quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Dilma 44,29% x Marina 37,61% Pesquisas eleitorais e seus efeitos!

Em mais uma série de pesquisas, dados são jogados meio que desconexos ou sem sustentação em bases sólidas para de alguma forma tentar influenciar os resultados eleitorais nas urnas.

Não obstante as muitas falhas ocorridas ao longo de várias campanhas eleitorais, institutos repetem as mesmas fórmulas, e atendem em alguns momentos muito mais do que foi solicitado pelos contratantes, e com jeitinho forçam os números e dados apresentados para maquiar resultados e prognósticos.

Para quem pensa que se trata de algum exagero, leia algumas das chamadas a seguir e tirem suas conclusões:






Dito isto prosseguimos, lembrando que vez ou outra emergem suspeitas e denuncias que há outros interesses por trás dos erros de certos institutos de pesquisas, mas nem é necessário entrar numa linha de debate que possa ser associada à teorias conspiratórias.  Apenas lembramos que o simples noticiário de que este ou aquele candidato está à frente nas intensões de voto, além de poder influenciar os votos dos indecisos, provocam movimentos anormais nos mercados financeiros trazendo ganhos ou perdas em razão da ação de especuladores, algo que não pode ser descartado como intenções de fundo que movem alguns interesses.  No Brasil isto é mais comum do que se imagina!

Nem vamos procurar mais causos, há quem diga que neste momento está em curso uma grande manobra para alavancar os números do candidato do PSDB e baixar os da candidata do PT, para tentar criar fato novo e levar indecisos ou àqueles que pularam para neo-tucana Marina, a votarem em Aécio. Sei lá, quem pode imaginar o que rola nos bastidores?

Bom, não vamos nos dedicar a falar sobre isto, as próprias pesquisas como divulgam os institutos e suas metodologias já guardam uma incerteza e confiabilidade que não é pouco significativa, e se associarmos a possíveis "incidentes" (naturais, problemas locais, falhas de urnas, etc) no processo, a coisa pode debandar para números muito distantes do que apresentam como  notícia bomba, ou como encaram alguns, como números líquidos e certos, como se os votos já tivessem sido apurados.

A maioria das amostragens revelam que são feitas com grau de confiabilidade em torno dos 95%, isto vemos nas divulgações do Datafolha, Ibope, Vox Populi, etc.  Na prática o que dizem é que não é possível prever como se comportará 5% dos eleitores, e a base de eleitores do Brasil é de 142.467.862 (segundo TSE), o que significa que não se pode imaginar no intervalo definido com nível de confiança de 95%, o que faram os 7.123.393 eleitores.

Veja o que diz o IBOPE em seu portal sobre intervalo de confiança e compare.

Acham pouco, ainda não consideramos que mesmo dentro do intervalo de confiança, há uma margem de erro (oriunda da amostra, e geralmente de 3%), o que quer dizer que representativamente (já que amostra é apenas a representação do todo) ainda podem ocorrer distorções nos resultados obtidos que podem indicar uma imprecisão de até 3% para mais ou para menos, que proposta a nível de base eleitoral (nacional), pode representar uma imprecisão em número de eleitores que pode totalizar até 4.274.035 (leia-se quatro milhões duzentos e setenta e quatro mil e trinta e cinco).   É mole?

Tem mais, dentro das estimativas ainda há um grau de indecisos que podem ser na casa de alguns milhões de eleitores, a depender da base, região ou estado, e refletir bastante nos números nacionais.

Existem também questões relativas com a credibilidade dos institutos, propósitos destes e de seus contratantes, e mesmo nos números apresentados haver manipulações na amostragem (como por exemplo relativas a distribuição geográfica ou abrangência da amostra, ou perfil dos entrevistados), ou ainda na interpretação dos dados, para forçar um resultado que agrade o contratante (neste caso com a possibilidade do instituto de pesquisa, colocar margens de erros ou grau de precisão mais elásticos para justificar possíveis "erros").

Na prática e sem considerar outros aspectos (fatores adversos por exemplo, climáticos, sociais, econômicos e estruturais) pesquisas podem ser apenas um indicativo de intenção de voto, mas não um fato como alguns encaram ou tentam passar para a opinião pública. 

Apresentamos no título um resultado de pesquisa, e muitos podem se perguntar de qual instituto veio estes números, qual a metodologia e quem encomendou, etc....

Calma! Vamos chegar lá!

Decidimos checar a veracidade e consistência das informações apresentadas pelas mídias por meio da internet, então adotamos alguns princípios matemáticos simples e acessíveis (porém válidos e consistentes).

Supomos a princípio que todos os dados referentes as pesquisas (não foram usadas apenas uma) fossem consistentes e merecedores de credibilidade, quanto a método de amostragem, rigor científico, interpretação, validade (tempo e atualidade) e conclusões apresentadas.  Para tanto adotamos o critério de obter dados por estado (para pesquisas referentes a eleição para presidente), e claro de acordo com a disponibilidade (pasmem, nem todos os estados tiveram divulgação de pesquisas para presidentes, o que pode indicar falhas nas amostragens nacionais de uma pesquisa).

Para manter coerência e confiabilidade pegamos os dados das pesquisas mais recentes (infelizmente algumas poucas são de cerca de 15 dias passados, como dissemos por haver estados que não foram pesquisados por alguns dos institutos mais conhecidos), mesmo assim dentro de um nível igual de confiabilidade de 95% (muito adotado) e margem de erro de 3%.   Usamos dados do Datafolha, do Ibope em sua maior parte, e de alguns outros institutos quando não havia pesquisas disponíveis, elaboradas pelos inicialmente citados.

