Defesa do Congresso e dos super ricos faz Jornal Nacional ser detonado nas redes - DCM 03.07.2025
Medidas aprovadas pelo Congresso custarão R$ 106,9 bi em 2025, diz jornal - Poder 360 03.07.2025
Os recentes episódios no Congresso quando da rebelião na Câmara Federal comandada por Hugo Motta, e do Senado Federal por Alcolumbre, que implicou na derrubada e rejeição da MP Medida Provisória do governo Lula, que estabelecia alterações na cobrança de IOF, o Imposto sobre Operações Financeiras, elevando a alíquota cobrada ao patamar de até 3,5% sobre o valor das transações, especialmente em operações e compras com cartões de crédito no exterior, ou em compra de moeda internacional (câmbio), ainda em operações de crédito de empresas, e também sobre valores movimentados pelas chamadas BETs (jogo do tigrinho, autorizados à cerca de 4 anos e não tributados até hoje), bem como outras transações bancárias similares, e não necessariamente com o citado percentual de IOF, se transformou num ato simbólico dos deputados e senadores, contra o governo Lula e sua política de inclusão e justiça social, apontando o início de um conflito aberto e direcionado ao próprio Lula, com sinais de algo mais longo e com pretensões ou motivações bem maiores do que as alegadas, declaradas, ou vinculadas, tais como uma reação do Congresso a uma possível criação de impostos e aumento da carga tributária pela Fazenda e o governo Lula.
Da forma como ocorreu, e no contexto, há muito mais do que foi dito oficialmente pelos presidentes e líderes das casas legislativas, por parte dos partidos, e de figuras do bloco político conhecido pelo Centrão (com destaque no PL - Partido Liberal, PP - Partido Progressista, União Brasil, Republicanos, PSD - Partido Social Democrata, Novo, e outros), epicentro do levante e declaração clara de guerra ao governo, sob a condução e influência de Motta, Alcolumbre, Ciro Nogueira, Sóstenes, Arthur Lira, e alguns como Feliciano, demonstrando a intenção de paralisar o governo, ainda que a população e seus legítimos anseios sejam usados e prejudicados, para em sua essência chantagear e impedir Lula de governa, concentrando inconstitucionalmente e indevidamente, poderes e recursos em mãos dos citados e do Centrão, com jogadas políticas questionáveis e à margem da legalidade e dos interesses do país, beneficiando os parlamentares e uns poucos privilegiados ricos e poderosos, ou expoentes se setores altamente lucrativos como os Bancos, o mercado especulativo, o agronegócio e até às BETs, dentre outros que o Congresso protege. Um jogo sujo e uma guerra, aliás, que segundo muitos analistas, políticos, parte das mídias, expoentes da sociedade, e membros de outros poderes, assim como em avaliações do governo, não se iniciam com a derrota na votação e tem contornos e aspectos de conspiração pelo poder, à moda do ex-deputado Eduardo Cunha (preso por desvios, e responsável pela paralisia do governo Dilma Roussef), com direito a traições por parte de Motta, Alcolumbre e Lira, e a um projeto de sociedade com, priorizando benefícios e riquezas concentradas em mãos de poucos, que tem representação e influência maior num Congresso formado por cerca de 70% de eleitos pertencentes aos setores empresariais e do agronegócio (elitista na sua essência), é o que dizem e confirmam muitos, indicando que desde o início do mandato o Lula atua para contemporizar, aplacar ataques e situações muito prejudiciais aos brasileiros, para poder governar e cumprir com as promessas feitas.
Novos vídeos da esquerda chamam Congresso de “inimigo do povo” - Poder 360 03.07.2025
Criminosos na política - Foco BRASIL 31.05.2025
Esta compreensão e o entendimento, de que o Congresso é instrumento de chantagem ao governo e retrocessos a sociedade, é palco de manutenção e privilégios, e se encontra sequestrado por parlamentares e bandidos, que se beneficiam dos poderes excessivos e os usam, para interesses próprios, de parentes, aliados, grupos das elites e dos ricos e poderosos, inclusive na forma de desvios de recursos públicos por meio de emendas também, esta cada vez mais clara e se firma nas mentes e na percepção popular, com inúmeras situações e exemplos do grau de degradação do que foi "a casa do povo" e hoje se tornou local de maquinações e abrigo de políticos corrompidos. Um fato que no conflito atual, é e deve ser explorado pelo governo Lula, como forma legítima de garantia do mandato e da governabilidade, ao menos no que toca as denuncias de invasão de competências, de pressão de parlamentares por liberação de recursos sob investigações e sem garantias de uso adequado e legal, bem como de materialização de conchavos políticos para impor paralisia do governo, como no caso do IOF, ou da derrubada de vetos que provocam aumento da conta de luz e uso de bandeiras tarifárias elevadas, decorrentes de decisões do Congresso que oneram o povo, especialmente os mais humildes, além de outras que elevam gastos e endividamento por iniciativas do Legislativo.
