domingo, 13 de outubro de 2019

O baixo nível da política no Brasil

Falar mal de políticos no Brasil já chega a ser tradição, e ainda que muitos representantes da classe política façam jus a desconfiança ou repulsa da sociedade, isso não pode ser encarado com normalidade, nem significar que fazer política, ter uma atitude e pensamento político é algo ruim, absolutamente, mas isso não é claro para multidões, confusos, desencaminhados por opiniões errôneas e maldosas, privados de informações, culturas e formações, ou simplesmente manipulados e influenciados por interesses, mecanismos e mídias a serviços de ideologias, poderes, segmentos, e tantos outros aspectos que turvam a mente das pessoas, as posições dos grupos e sociedades, sobre o real e adequado conceito e significado da política.
Distorções à cerca da política beneficia quem as manipula, também os maus políticos, e uso inadequado desta para favorecimento de uns, ou setores e grupos pouco saudáveis, do ponto de vista ético e moral. Não é por qualquer motivo que ocorreram fatos tão desastrosos no último processo eleitoral, numa eleição que ficou marcada por intolerância e atos de violência, por parte de alguns grupos ou candidatos, onde se fizeram presentes a proliferação de fake news, em processos financiados e massivos de burla de regras e processo eleitoral, baseadas em mentiras, desinformação, acusações forjadas, discussões de baixo nível, alheias a propostas e proposições que interessam a sociedade, e que envolvam temas relevantes, e a forma necessária e compatível com o real significado do que é política, ainda que não seja um problema apenas nosso, e se faz sentir em outras partes do mundo, de forma também depreciativa e com percepção de queda no nível e  forma de fazer política, com muita frequência associada a extremismo, fascismo, e a corrupção.

Para Lula, Fundação Lava Jato era um partido político que Dallagnol queria criar - Migalhas 07.10.2019

 Justiça seria o STF anular condenação de Lula imediatamente! - Conversa Afiada 27.09.2019
Política não é exclusividade de políticos profissionais, não pode ser ato restrito, pois é algo inerente ao cidadão, ao indivíduo e as sociedades, também as entidades e as organizações sociais, não pode ser distante ou negado o conhecimento e meios de fazer política, de pensar politicamente e disseminar estes meios e conceitos, entre todos, respeitando outros aspectos relacionados a comportamentos sociais adequados a uma sociedade justa, inclusiva e propensa ao desenvolvimento e autodeterminação, com padrões valorosos. Contudo não é apropriado a algumas instituições públicas atuarem como protagonistas políticos, com parcialidade e ideologicamente, distorcendo seus objetivos e razões de existência enquanto instituições, especialmente se sua atuação institucional é em área sensível a sociedade. O que estamos dizendo é que não pode ser normal ou tolerável, ter por exemplo, instituições de segurança como Exército, ou outras forças militares, Polícia como a PF, agindo politicamente, tendenciosamente, ou judiciário, seja instituições como o MPF, STF ou mesmo um membro destes como um juiz, promotor, policial, etc.

Lava Jato quer disputar com Lula na política. Vai perder feio - Carta Capital 08.10.2019

The Intercept: Barroso, Fachin e Fux blindaram a Lava Jato no STF - PT 06.10.2019

Vaza Jato: como o STF blindou a Lava Jato - BlogdaCidadania 06.10.2019

Lula dispara contra Globo e chama Moro de "canalha" e "mentiroso"... - UOL 16.09.2019
É inimaginável e totalmente inaceitável para uma sociedade justa, ver um juiz condenar alguém por opção política diferente deste, ou para atender interesses de "aliados" e "amigos" de representantes do judiciário ou outras instituições, como hoje se tem notícias mais críveis e detalhadas, sobre comportamento de servidores do judiciário envolvidos na Lava Jato e com seus processos.  Muito menos adequado é o que se denuncia como perseguição de políticos e adversários de partidos do atual governo brasileiro, por quem chegou ao poder e agora ocupa cargos, como no caso do ministro da justiça,  Sergio Moro, mostrando, segundo muitos, o comportamento interesseiro e de cunho político ideológico, pouco louvável, e não adequado a alguém que exercia um cargo ou função (juiz federal), e supostamente atua em benefício próprio, e de formas questionáveis.  Também não é nada animador ver esses fatos negativos, envolvendo outros servidores, em diversos níveis e instituições.

