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| Chacina na Vila Cruzeiro, Rio de Janeiro - foto BdF |
As cenas injustificadas de corpos perfilados nas ruas na comunidade da Penha (Vila Cruzeiro), no Rio de Janeiro, é algo chocante, e que falam por si, dão testemunho da falência do Estado Carioca sob o comando de Cláudio Castro e seus secretários, e o quanto é distorcido e criminoso o seu governo, com o conceito de Justiça e Segurança Pública aquém do que é necessário ou esperado pelo povo, e que para este incompetente e outros governos sob a liderança da extrema direita e de políticos de partidos como o do governador, a exemplo do PL, onde não faltam denúncias de envolvidos em ilicitudes, se restringe a matar indiscriminadamente, impor pressão e pânico as populações, e transformam governos em fonte de ganhos pessoais, com práticas e políticas que não resolvem os problemas e agravam a percepção de abandono da sociedade, de medo e insegurança, de injustiças, onde as preocupações dos governantes estão limitadas aos interesses eleitorais e a sua perpetuação no poder, com ações absurdas como a operação desastrosa do último dia 28, até a revelia das leis e normas de condutas, ou do que já tinha preconizado o STF para proteger os moradores de comunidades, das ações mal planejadas e mortais, onde estes só tem a perder, inclusive além do futuro, a própria vida.
Sim, corpos nas ruas falam mais do que nós pensamos, e testemunham as práticas violentas de forças policiais e dos governos despreparados, ou que se concentram em transformar situações de riscos, crimes e de mortes, em algo lucrativo para eles e políticos inescrupulosos, com seus apoios e esquemas criminosos, ou frutos econômicos e eleitoreiros que lhes garantem poder e a continuidade dos ciclos de crimes, onde prevalecem o mal uso do dinheiro público, desvios, favorecimentos, cumplicidades e relações promíscuas com criminosos, corrupção, propinas ou arregos, e políticas de ódio e segregação, com o Estado longe do seu papel institucional, e os governos com soluções "fáceis" e violentas, usando a morte de policiais e cidadãos, provocadas inclusive por despreparo ou falta de apoio, e como instrumentos de "negociações escusas" ou punições capitais, execuções indiscriminadas, que tentam encobrir ou mascarar, como efeitos ou danos colaterais, ou produzindo bandidos a esmo (até quando não são), taxando todos que são mortos como criminosos, para ocultar suas falhas, omissões, ou ações ilegais e criminosas, como se fossem legais ou normais, os assassinatos de 29, ou 121 pessoas, bandidos ou não, pelos desvios ou descontrole e ausência de conduta adequada das forças de segurança e do governo durante as operações ocasionais, algo que pessoas ligadas a ele e o próprio Cláudio Castro tentam validar.
Há declarações de secretários dizendo que vai investigar parentes, por suposta fraudes processuais, segundo eles por tirarem as roupas dos cadáveres, mas eles não falam nem acham anormal, policiais estarem sem câmeras corporais funcionando, ou os corpos abandonados a esmo, sem cuidados para recolhimento digno e legal, nem muito menos corpos sem cabeça e nem um único tiro, corpos amarrados e com tiros na nuca, ou braços e pernas arrancados, ou como declaram alguns, com cortes precisos ao longo do corpo expondo a espinha dorsal, fatos que indicam que não foram mortos em combate, foram executados e podem ter sido alvo de crueldades antes ou depois de mortos, isso o comando da operação não explica e não diz se é legal, sabemos que não é, é cruel e muito desumano, é uma ação grave e criminosa, que precisamos esclarecer e o IML e perícias produzirem informações corretas para apurações.
Mãe de policial morto em massacre culpa Cláudio Castro: “Aquele infeliz” - DCM 31.10.2025
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| Reprodução do sítio do DCM |
Não são apenas 4 vítimas como insiste o governador e os seus cúmplices, comunidade e corpos e feridos em hospitais, afirmam isto, não são só os policiais, e como bem lembrou uma das mães que perdeu um filho, por responsabilidade do Cláudio Castro, ao dizer que seu filho estava a apenas 40 dias como policial, e foi mandado para ser morto numa operação sem cuidados, com objetivos dúbios ou pouco consistentes, sem preparo ou apoio necessário, sem que sequer fossem justificados o planejamento e ações ou riscos inerentes, e que descambou num trágico episódio de barbárie, descontrole e "vingança", com denúncias de execuções de pessoas detidas e alvejadas depois de algemadas, alvos aleatórios de franco atiradores, e até decapitação (caso do Yago Ravel Rodrigues, motoboy, sem nenhuma marca de tiro), ou até retiradas de partes de corpos, ações com requintes se sadismo e crueldade absurda, além de outros métodos de emboscada e assassinatos no mato, algo inimaginável, sem clareza das atitudes e condutas de policiais e comandantes, que não tinham suas câmeras pessoais ativas, convenientemente, e abandonaram corpos amarrados ou não dentro do matagal, evidenciando que não era para fazer prisioneiros, ou atingir os objetivos que declaram no início da triste operação, esquecendo as responsabilidades e protocolos exigidos em Lei como obrigações do Estado a serem esperadas e cumpridas.
