Neste momento em que parte das capitais e municípios vão as urnas, questões urgentes carecem de reflexões e discussões sinceras, oportunas e com elementos concretos, e nós queremos contribuir com os debates, levando informações e opiniões pertinentes.
Economia e investimentos:
O que representam as inúmeras intervenções, que mídia e mercados tentam impor para determinar mudanças na política fiscal, ou de investimentos e de crédito do governo Lula, afetando toda economia e a sociedade, segundo a cartilha dos investidores e alta dos juros?
Analistas do mercado financeiro erram de novo e PIB do Brasil cresce 1,4% - VoxMS 03.09
O dito "mercado de investidores" é em sua essência especulativo, seus "investimentos" são em geral de curto prazo, e migram de um canto à outro, apostando em promessas de lucros altos e rápido, para alimentar um apetite sem fim e que destrói qualquer medida sustentável na direção de uma economia equilibrada e de longo prazo (benéfica ao país), seguem com mal humor e ataques, apostando numa loteria financeira onde o prêmio é o juros altos, e os rendimentos que drenam recursos que o governo investiria para o crescimento e o bem da sociedade, resultando em desenvolvimento, crescimento do PIB por meio de maior poder de compra, consumo e pleno emprego, com justiça social, em meios apenas para bem dos especuladores com base em políticas de arrocho e paralisação da economia, que frequentemente cobram.
Mercadante: eleições mostram satisfação do povo com emprego e renda - Folha de Pernambuco 28.10
Esse "mal estar dos mercados" sempre foi usado para chantagear os governos que tentam dar bases econômicas sólidas e justas com as demandas econômicas, produtivas e sociais dos brasileiros, forçando estes a adotar as medidas fiscais que sequestram os recursos em favor dos especuladores, únicos a lucrarem juntos com os bancos, aprisionando a economia. Algo que ocorre com análises manipuladas e direcionadas como as de banqueiros e especuladores em eventos, ou por meio de boletins e relatórios financeiros pessimistas, que são patrocinados nos jornais, tvs, mídias e de todas as formas, para criar desconfiança e um ambiente negativo, que de alguma forma retro alimente suas previsões, ou façam dar impressão que suas "profecias econômicas" estão se cumprindo e portanto estes devem ser ouvidos, e forçando quem gere a economia a uma postura passiva que precisa acatar políticas de cortes fiscais, e arrocho, levando a falta de recursos, na saúde, educação, financiamento à indústria e a produção ou obras estruturantes, revertendo os recursos para pagar juros da dívida pública maiores e mantendo-os ao alcance de "investidores"/mercado.
Ipea revê crescimento do PIB para 3,3% este ano e 2,4% para 2025 - Agência Brasil 30.09
Por que os economistas erram tanto em suas previsões? - GrupoGen 06.03
Ocorre que as previsões e análises do mercado, frequentemente falham, seja na projeção de inflação, que tem ficado abaixo do que apontam, ou nos indicadores de crescimento da economia, como o da produção industrial, o do PIB, ou da geração de empregos, que tem se mostrado positivos e melhores do que afirmavam os economistas e "investidores", bancos e até reguladores tendenciosos como alguns que ocupam cargos no BC - Banco Central. Mostrando a correção das ações do governo, relacionadas a economia e fazenda pública, mesmo com sérios imprevistos dificultadores de outras ordens, como seca, queimadas em SP e MT, ou inundações no RS, que influem na economia e são eventuais, mas não impediram os resultados positivos que deveriam estimular investimentos maiores e melhora do cenário, afetando previsões e simulações futuras, mas que infelizmente especuladores ignoram ou manipulam negativamente.
O "mercado especulativo" e os banqueiros taxam os investimentos públicos nos projetos de desenvolvimento social e econômico, na geração de renda e empregos, na melhoria dos índices de educação e formação profissional, no financiamento de setores da indústria (como a retomada da produção naval, das indústrias de defesa, dos pólos de produção de confecções, e outros como a construção de obras estruturantes, produção agrícola familiar e em iniciativas de investimentos para o agronegócio), como se fosse em sua maioria, um grande motivo de mais endividamento público, quando o Estado financia ou avaliza e direciona recursos para tais investimentos necessários e urgentes, que ajudam o crescimento do país de forma sustentável, e a um equilíbrio econômico e social que beneficia à todos os brasileiros, e mesmo os "investidores" apesar de neste cenário o juros tenderem a ser menores.
A lógica do mercado e dos investidores, é invertida e contrária as que beneficiam os brasileiros, privilegia seus interesses especulativos e lucros, e é disseminada com muita interferência na economia e nos instrumentos de controle e no governo, para benefícios próprios e limitando os setores produtivos e a sociedade, inclusive com o uso das mídias negativamente por meio de divulgação e pagamento através de contas de publicidade em grandes grupos midiáticos, que reforçam e reproduzem os interesses exclusivos do mercado financeiro, tentando nos manter e ao Brasil, reféns de seus apetites insaciáveis por lucros volumosos.
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Política, justiça e democracia:
A impunidade e corporativismo político, com vieses criminosos, ameaçam a democracia e as instituições, com parlamentares atuando perigosamente contra os fundamentos republicanos no Brasil.
