terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Tocando o terror!

Uma expressão usada por quem conhece o cotidiano de violência, no qual estão mergulhados milhões de brasileiros em comunidades simples e áreas marginalizadas, mas  que define bem a iniciativa do impopular governo Temer, TOCANDO O TERROR.

Intervenção federal no Rio decretada por Temer abre inédito e incerto capítulo - El País 16.02

Intervenção no Rio: Temer deu a mão, os militares agora.querem o braço - Blog do Esmae 19.02l

A julgar pelas informações divulgadas na imprensa recentemente, dando contas da aventura militar patrocinada com a intervenção militar no Rio, e de detalhes do decreto, é isso que supostamente pretende o temerário presidente, e personagem de enredo macabro, ao por o Exército nas ruas cariocas, numa operação de guerra que aparentemente é uma manobra politica de Temer, e tem ingredientes preocupantes de elevados riscos a população, e grande potencial para desastres e ações totalitarias que ferem a Constituição.
Nem bem foi caracterizado como um vampirão no desfile das escolas de samba do Rio, TEMER põem suas garras sobre os cariocas, e como um jogador em xeque (por não aprovar Reforma da Previdência), aposta tudo na intervenção, quando não deveria ser esse o remédio, pois tão urgente como o Rio em matéria de segurança, há outros estados, como Pará, Ceará e Pernambuco, só para citar, e também porquê parte dos problemas de violência, tem relação com a política de desmonte público, recessão e desemprego, bancada por Brasília, com graves e intensos cortes de recursos para áreas sociais e serviços públicos, colaborando com as  crises nos estados.

A solução vampiresca, é uma temeridade, tomar as favelas e morros à força, com tropas sem a responsabilidade de responder por possiveis excessos nas ações de campo, ao menos de forma adequada, e devido alterações legais recentes. O povo já vive refém e tem medo das forças policiais, mesmo dos militares, pela truculência e episódios fatais já vistos antes.

Na intervenção militar improvisada, Temer recua e desiste de prisão coletiva. - Brasil 247 - 19.02

Governo quer mandados coletivos direcionados no Rio. - Uol 20.02

E a ameaça vem de aberrações como os desejados mandados de busca e apreensão coletivos, que poderiam permitir abusos contra inocentes, apenas por serem moradores de uma localidade, sem causa válida, e que fere direitos constitucionais, com a aparente complacência do judiciário, dando poderes a militares que podem extrapolar na coerção. Um perigo típico de um estado totalitário e excludente.

Uma aventura como essa corre o risco ainda, de piorar tudo, por não resolver problemas estruturais, alguns antigos, e servir como pretexto para uso de tropas para interferir no processo eleitoral, e gerar mais distorções e violências. Ela pode ser disseminada a outras áreas, e contra desafetos do grupo de denunciados e no poder com Temer, aliados de Temer.

Pezão diz a Temer que RJ só ganha guerra da segurança com carteira assinada. - Uol 20.02

Senador se arrepende por impeachment e chama governo Temer de 'quadrilha' (VÍDEO) - SputnikNews 20.02

No cerne da questão, está também as eleições 2018 e a Reforma da Previdência, que apesar de suspensa pode ser fatiada, e virar alvo de Medidas Provisórias, que sejam igualmente maléficas ao povo e mais fácil de aprovação, ou por meio de publicidade e algum "resultado" pró Temer, este processo pode vir a acalentar sonhos (pesadelo para o povo) de uma reeleição do impopular presidente, algo sustentado por alguns que rodeiam os que tomaram o poder, com simpatia dos mercados, e outros, mesmo militares, que estão por trás dos "acordos" que levaram tristes e controversas mudanças nos poderes, e na forma de governar o país.

Vagner Freitas comemora arquivamento da PEC da Previdência: derrota sem tamanho para os golpistas - RBA 19 02

A não votação da reforma é mérito do povo e dos movimentos sociais, que deixou politicos governistas numa sinuca, com medo de não se reelegerem, mas não estamos livres dela.

Carol Proner: julgamento de Lula mostrou ao mundo como Judiciário pode ser primário. - Brasil 247 19.02

E mais uma vez, as esferas superiores da "justiça" parecem aderir a algo ilegal, que ignora a Constituição e ameaça o povo, como nos processos e julgamentos contra Lula, cheios de vícios, farsas ou fraudes, ilegalidades e violências, que geram indignação e mais apoio popular a ele, a contra gosto de golpistas e seus apoiadores, algozes do judiciário parcial.

Bancada do PDT, de Ciro Gomes vota em bloco com Temer a favor da intervenção no Rio - Revista Forum - 20.02/

Engrossando o caldo, mais polêmicas são vistas nas declarações de alguns presidenciáveis, Bolsonaro aliado de Temer chamando-o de ladrão, e das fileiras do PDT um alerta hipócrita que contradiz-se no voto pró Temer, enquanto seu candidato em evento de um jornal conservador, crítica petistas e Lula, numa postura do tipo popularmente conhecida, como: "no dos outros é refresco"; e vem propor unidade ou atos de sacrifício.

Estranho, nem tanto, muito ainda vamos ver dos oportunistas, como defender absurdos como fez o candidato a candidato, Ciro Gomes, com declarações dúbias ou esquisitas, num esforço para se lançar ao pleito 2018 e herdar votos de Lula. É patético ou hipócrita querer que Lula desista de defender seu nome, seu legado, e os que representa, o povo, para ser dócil com um sistema judiciário de dar vergonha a Kafka (e sua obra, O Processo), a partir de decisões sem respeito aos direitos individuais e mesmo a Constituição, apenas para não melar um processo eleitoral que está sendo fraudado em apoio a castas e elites, com ajuda de juízes.

O Ciro, parece agir como uma Marina Silva de calças, e que cedeu a sedução dos mercados e banqueiros, e defende e atua contra a população pobre, aliás, o que esperar dos que dão exemplo de submissão aos poderosos? O PDT de Ciro Gomes apoiou Temer votando macissamente pela intervenção no Rio, mesmo a benefício de governos acusados de corrupções, e que não poderiam conduzir algo tão grave, e com os riscos aos cidadãos e aos seus direitos constitucionais, ainda que com ou sem mandados coletivos, e podem levar a um caos maior e até a impedir a legítima manifestação e reação da população, mesmo por meio de eleições.

Violência faz Brasil viver processo descivilizatorio, diz-professor. DP 18.02

O que está em curso é princípio de algo muito mal! Devemos nos opor com firmeza já! Não cabem ações de Estado à margem da Lei e com interesse politiqueiro.


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