Para nossa surpresa, 03 (três) estados não dispunham de dados dos citados institutos (Ibope e Datafolha, nem num intervalo de 90 dias passados), São eles Pará, Maranhão e Tocantins, uma base de eleitores com mais de 10,6 milhões de eleitores e onde há ampla vantagem para candidata Dilma do PT, segundo pesquisas de outros institutos.

Os dados de cada estado, alguns com pesquisas com amostras de 812 eleitores, outros com 1201, ou 1500, ou 2002, etc.  Permitem um espectro de amostra maior em número de eleitores, municípios e regiões, mesmo que mais de 80% das informações tenham vindo de um mesmo instituto (o Ibope), e numa amostra que supera 29 mil eleitores em centenas de município de todo o Brasil, numa melhor distribuição geográfica.

Ao final é só aplicar os percentuais por estado de acordo com cada pesquisa e sobre o número de eleitores por estado (oficiais do TSE), totalizar, e comparar considerando os aspectos de confiança e margem de erro, e todos mais como adequados segundo o método de cada pesquisa divulgada.

Obtivemos então para Dilma do PT 44.29% dos votos válidos, e para Marina do PSB 37,61% dos votos válidos.  Lembrando que foram a partir dos resultados das pesquisas divulgadas e não de uma pesquisa realizada por nós.  Não apresentamos dados do candidato Aécio por está este distante numericamente dos dois primeiros colocados, e consideramos a base de votos válidos de 116.997.204 eleitores (obtidos dos somatórios de todos os votos pesquisados, de acordo com aplicação de percentuais de cada pesquisa por estado, respeitando a confiabilidade de 95%).

Relativamente a este resultado ainda apuramos um percentual de 8,11% de indecisos (computados sobre todos os votos), que é igual a 11.559.398.  Mais de 11 milhões de votos em todo o Brasil!

A partir de então podemos ainda interpretar que é alta a probabilidade de não ocorrer segundo turno nas eleições presidenciais de 2014, considerando que os parâmetros, validade e condições das pesquisas utilizadas continuem nos próximos dias (até a eleição) compatíveis com os que existiam quando da realização de cada pesquisa (recentes), e que se projetem em proporções equivalentes sobre os eleitores indecisos.

Sob tais circunstâncias se elevaria o total de votos válidos para Dilma Roussef a 47,88 %, e com uma margem de erro de 3% (podendo ser inferior) ela atingiria 50,88% e não haveria segundo turno, uma vez que para ser eleito é necessário 50% mais 01 (hum) votos válidos.

Dilma seria eleita em primeiro turno! Algo que a maioria dos institutos não projetam, a não ser alguns tidos como mais isentos e confiáveis por alguns analistas.

Para dar mais clareza, eis mais alguns dados:

% de votos válidos e sem indecisos por região                          

                            Dilma do PT          X          Marina do PSB

Sul                          43,71%                                30,55%
Sudeste                   36,71%                                41,36%
Norte                      45,89%                                35,84%
Nordeste                57,16%                                35,58%
Centro Oeste         38,68%                                39,33%     

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Ratificação e complemento em 20.09,

Seria errado construir uma percepção sobre votos baseados no raciocínio, como ao atribuir mesma proporção de votos de indecisos e obter 50.88% de votos válidos!  Para manter coerência é certo que a base de votos válidos se amplia quase que na mesma proporção (há questões relativas a confiabilidade e arredondamentos antes e depois de apresentados os números).  Percebam que o universo de votos não considerados (95% de confiabilidade) é suficiente para não sermos tão detalhistas e minuciosos, são mais de 11 milhões de votos e que aproximam as análises cada vez mais de dados que envolvem toda a base.

Aproveitamos para relatar que houve ligeira alteração nos dados, uma vez que até dia 19.09 foram publicados novos dados referentes a pesquisas em PE, PA, SC, e DF, os demais permaneceram os mesmos adotados nos cálculos.  No SC e PA as vantagens de Dilma do PT para Marina se ampliaram, e em PE a diferença pró Marina do PSB em relação a Dilma do PT (2º nas pesquisas) caiu, já no DF as margens ampliaram-se em favor de Marina do PSB.

Com isto Dilma PT passou a ter 44,6% dos votos válidos e Marina PSB 37,48%, elevou em 0,48% a diferença  em favor da atual presidenta.  Os indecisos ampliaram-se para 8,13% uma variação de 0,02%. Projetando-se a mesma proporção de votos válidos sobre indecisos agora Dilma teria 48,22% dos votos, e 3% de margem de erro a considerar, que poderia levar a 50%+1 no primeiro turno. Lembremos que as pesquisas são totalmente imprecisas quanto a 5% dos eleitores na base do TSE.

Neste aspecto reforça-se nossa primeira análise dos dados das pesquisas por estado.  Há migração de votos de Marina do PSB para Dilma do PT em relação aos primeiros resultados, a margem de erro continua sendo de 3%, o número de eleitores pesquisados supera os 30 mil e a confiabilidade de 95%.

Por região houve mudanças:
  
% de votos válidos e sem indecisos por região                         

                            Dilma do PT          X          Marina do PSB

Sul                           43,94%                                30,68%
Sudeste                   36,71%                                41,36%
Norte                      49,92%                                35,10%
Nordeste                57,44%                                35,01%
Centro Oeste         37,33%                                40,25%     

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