Bolsonaro diz que tráfico de drogas sustenta PT, PCdoB, PDT, PSB, PCB e PPS - Forum 13.10.2019

Notas fiscais provam caixa 2 para a campanha de Bolsonaro e do PSL - Blog do Esmael 13.10.2019

Carlos Bolsonaro chama Major Olímpio de 'bobo da corte', e senador rebate: 'Moleque' - O Globo 13.10.2019 

Reinaldo Azevedo: Impeachment ‘já’ de Sérgio Moro por torturas no Pará - Blog do Esmael 09.10.2019

Moro e Deltan têm encontro ‘frio’ em restaurante de Brasília - VEJA 09.10.2019

Frota: "eu avisei que ia pegar fogo..." - Conversa Afiada 09.10.2019

Novas mensagens, mais crimes: Moro e Deltan na cadeia! - Brasil247 18.08.2019

O nível político do Brasil caiu tanto, que não é só a eleição de um candidato com discurso retrógrado, revanchista, desprovido de argumentos sensatos e um projeto sólido, como no caso do atual presidente Bolsonaro, com tantas acusações sobre si e muitos membros de seu governo, com escândalos de corrupção na família e no PSL, ou mesmo suspeitas de comprometimentos com grupos milicianos e muitas violências. Mas também no fato de ministros do STF, envolvidos em esquemas que resultaram em prisões suspeitas e cômodas aos poderosos atuais, como no caso do ex-presidente Lula, para afastá-lo do pleito de 2018, e privar o povo de uma opção consistente de voto e ação política. Mantendo preso Lula até o presente, e protelando decisões judiciais que afetam muitos outros, ou a adequada aplicação da justiça e da Lei, dando margem, a uma denunciada farsa judicial, a uma condenação sem provas e sem processo justo, difícil de desfazer, mas cada vez mais evidenciada por diversos jornais, nas divulgações do The Intercept.
E pensar que uma instituição que deveria resguardar a soberania do povo e do país, por meio de seus comandantes, fez do Exército sinônimo de violência a Constituição, como citam membros da imprensa, seja pela pressão exercida sobre o STF, para "acobertar" manipulações jurídicas ou farsas que descem rumos políticos segundo interesses corporativos dos militares, e outros segmentos como econômicos e financeiros, etc. Seja pela manifestação pública de alguns que se dizem ainda porta vozes da instituição, e sem nenhum pudor ameaçaram nossa democracia e a sociedade, com atos golpistas e possibilidade de levante armado, ou com intenções de aniquilar adversários. E ao afinal por questões pequenas, entregam nosso país a sanha e interesses exploratórios desmedidos, como nos eventos com os americanos, que se apropriam de recursos e riquezas, em prejuízo de interesses da população, seja na entrega do Pré-Sal, e mesmo nos acordos e relações internacionais, desfavoráveis que nos indispõem com antigos parceiros comerciais,  como no caso da fusão da Embraer  com a americana Boeing, e a reação europeia, ou nas dificuldades no comércio com a Ásia, em especial com riscos as relações bilaterais com a China. Sem falar dos desencontros com os sul americanos.
O Brasil não está a mercê de uma polarização política simplesmente, e por mais difícil e grave que isso possa ser, nem de disputas justas e saudáveis num processo político que resulte em uma sociedade melhor, pois os fatos, muitos deles violentos, ou ilegais, imorais, e típicos de políticas baixas e mesquinhas, danosas ao extremo, se manifestam não apenas em ações como as de políticos, partidos, atores econômicos nacionais e internacionais, bancos e especuladores, representantes do agronegócios e outros, mas das mídias e corporações, que muitas vezes agem à margem das leis, algumas permeadas de intolerância religiosa e organizada por detentores de imunidades e isenções, como as de igrejas (a exemplos das que são comandadas por Malafaia ou Edir Macedo), ainda que uma ou outra detenham concessões públicas, como as TV Record, em sua suposta campanha pró Bolsonaro e seu governo, como citam denuncias de alguns, ou a Globo em sua participação e proximidade com desvios da Lava Jato, e alguns de seus protagonistas, Moro, Deltan, segundo a Vaza Jato.