Internautas compartilham fotos de Castro com TH Jóias, ligado ao CV - Poder360 29.10.2025
Reportagem da ‘Economist’ destaca conexões dos Bolsonaro com milicianos | VEJA - 30.05.2019
Além de mais de 121 corpos, com ou sem ferimentos de projeteis, dentro ou nos arredores das comunidades, há toda uma população vitimada e aterrorizada, por bandidos e pelas forças de segurança, que muitas vezes e em vários momentos não se consegue perceber como diferentes dos bandidos e criminosos que deveriam combater. Vídeos e denuncias atestam que houve desvios graves na condução do dito conflito, deputado de direita, Otoni de Paula, tem publicado sérias acusações, até de inocentes baleados, um deles no rosto num veículo com seus familiares, e que após a infeliz ação violenta dos policiais, estes conduziram o carro da vítima para outro local e até plantaram uma arma para incriminar a vítima. Algo absurdo, como as afirmações do governador, que ignora possíveis delitos, usa os acontecimentos para vender uma imagem política falsa, de atuação e compromisso com a segurança da sociedade, que não tem e não demonstrou em seu mandato, tendo muitas vezes sido associados a suspeitos como ex deputado TH Jóias, apontado como vinculado a líderes do Comando Vermelho, só para citar, ou outros vinculados a Flávio Bolsonaro e investigações em curso, relativas a facções.
O que diz o governador e alguns secretários possíveis futuros candidatos, ofende à todos e as instituições, "a operação foi um sucesso", "somem ou sumam", "eram todos bandidos", "só há quatro vítimas", "não recebemos apoio do governo federal", "não era nossa intenção matar", ou quando tentam fazer valer, a política de ódio associando a população aos criminosos, marginalizando todos, alimentando mentiras nas redes e nas mídias, e visões equivocadas de soluções, como as cristalizadas pelos extremistas de direita, "tem que matar todos", "bandido bom é bandido morto", "na favela ninguém presta", "a esquerda protege bandidos", "o governo Lula protege bandidos", "não foi chacina, foi limpeza", são tantas manifestações de ódio e ataques gratuitos, que se assemelham ao que foi adotado como estratégia no governo Bolsonaro, em sua necropolítica durante a Covid, e em meio as suas liberações descontroladas de vendas de armas e munições, proliferação de CACS e das armas de grosso calibre, que hoje inundam o Rio de Janeiro e estão também em mãos de milicianos, sempre nas redondezas dos governos de direita como o do Rio. Parafraseando os inomináveis bolsonaristas, cadê a polícia para fazer a limpeza dos poderosos, ou dos sujos na Guanabara, não tem, a "limpeza" parece ter conotação étnica e social (contra comunidades) , pois são tão "sujos" quanto os que foram mortos (isso é uma ironia, não o nosso pensamento, uma provocação), pois entre quem comandou ou puxou o gatilho há quem arregos, quem recebeu propinas e forneceu proteção, ou os que realizam vazamentos, lucram com seus cargos, e se ficou uma coisa estranhamente clara, na Contenção, foi a motivação também, em frear com uso do efetivo, o avanço do CV sobre áreas de milicianos (que segundo informações dominam 60% das áreas no Rio, e sofrem ataques, na campanha de expansão criminosa), é o Estado protegendo bandidos com relação com os quartéis e ex-policiais que exploram comunidades com intensidade.
Os fatos e muitas evidências anteriores e posteriores ao dia 28, contradizem e desmentem, versões do governo de Cláudio Castro, e seus verbetes, suas frases de efeito e ideologia, mostrando ilegalidades e mentiras criminosas que tem como resultados, dezenas de mortes e todas as danosas consequências do que ocorreu no Alemão. Não prendeu nenhum nome de peso da facção CV, pois o Rio de novo em meio ao caos e ao medo, a matança não pacificou a região ou acabou com o poder dos criminosos, e transformou outra vez a polícia em motivo de revolta nas populações das comunidades, não apreendeu integrantes citados no documento de solicitação de liberação da operação, não levou a ocupação duradoura da região sob domínio do tráfico, não apreendeu quantidade de drogas ou armas, maior é mais significativas que já realizadas por outros órgãos federais como a PF e PRF durante o governo Lula, sem uma única morte ou violência desnecessária, e muito menos a operação desastrosa de Castro, serviu para enfraquecer os poderosos e suas estruturas de financiamento e poder, pois a citada ação sequer atingiu algo de fato valioso para o CV.
