte em nosso país. Graças a ações desastrosas e potencialmente lesivas do governo Bolsonaro, seja por posições estratégicas que ferem o modelo de nação e povo soberano, até bem pouco vistos no governo Lula (sobre maneira), ou por posições e ações que tem inviabilizado nossa produção industrial, nossas exportações de produtos com valor agregado, "substituídas" por exportações de commodities, perda de garantias e mercados nos cenários internacionais (como as da OMC, por exigências de Trump), além da redução drástica da participação de capital público ou privado, em grandes e importantes empresas nacionais, e na exploração de fontes de riquezas naturais, minérios, petróleo, fontes de energias, e muitos outros importantes polos, cada  vez mais nas mãos de estrangeiros, com transferências de recursos e lucros para potências internacionais como os EUA. Para não citar as posições econômicas que interessam aos mercados de capitais e a especulação financeira, que fazem nossa moeda despencar em relação ao Dólar e drenam nossas reservas internacionais.






São muitos fatos e evidências de uma verdadeira baderna na administração do Estado, que conduzem o Brasil para situações caóticas, deixando reais, comuns e mais frequentes, atos criminosos danosos, destrutivos, no âmbito do meio ambiente, políticas sociais e de proteção de minorias, eventos de violência contra grupos sociais diversos, comunidades carentes, pobres, indígenas, negros e comunidade quilombolas, camponeses e trabalhadores simples, mas também presentes nas estruturas de nossas instituições, fortemente atingidas, negativa e perigosamente, a ponto de ameaçar as próprias instituições, nossas leis, os sistemas jurídicos, políticos e sociais, nossa democracia, e nosso futuro e das próximas gerações.

Há muitos eventos a mencionar, mas não é possível numa única publicação, por isso destacamos alguns, que entendemos serem destacados e muito comprometedores ao nosso povo. Dentre eles:


Cada vez mais, há situações que ratificam essa percepção, que no atual governo é mais presente. E a omissão do governo (como na ausência do capitão Adriano, ex-Bope RJ, na lista de criminosos mais procurados nacionalmente, do ministro da  Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, em recente divulgação, criticada por parte da imprensa), quanto a adequada atuação em relação ao problema, é a maior demonstração da influência e dos interesses dos milicianos, uma vez que é mais frequente nas atitudes de representantes do governo, que favorecem tais grupos, ainda que indiretamente, como ocorreu no episódio do indulto natalino concedido pelo presidente Bolsonaro, que de alguma forma desautorizou a ação de policiais que atuam por critérios corretos e legais, sendo um precedente ruim, como algumas de suas declarações públicas sobre o tema das milícias, e ações destes grupos, em alguns momentos "elogiados".

Queiroz é obra de Jair Bolsonaro, não de Flávio... - UOL 19.12.2019 

O caso Queiroz, "amigo" dos Bolsonaros, suspeito de laranja e responsável por lavagem de dinheiro, e do suposto esquema de "rachadinhas", que envolve também o atual senador Flávio Bolsonaro, o filho número 1.

Até o presente momento as autoridades do Rio, não conseguiram por a mão em Queiroz, e não puderam obter mais informações sobre suas relações, seja com os Bolsonaros, seja com as milícia, a exemplo do seu envolvimento com o ex-assessor de Flávio, o chefe da milícia da Muzema e regiões próximas, o capitão Adriano, que além de crimes tinha supostamente participado das "rachadinhas".  
Não para por aí os esquemas e os crimes, ou o envolvimento dos milicianos, políticos, membros do estado, e outros, que extrapolam o Rio de Janeiro, ou as relações com o PSL e os Bolsonaros, como são ditas pela imprensa, e já contaminam diversas instituições e estados. Alguns dos citados juntamente com os apontados como assassinos da vereadora do PSOL, Marielle Franco, os ex-policiais e milicianos, Ronnie Lessa e Elcio Queiroz, que seriam cúmplices do Capitão Adriano, ligado a Queiroz e Flávio Bolsonaro, e que até bem pouco era uma potencial ameaça, pelas informações que poderia revelar, mas "coincidentemente" ou como citam alguns meios, "oportunamente" foi morto numa ação policial na Bahia, ao reagir a voz de prisão, enquanto estava escondido num sítio do vereador, o Gilsinho do PSL. Fatos que demonstram a amplitude das ações criminosas e dos riscos, para os quais, as atitudes e ações de alguns agentes e instituições, ou do ministro Sérgio Moro e do presidente Bolsonaro, em nada servem para tranquilizar a sociedade brasileira. 