Alcolumbre quer limitar ações de partidos contra decisões do Congresso | CNN Brasil 03.07.2025
Na atual legislatura, e como reflexo de uma crescente intervenção, assistimos o Congresso ampliar seus tentáculos sobre parcelas do orçamento de responsabilidade do governo federal, ampliando desvios e uso incertos desde a criação das famigeradas Emendas PIX, herança do governo Bolsonaro, herança maldita algo entorno de 50 bilhões no ano, bem como a manutenção e ampliação de isenções a setores específicos da economia que este ano superam 700 bilhões, e não correspondem ao impacto total do desequilíbrio nas contas que é maior, e considerando intervenções dos parlamentares, e podem e devem piorar com o acréscimo de 18 novos deputados à partir das eleições de 2026, isto explica a reação aos desmandos dos congressistas, apenas em parte, pois diante das suas decisões, não há como negar os ataques deliberados ao governo, ainda que parte da mídia engrosse os planos de desgastes do presidente Lula perante a população, claro maquiando os fatos, distorcendo ou ignorando o que realmente representa o levante do Congresso, na tentativa de deslegitimar as ações de defesa e justas reações em prol da sociedade e governo. Não é razoável a iniciativa do Congresso que não permite um ajuste tributário, que incluam o andar de cima no pagamento das despesas essenciais da sociedade, e por outro lado sugere e defende, pressiona o governo a realizar cortes nos programas sociais e benefícios dos mais pobres, como diz os ativistas das redes (alguns com vídeos e expressões bem pesadas, e nada tem haver com o governo, mas com o satisfação do povo), enfatizando que o Congresso é inimigo do povo, e tais fatos são partes de um projeto que se revela e é um conflito de classes, onde elite e Legislativo são sinônimos, uma só frente.
Para ilustrar as afirmações e o que tem sugerido as publicações em destaques, 92% delas contrárias aos atos dos parlamentares, podemos citar reportagens e vídeos das mídias, inclusive de direita e elitistas, e também os argumentos dos muitos que defendem não o IOF em si (lembrando que a taxação não séria generalizada cono dizem jornais da mídia conservadora, como diz o JN num lapso proposital, e sim sobre segmentos específicos para proteger cadeia econômica ligada ao povão), mas posições e sinais de alguma justiça social e tributária, como a redução do IR sobre rendas de até R$ 5 mil e a tributação de super ricos, uma forma de contribuição mais efetiva dos ricos e poderosos, como defende Lula. As manifestações opostas e belicosas, não são recentes como dissemos e não giram entorno da questão do imposto, do desequilíbrio fiscal não restrito ao atual governo, pois outros elementos, forças e instituições, estão neste caldo, vimos o que foi alvo de incentivo de Bolsonaro e bolsonarismo, que evoluíram de ataques ao STF a tentativa de golpe, onde parte dos envolvidos está no Congresso e outros financiadores e patrocinadores, são intimamente ligados e protegidos por congressistas.
Também é importante deixar mais evidente o que de fato ocorre na briga em Brasília, e nos centros de influência e decisões, que tem haver com a pauta não evidente, ou disfarçada, que inclui temas, eixos ou diretrizes que se sintetizam em: eventos prévios (Bolsonaro e o golpe); o pacto da governabilidade (o Congresso atual); a expansão da direita (o Centrão); as pautas e as bombas dos congressistas (Emendas e cargos, servindo as elites); as pautas do governo (povo, justiça e soberania); conflitos de classe (mercado x povo, o projeto dos poderosos); antecipando 2026 (o Congresso e as armas da direita); a resiliência de Lula (um projeto para o Brasil). Claro é apenas uma sugestão de organizar os temas, que podem ser intitulados de muitas formas, mas tratam de aspectos que estão fazendo mobilizar milhares em debates nas redes e nas ruas, e podem e precisam tratar das questões e desequilíbrios estruturais que importam ao Brasil. Neste aspecto entender a representação e composição do Legislativo, é fundamental, ainda mais quando nos aproximamos de eleições majoritárias, e a discussão sobre conquista de espaços, especialmente no Senado, é de grande importância tanto para relação entre os poderes e a vitalidade da democracia, como para as medidas necessárias para atender anseios sociais, a solução de problemas e a governabilidade.
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Fonte: ONU, obtido no BBC. |
Ao que parece a guerra seguirá, ainda que hajam recuos, mas o debate das questões envolvendo as percepções de justiça social, tributação dos ricos e segmentos empresariais com isenções que já não se justificam, melhoria de renda e justiça tributária, ética e uso dos recursos públicos, e sobre o papel dos poderes no campo das instituição e da Constituição, é pertinente e abre espaço para manifestação e questionamentos da sociedade que não podem ser desprezados, e merecem respostas. Na sequência em breve estaremos aprofundando os temas relacionados, citados aqui como aspectos e motivações das crises recentes envolvendo, Congresso, governo e em vários momentos o STF.