terça-feira, 17 de junho de 2025

Uma guerra, muitas mentiras.

Ninguém em sua sã consciência defenderá que há justiça e direito legal em promover a morte de inocentes, algo inimaginável para quem tem uma forma de pensar verdadeira, alicerçada em valores universais e humanos, com o mínimo de inteligência e honestidade ou caráter, e respeito.

Contudo neste novo capítulo do show de horrores que Israel e seu líder Netanyahu tem protagonizado há algum tempo, tudo é possível, não só para os interesses dos judeus, mas para muitos outros no mundo que seguem líderes igualmente desprezíveis como Netanyahu, Trump, e outros na Europa, a exemplo do chanceler alemão Merz, onde tudo justificam e aceitam como justo, no que se refere aos muitos crimes praticados pelos israelenses, inclusive, crimes de genocídio em Gaza.


Israel arrasta EUA para guerra com o Irã - CNN 17.06

No G7 Lula condena ataque de Israel ao Irã e diz que há vácuo de liderança global - Carta Capital 17.06

Como Israel e EUA fabricaram falsa crise com Irã que pode resultar em guerra generalizada - Opera Mundi 14.06


Esta política de "afirmação" pela violência e pela força, com uso de meios poderosos disponibilizados por cúmplices aliados, que também lhes garantem apoios irrestritos e diversos, não é recente e fez do Oriente Médio, palco de muitas mortes, destruição e guerras, amparados também em versões e narrativas manipuladas e mentirosas, que servem como pano de fundo para atrocidades, que fazem parte dos planos e interesses, geopolíticos, econômicos, sociais e de dominação e submissão de povos e nações, praticados com mais frequência em períodos recentes, por Israel, que funciona como um enclave armado na Ásia, com objetivos delegado e a serviço dos Estados Unidos e parte da Europa, nos moldes próximos aos ideais dos antigos impérios ocidentais, com suas condutas sob colônias de exploração e palco de inúmeras atrocidades.  O que acontece na região é algo terrível e que depõem contra a hipocrisia ocidental, que tudo permite a Israel em termos de crimes e transgressões, concretizadas sobre pretexto de direito de autodefesa, ou ações  preventivas,  forjando argumentos e situações, que no fundo só sevem aos propósitos mesquinhos de alguns.


Perdeu a vergonha: declaração infame do chancelar alemão sobre ataque ao Irã - Fórum 17.06

Video: Guga Chacra detona embaixador de Israel internautas denunciam censura da Globo - Revista Fórum 17.06


Em outros momentos estes comportamentos já se evidenciaram em intervenções mortíferas e desastrosas, para povos e países alvos das cobiças e violências de uns que se consideram inatingíveis, e palmatória do mundo, estando acima do ordenamento legal, do direto a vida e ao respeito que deveria se ter por pessoas e pela autodeterminação e soberania das nações. Foi assim que se deu a intervenção na Líbia, que jogou o país no çaos e nas mãos grupos radicais que destroem o país, tudo  a pretexto de livra-la de um ditador, ou como no Iraque, hoje mergulhado em conflitos internos e divisões, após duas guerras do golfo e ser destruído pelos americanos e aliados, que também se apropriam de suas riquezas e do petróleo que produzem, com uma desculpa mentirosa, destruir armas de destruição em massa (e químicas) que não existiam e libertar o povo. O que se viu mais tarde foi algo pior do que antes das intervenções ocidentais.


Israel, vitórias amargas. - Foco BRASIL - 06.10.24


Em Gaza e outras áreas da Palestina os israelenses, destroem infraestrutura civis, expulsam pessoas de seus lares e submetem a população a violência, fome, miséria e doenças, roubam suas terras e seus bens, e já mataram mais de 50 mil palestinos, com a falsa pretensão de autodefesa, contra crianças e mulheres desarmadas, num crime de genocídio em curso, com armas e apoio americano, italiano, alemão e de outros que garantem a impunidade.