Miliciano Adriano da Nóbrega soube de operação para capturá-lo na véspera - Correio 24 Horas 11.02.2020

Cenário de fuga e morte de miliciano ligado a Flávio traz dúvidas sobre apoios e ação policial - Folha UOL 11.02.2020

Muita coisa precisa ser esclarecida, o envolvimento do PSL e milicianos, a suposta rede de proteção ao miliciano Adriano Nóbrega, sua passagem nas propriedade do Gilsinho de Dedé, ou na fazenda de Leandro Abreu Guimarães em Esplanada BA, proprietário do Parque Gilton Guimarães, localizado no KM 1 da BR-101 nº 9999, destinado a vaquejadas, registrado sob o CNPJ 07.705.761/0001-05 em 26.09.2005, e os contatos realizados por Leandro, por celular (71) ....-3844 ou ......mguimaraes@hotmail.

Miliciano ligado a Flávio estava em sítio de vereador do PSL; veja vídeo do local após ação - Folha UOL 09.02.2020 

Flávio Bolsonaro, Adriano Nóbrega, e Queiroz  (reproduzido do Hora do Povo)
Excluído da lista de procurados, Adriano Nóbrega é morto na Bahia - Hora do Povo 09.02


Elos e pontas soltos estão em destaque no caso da morte de Adriano Nóbrega, na ação policial na Bahia, assim como nas ligações do miliciano com supostos colaboradores, e pessoas que estão em meio as fugas e nos muitos esconderijos que usou na Bahia, na locação de carros, na infraestrutura e logística que usava. Um dos elos a esclarecer relacionado ao pecuarista Leandro Guimarães, é o seu envolvimento com o Adriano. 

Algo chama a atenção, e vamos revelar em primeira mão, para deixar como ponto de interrogação, fatos que podem ser importantes (ou apenas uma coincidência), informações públicas que estão relacionadas ao processo de abertura do Parque Gilton Guimarães, um exemplo é o e-mail (que citamos parcialmente  para evitar neste momento exposições desnecessárias), informado como de contato com a empresa do Leandro. O mesmo e-mail aparece em dados cadastrais de mais de uma dezena de empresas abertas na Bahia, nos últimos anos, e vão desde imobiliária a locadoras de carros (o que é importante ser verificado), precisando determinar qual a relação, e verificar os muitos telefones, se há outras relações e negócios em comum, e se há alguma ligação a mais com o Leandro, com o Adriano, ou outros nomes do Rio de Janeiro, ou algum sob investigação, até para referendar a suposta condição de vítima, relatada por Leandro Abreu Guimarães. A  ligação comum a muitos nomes empresariais e empresários, pode ser mais uma coincidência a esclarecer, e os dados podem ser verificados com os interessados, ou em uma breve busca de informações públicas.  

Nós vamos aprofundar algumas verificações, antes de novas revelações obtidas, ressalvando que são no momento pontas soltas, fatos que precisam ser melhor compreendidos e devem ser averiguados por outros. 

Mas ainda assim, retomando o raciocínio. É preciso deixar a clara a forma como terminou uma operação, que se fosse bem planejada e com propósito de prender o miliciano, deveria realizar um cerco até forçar a rendição por desgaste, ou convencimento mediante argumentação e controle da situação.

Também as relações com o caso Marielle, e suspeitas contra os Bolsonaros e esquemas de apropriação de milhões, ainda que esforços para afastar a família do presidente sejam nítidos, até com laudos periciais recentes, mas que não explicam o fato de suas ligações com suspeitos, como Ronnie Lessa, ou de Bolsonaro ter acesso indevido aos registros telefônicos do condomínio, referentes a investigação do caso Marielle, onde agora se aponta a voz de outro porteiro (e não o aquele que apontava seu Jair, como interlocutor) na ligação que seria para o miliciano Ronnie Lessa, citado pela polícia, como a pessoa que autorizou a entrada de outro miliciano também suspeito do assassinato. São muitas as coincidências e falhas.


O comportamento criminoso da Polícia

Violência policial e desmate avançam na esteira de declarações de Bolsonaro - Folha UOL 09.08.2019

O que temos assistido em cenas divulgadas em mídias, especialmente sociais, é algo espantoso e muito grave, tais como ataques públicos, e espancamentos absurdos promovidos por autoridades policiais que em atos de extrema violência  contra cidadães simples, são evidentes, intensos e muitas vezes trágicos.