Dono de clube de tiro e de loja de armas: o principal fornecedor do arsenal do CV - DCM 31.10.2025
PF terá postura 'vigilante' com forças do Rio e tocará apuração própria… - UOL 31.10.2025
A operação foi desastrosa! A verdade é, o uso de violência desmedida e ruim para sociedade, onde um Estado que se omite ou pratica atos que mantém o crime, adota por solução escolher alguns para matar, numa mensagem que pode externar tirania, irracionalidade, e trazer mais injustiças e riscos para todos, para as forças de segurança também, além de graves desvios como práticas normais, amplificando a letalidade desta e a forma de projeção da força desproporcional, negativa como no que ocorreu na Penha, e não explicam a falência de um governo corrupto e ineficiente, que mata para ter lucros, ganhos eleitorais, vistos nos atos do Castro e de apoio dos governadores de São Paulo, Santa Catarina, Goiás, por exemplo, alguns deles responsáveis por políticas de segurança e episódios lamentáveis, e que assim como no Rio, se opuseram, foram contra as mudanças necessárias que o governo Lula tem proposto para fortalecer a segurança, com a PEC que cria o Sistema Único de Segurança Pública, dando mais poder e meios as polícias, com papel mais efetivo da União, mais inteligência e informações, para ações efetivas e coordenadas de combate ao crime organizado, algo que especialistas e juristas vêem como necessário e oportuno, e a direita se opõem por desejar manter o estado de coisa vigente, que serve para sustentar políticos ruins, com suas bravatas, esquemas, e atos de puro terror, que fazem as populações reféns como de outros bandidos que as mantém sobre ameaças constantes.
Operação: Defensoria do Rio quer fazer laudos paralelos dos corpos | Agência Brasil 31.10.2025
Agora que surgem informações das perícias do IML, e técnicas, fica claro o distanciamento entre os objetivos e os eventos ocorridos, assim como das alegações do governo, e a necessidade de acompanhamento das perícias pelos que podem representar as famílias dos mortos, e representantes da sociedade na ADPF junto ao STF, até em face da postura desrespeitosa de Castro que ignorou limites legais, e precisa ser cobrado por isso, que juntamente com as evidências de falsear isolamento, e não colaborar para ações de combate ao crime organizado, até tentando liberar navios que foram apreendidos pela PF e Receita Federal, com milhões de litros de metanol irregulares, usados para atividades ilegais que financiam organizações criminosas, facções, e que dão poder aos chefões inatingíveis que não estão em favelas e bancam ou apoiam projetos políticos também no Rio, e supostamente de pessoas ligadas ao governador, desmascaram e expõem os propósitos reais de Cláudio Castro e seu estado maior.
Lula envia "PL Antifacção" ao Congresso após reunião com ministros. - Fórum 31.10.2025
PF prende lideranças do Comando Vermelho em operação em PA e SC - UOL 31.10.2025
Soluções como a tal operação Contenção, parece mais um pesadelo, um paredão de execuções, e não tirou das mãos dos bandidos os cercas de 2.000 fuzis que as autoridades acreditam está em seu poder, não fez avanços para impedir a oferta de drogas, não prendeu os cabeças do organização no Rio, nem atingiu os seus fornecedores de recursos, armas e proteção ocultos na sociedade, no Estado ou no governo, e não simboliza o que a população precisa para ter direito a paz. Não é uma resposta aceitável, e nem permitem ao governador dispensar as ações propostas pelo governo federal e a necessidade de colaboração mútua, sob o risco maior de se repetirem sem dar segurança ao povo, ao Rio, ou outros estados e no Brasil.
Defender o respeito as leis e um Estado atuante, que não se transforme em uma tirania, ou venha a ser usado para interesses pessoais, corrompidos e que oprimem a sociedade, não é defender bandidos, é cuidar para que governantes e quem deve nos proteger, não seja igualmente criminosos, e nos façam ainda mais vítimas de suas ações ilegais! É valorizar ações policiais como as que tem sido feitas pela PF, com profissionalismo e segurança, sem mortes, e com muita eficiência e eficácia, a bem do Brasil. É construir um futuro melhor sob a luz da justiça e as bençãos da paz. Sendo dever nosso, zelar e lutar para que os acontecimentos do dia 28 não se multipliquem, e haja punições para possíveis crimes e má condutas, especialmente na cúpula do governo carioca.