PT não aceita acordo de Lira com o PL para aprovação da anistia a Bolsonaro - UOL 25.10
Algumas das últimas votações e decisões no Congresso, e especialmente na Câmara dos Deputados, parecem testemunhar a ação de indivíduos alvo de denúncias e processos, atuando para inverter a lógica jurídica e constitucional, criando inclusive a ideia de um instrumento revisor de decisões e ações, do único poder constitucionalmente habilitado para tanto, o STF - Supremo Tribunal Federal, algo impensável e desprovido de amparo na Constituição, e claro, para benefício e privilégio dos supostos réus que ocupam cargos no Legislativo.
Presidente da CCJ pauta para terça o projeto da Anistia - Diário do Poder 26.10
Um exemplo claro está na recente pauta e na indicação de debates de projetos polêmicos e inconstitucionais na CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, um reduto bolsonarista e de alguns membros cuja a atuação pública tem sido muito questionáveis, ou vistas como nocivas as instituições e a nossa democracia, e que agora tentam afrontar o judiciário e nosso sistema jurídico, com a proposta de anistia geral a criminosos que atacaram nossas bases e instituições no 08 de janeiro de 2023, numa tentativa de golpe pró Bolsonaro, que felizmente fracassou, mas foi muito danosa.
Padilha alerta para que pacote anti-STF não seja “retaliação” - Metrópoles 14.10
Muitos envolvidos em atos contra democracia e em crimes, hoje e por meio de projetos como estes reafirmam seus crimes agindo contra a Constituição e a Justiça, numa tentativa de validar atos criminosos, que merecem repúdio e punição.
Um absurdo, mostra o quanto são perigosos e como esta contaminado o Congresso e os parlamentares brasileiros. E que exige de todos nós uma reação e condenação pública, como forma de resistir a tentativas de perdão ou minimização de atos contra a democracia e os fundamentos republicanos de nosso povo e do nosso país.
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Segundo turno das eleições 2024:
Abstenções, votos nulos e brancos superam votação de Ricardo Nunes, reeleito em SP - CNN 28.10
Os resultados das eleições municipais de 2024 apontam para maiores abstenções, inclusive ampliada no segundo turno, e para o fortalecimento de siglas e partidos que foram ao longo dos últimos anos, bastante beneficiados com recursos financeiros eleitorais e distribuição de recursos por meio de emendas parlamentares destes na Câmara e no Senado, muitas das quais sob investigação no TCU - Tribunal de Contas da União ou suspensas pelo STF - Supremo Tribunal Federal, por suspeita de ilegalidades, algumas das quais beneficiando siglas e políticos do chamado Centrão, onde encontramos partidos que melhores resultados tiveram nas eleições municipais.
Emendas reelegeram 90% dos prefeitos de municípios beneficiados - Congresso em Foco 28.10
Não foi à toa o crescimento de partidos como o União ou PSD, que compõem o dito grupo e vão ser importantes em 2026, e se mantém como fortes bancadas no Congresso, sendo o seu papel relevante na aprovação e condução de projetos e trabalhos parlamentares, estes foram maciçamente beneficiados por Emendas do Relator e afins. O controle do Congresso e dos recursos que os parlamentares dispõem para atuar em suas bases, ainda mas quando são distribuídos à margem das previsões legais, como as apontadas em decisões do Ministro Flávio Dino do STF, que indica a falta de transparência, dentre outros problemas, explicam em parte o crescimento da direita e das siglas com melhor desempenho em 2024.
Contudo o que se viu em São Paulo, em todo o primeiro turno, e especialmente com o comportamento reprovável e possivelmente ilegal, do candidato Marçal, protagonista inclusive de divulgação de laudos falsos contra o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, na tentativa de denegrir sua imagem e influenciar nos resultados eleitorais, mostra que as autoridades e a justiça precisam ser mais vigilantes e atuantes, para coibir crimes e ataques que ameaçam instituições e o sistema democrático, algo que ainda é uma ameaça e tem sido muito afeto as práticas da direita e das hordas bolsonaristas, e que mais uma vez tentam induzir eleitores ao erro e "fraudar resultados", inclusive agora no segundo turno, como se deu no episódio a ser investigado e que envolve o governador Tarcísio de Freitas de SP, aliado do candidato Ricardo Nunes e de Bolsonaro, ao dar declarações sobre supostas ordens de uma facção criminosa, o PCC, orientando voto ao candidato do PSOL, algo estranho e até possivelmente ilegal da forma como fez o governador, baseado apenas em alegações e sem devidas providências junto ao TRE - Tribunal Regional Eleitoral, ou outras instâncias legais como exigem os fatos, e como quem tenta divulgar um factoide capaz de inibir os eleitores ao voto em Boulos. De qualquer forma, o processo eleitoral em São Paulo exige depuração e punições, para que as práticas anti democráticas sejam inibidas. O papel do governador tem gerado críticas e não pode ser ignorado!
Tarcísio de Freitas admite a aliados erro sobre citação de PCC e Boulos - O Globo 27.10
Nunes e Tarcísio - reprodução da Carta Capital |
Os fatos apontam para um período ainda difícil e desafiador, não apenas para o governo Lula, o PT ou as esquerdas, mas para as instituições democráticas e para a sociedade brasileira. Até 2026 muita água vai rolar, e muito precisa ser revisto e ajustado.
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