Caso Paraisópolis ainda não está encerrado - Época 11.02.2020

Witzel e gringos miram a sua cabecinha - The Intercept Brasil 27.01.2020

Não são fatos isolados, as instituições mostram debilidades sérias e espectros de discriminação, exclusão social e tendências "ideológicas", reforçadas por declarações e gestos desastrosos de alguns superiores, ou referências políticas e sociais, mesmo governantes como o governador Witzel do RJ, ou presidente Bolsonaro, seus filhos, ou alguns de seus ministros, com atos de incentivo a violência policial, desrespeito a direitos ou leis, por meio de menosprezo, contestações, e muitas outras ações, que fazem, com que agentes, autoridades, policiais, militares, e mesmo oficiais responsáveis por segurança pública, se desviem e cometam sérios delitos e crimes, como se fosse algo natural e tolerável, e em alguns casos "justificáveis" e impunes.

Bolsonaro encaminha ao Congresso projeto que amplia excludente de ilicitude - Consultor Jurídico 21.11.2019

Bolsonaro 'dá sinal verde' para policiais matarem e desmatadores, diz presidente da organização Human Rights Watch - G1 16.10.2019

O excludente de ilicitude, proposto por Sérgio Moro e Bolsonaro, defendido pela bancada da bala, e desejado por alguns, chega a ser criminoso, se avaliarmos os índices de letalidade das policias brasileiras.  Casos como as mortes de jovens em Paraisópolis, numa ação policial, não podem continuar a ser ignorados.



Para além dos eventos da Lava Jato, com o MPF e procuradores envolvidos em alguns dos casos e denúncias de corrupção, cuja as atuações tem sido cobradas por excessos e desvios, supostamente por interesses políticos e parcialidade na aplicação das leis.  Algo cada vez mais presente em defesas de acusados, que alegam perseguições, e serem vítimas de denúncias frágeis ou falsas, que parecem mesmo ser plausíveis.  No mínimo, o protagonismo de alguns agentes públicos, parece ser mais importante, que o devido processo legal, ou o compromisso institucional que os agentes públicos deveriam ter, como destacam algumas mídias, especialistas em segurança e direitos humanos, e juristas renomados.

A naturalização do estado policial... - Veja mais em https://comissaoarns.blogosfera.uol.com.br 24.10.2019

Um papel crítico é o das policias, usadas em conflitos e ações contra representantes da sociedade civil, sindicatos, organizações sociais e defesa de minorias, e representações de índios e camponeses, vítimas de processos e acusações infundadas, e ataques violentos em prol de interesses de segmentos poderosos. 

Em meio a mal-estar com Fux, Toffoli cobra previsibilidade e confiança no Judiciário - Folha UOL 03.02.2020

DPU pede que Toffoli revogue decisão de Fux sobre juiz das garantias - Correio Braziliense 31.01.2020

Nas decisões e ações de tribunais como o TRF4, STJ e STF, há segundo alguns, um reforço ao "Estado Policial", com restrições a garantias e direitos sociais, senão como posição majoritária, mas fortemente evidente, com distorções e atos que comprometem direitos consagrados pela Constituição, também, a exemplo dos julgamentos da prisão após decisão em segunda instância, ou  nos recentes embates sobre a figura do juiz das garantias, criado por decisão legislativa, para assegurar processos mais justos, e que tem sido alvo do corporativismo de associações de juízes, ou outros grupos conservadores. Foi marcante o fato do ministro do STF, Luiz Fux, cassar uma recente decisão do ministro Dias Toffoli, favorável a implementação do juiz de garantias, num aparente fla x flu do STF, e em "socorro" de Sérgio Moro.

Lula diz que "lava jato" deu prejuízo de R$ 142 bi e quase destruiu o Brasil. - Conjur 08.02.2020

Com Bolsonaro, já são 2.500 militares em postos de chefia no governo - Brasil 247 14.10.2019

Com uma ostensiva participação de militares na administração Bolsonaro, como que avalizando tudo que vem do governo, e uma forte atuação de alguns grupos como a Lava Jato, com atores descolados dos princípios das instituições as quais estão vinculados os membros da operação, como alegam vozes de prestígio, que chamam a atenção para ações irresponsáveis de alguns protagonistas, e o crescimento de grupos sociais, que parecem mais legiões de fanáticos, como alguns grupos religiosos ligados a denominações polêmicas, são como reais ameaças ao nosso sistema democrático, em choque e em meio a conflitos claros.


Conflitos sociais em expansão


Ataques liberais, mais um capítulo triste que vamos abordar em breve.


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