Trump espalhando o caos - Foco BRASIL 21.01


Fatos e aberrações que depõem contra a ordem mundial vigente, e mostram que vale o que desejam os poderosos e os que não se submetem a eles, não estão com o direito a existência e soberana, bem como as vidas asseguradas. Numa lógica que transforma alvos e vítimas culpadas pela destruição e mortes que lhes são impostas, dentre outras coisas por não serem democracias, como as ocidentais, e isso é motivo de serem ameaças a se combater e destruir. Como se a democracia americana fosse algo a copiar, a exemplo do que faz Trump prometendo anexar o Canadá, tomar o Canal do Panamá e a Groelândia, e no passado apoiando ditadura militares na América do Sul.


A falta que os Estados Unidos fazem, sozinho Israel sofre perdas - VEJA 16.06

Banho de sangue, Israel bombardeia prédio residencial no Irã mata 60 civis incluindo 20 crianças - Revista Fórum 14.06




Desde o último dia 13 de junho, uma nova etapa da tragédia que se abate sobre populações mulçumanas vem ocorrendo, com falsos argumentos, Israel atacou sem avisos o Irã, levando morte e destruição a população da capital Teerã, alvo de intensos bombardeios e desencadeando uma resposta com mísseis iranianos, que desde então se repetem em sucessivos ataques mútuos. O saldo é até o momento de 224 mortos e mais de 1 mil feridos no Irã, entre eles autoridades militares e cientistas iranianos, além de civis (algumas crianças), e no lado israelense 24 mortos e cerca de 600 feridos, com destruição de edificações civis e militares e equipamentos bélicos de ambos os lados, segundo relatos oficiais de uma forma mais acentuada no Irã, e em instalações nucleares.


Síria acusa Israel de querer desestabiliza-la após ataques mortais - GZH 02.04


Guerra no Iraque uma mentira e suas longas consequências - Brasil de Fato 20.03.2023


Israel alega que o Irã estava usando instalações para desenvolver armas nucleares, mas o Irã há décadas nega, e Netanyahu (com ordem de prisão pelo Tribunal Penal Internacional, por crimes de genocídio), acusa os iranianos de serem desistabilizador e uma ameaça a Israel e a região, também por não se submeter a um acordo de controle de armas nucleares. Estranhamente é Israel que dispõem de um arsenal com armas nucleares e cerca de 200 ogivas estimadas, nunca se submeteu a acordo ou inspeções internacionais e se destaca por inúmeras ações violentas e ataques ao Líbano, Iraque, Síria e a Palestina, incendiando a região nos últimos meses e espalhando mortes, sem que  sejam cobradas as responsabilidades.


Rússia diz que ataques israelenses ao Irã são ilegais - CNN 17.06


O que se vê é resultado da falência da ordem mundial vigente, e um exercício criminoso e intenso do poder pela violência, para sustentar um status e interesses geopolíticos predominantemente ocidental onde Israel apesar de estar no Oriente, se destaca como representação destes interesses, e ator coadjuvante no cenário das disputas de potências, para ter migalhas sobre à mesa como recompensa pelo seu papel belicoso exarcebado. O resultado pode até ser favorável a Israel e EUA, mas não será sem surpresas no curso atual, incertezas futuras, e sem resistência heróica iraniana, que pode obscurecer vitórias de seus algozes, e gerar mais descrédito no papel dos americanos no tabuleiro mundial, e estimular outros países a buscar alianças e instrumentos, inclusive belicoso, para não se tornarem a bola da vez no futuro.

Há uma possibilidade concreta e iminente de americanos irem em defesa de Israel, e ainda que subjulguem os iranianos, não sejam os vencedores da forma e extensão que planejaram. Essa guerra, é mais uma alicerçada em mentiras e o propósito é de submeter quem não afina com objetivos de prepotentes potências, em declínio, e sem condições de manter seu status livre de contestação e conflitos por muito mais tempo. O multilateralismo virá e o Oriente Médio não permanecerá refém nem sob tutela e exploração!