Ministros do governo e herdeiro da monarquia criticam cúpula católica - BAND UOL 13.10.2019 

Papa Francisco critica limitações políticas, sociais e ecológicas do Brasil sob governo de direita - RBA 12.10.2019


Especialista venezuelano desmente Bolsonaro: "Loucura dizer que é nosso petróleo" - Brasil de Fato 12.10.2019
Em Aparecida, arcebispo diz que 'direita é violenta e injusta' - Metro1 12.10.2019

O É DA COISA: As delinquências da extrema-direita na fase do desmanche... - Reinaldo Azevedo 12.10.2019

Governo Bolsonaro e TFP sabotam papa Francisco e Sínodo da Amazônia - Carta Capital 05.10.2019

Não bastasse esses absurdos constatados, denunciados e repudiados, a intensa campanha ideológica em meios de comunicações, já é um problema menor, considerando as mudanças promovidas no uso das estruturas e instituições públicas, descaracterizadas e aparelhadas, como ministérios e órgãos públicos, universidades, que horrorizam os brasileiros e o mundo, com requintes de ameaças mesmo pessoais e a vida, e repetidas como mantra pelo presidente e pessoas próximas, e transformadas em atos, leis e formas distorcidas de políticas, excludentes e vergonhosas, no mínimo. Algo que já caracteriza grupos, conhecidos e atuantes, que usam bandeiras que há muito envergonham a humanidade, e práticas ainda mais desprezíveis.

Veto da França ao Brasil na OCDE é 'bastante grave para política externa', diz especialista - Brasil247 09.10

JBS ainda pode subir e BNDES ganhou (muito) dinheiro, diz Credit Suisse... Brazil Journal 08.10 

Destituição de superintendente abre crise entre funcionários e direção do BNDES - Jornal do Brasil 07.10

O BNDES, de Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro - Nexo 07.10

Atacar quem se levanta contra está forma doentia de fazer "política", é a prática corriqueira dos interessados em desmontar uma estrutura política consistente, e tornar tudo que se relaciona a ações políticas, em suspeitas e negatividades, seja nacionalmente e por meios já conhecidos, mídias e fake news, mentiras e destruição de reputações, e internacionalmente, por meio de nocivas alianças e jogos de poder e influências, mesmo para destruir a estabilidade de nações e povos autônomos, com intervenções de todos os tipos. Algo comum no mundo, presidentes terem em suas comitivas grupos de empresários e trabalharem pelos interesses nacionais, praticado por países desenvolvidos, intensamente, e com financiamento dos negócios por grandes bancos públicos (voltados ao desenvolvimento), aqui tem sido motivo de mais perseguições e distorções, como a "cassa as bruxas" com as manipulações da CPI do BNDES, e suas falsas acusações.

Mourão faz mea culpa sobre crise com Sínodo da Amazônia: papa não é inimigo - Brasil247 11.10.2019

O escândalo de tortura no Pará que Bolsonaro e Moro consideram “besteira” e “mal-entendido” - El País 09.10.2019

Papa Francisco na mira da direita - Teoria e Debate 12.06.2019

Abin espiona bispos e cardeais. Heleno anuncia combate à Igreja Católica - RBA 11.02.2019

Tristemente, o que citamos são alguns dos muitos exemplos do mais baixo nível político, e do desvirtuamento do conceito de política que predominam no Brasil, ainda mais hoje, e que nada tem haver com a política que precisamos, e para qual, personagens marcantes e de credibilidade, como o Papa Francisco, nos convidam a participar, e ajudar por meio da política correta e adequada, limitar desigualdades, incluir pessoas, desenvolver economias e partilhar seus frutos com todos, propiciando justiça social, democracia, saúde, educação, paz, e muitos valores e riquezas que se pode oferecer aos povos e nações, sem corrupção e distorções, fraterna e respeitosamente, tratando todos os indivíduos como cidadãos dignos e parte essencial de uma nação.

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Heleno Nunes, chefe da Abin, revela que governo Bolsonaro espiona padres e bispos que se preparam para participar de encontro no Vaticano que vai debater situação da Amazônia - imagem Brasil247

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