quinta-feira, 28 de maio de 2020

Covid19: ao menos 13 bancários foram mortos pelo vírus


Ao longo da crise da Covid19 temos prestado informações sobre vítimas entre os profissionais de serviços essenciais, especialmente entre os bancários e também os profissionais de saúde, atualizando dados estatísticos e quando possível reconhecendo os esforços de quem se expõem em prol da sociedade.


Especialistas afirmam que é necessário buscar muitos anticorpos que possam ser candidatos a combater o novo coronavírus — Foto: GETTY via BBC
Imagem Getty via BBC - reproduzida do Google Imagem

Infelizmente, quando afirmamos que ao menos 13 bancários já morreram vitimados pela pandemia, temos convicção que esse dado precisa de ajustes, por meio de nossos esforços e coletando dados de publicações e informações de entidade de classes, chegamos aos  números. Os 13 óbitos são efetivos, estão em algumas das nossas publicações com nomes e bancos, dentre outros dados,  como na que disponibilizamos a seguir, contudo, em virtude das metodologias de divulgação de informações dos estados, municípios, mas principalmente as oriundas do governo Bolsonaro (que não parece apresentar quadro confiável em seus números), agora ainda mais prejudicado com alterações nas formas de computar óbitos por Covid (como no Rio de Janeiro), há muito o que questionar sobre as estatísticas, também sobre a baixa testagem e falta de coordenação federal em todo o processo, algo assustador, prejudicial ao combate a pandemia e as formulações de ajuda a sociedade, como para as parcelas mais expostas.
 
 Covid-19, quando será o pico, o que devemos fazer? - Foco BRASIL 19.05

Covid19: outras faces da pandemia. - Foco BRASIL 13.04



Com a intenção de abrir comércios e por outras atividades em funcionamento para romper isolamentos, alguns administradores, estão falhando na forma de identificar e divulgar os casos de Covid19, diante de algumas frases e declarações, isso parece ser algo criminoso, uma omissão ou falha deliberada, proposital. No Brasil já são 25.697 óbitos e mais de 414 mil casos confirmados de Covid19. Já entre os bancários com a morte de Francis Lawrence Morais da Veiga, funcionário da CEF - Caixa Econômica Federal, da agência Praça Manoel André em Arapiraca - AL, ocorrida no último dia 19, passam a ser no mínimo 13 os óbitos entre bancários que nós conseguimos identificar, mas esse número pode ser maior, pois os órgãos de saúde não informam ou coletam dados que possam dar um panorama mais real e adequado a compreensão da crise, não há dados de profissão, ou de pessoas que são acometidas da doença em plena atividade, ou afastadas, etc.

A seguir um resumo dos óbitos por banco e estado onde ocorreram, não são computados aposentados ou bancários que não exerciam atividade:

 -  Banco da Amazônia  01 óbito, no estado do Amazonas;
 -  Banco do Brasil, 02 óbitos, 01 em Alagoas e outro no Rio de Janeiro;
 -  Banco Bradesco, 02 óbitos, 01 no Rio de Janeiro e 01 em São Paulo;
 -  Banco Itaú, 01 óbito em São Paulo;
 -  Banco Santander, 01 óbito em São Paulo; 
 -  CEF Caixa Econômica Federal, 05 óbitos em Alagoas, Bahia,  Espírito Santo, Pará, Paraíba;
 -  01 morte no Rio Grande do Sul, cujo o banco não foi determinado.
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Enquanto o Brasil passa a segunda colocação no mundo em número de infecções, cresce assustadoramente os casos fatais, e Bolsonaro e seus ministros ignoram tais mortes que não são apenas números, como dissemos na publicação anterior, cujo o link nós colocamos para acesso.





Tanto descaso não pode ser esquecido, os mortos não podem ser esquecidos, Bolsonaro tem que ser cobrado por seus atos insanos, por seu total desprezo com a sociedade, por seus excessos como suas declarações sugerindo armar pessoas, com propósito ao que parece, de ficar no poder a qualquer custo. Deve ainda responder pelas ameaças a membros do STF e a democracia, por suas relações conflituosas, por incitar violentos a atacarem o Legislativo e o Judiciário.  A reunião do dia 22.04, cujo conteúdo  foi liberado pelo ministro Celso de Mello, não é algo restrito e de interesse apenas do presidente e seus ministros como disse Bolsonaro, muito menos se trata apenas de um caso de livre manifestação do pensamento, conforme a liberdade de expressão  assegura, há na fala do senhor presidente, de alguns de seus ministros, como Damares, Weintraub e Salles, principalmente, indícios ou claras situações de ilícitos, atos passíveis de responsabilidade e até crimes, assim como graves distorções na fala de outros, como o presidente da CEF ou o ministro Paulo Guedes, não sendo assim, fatos a serem ignorados e que exigem dos envolvidos na apuração, PF, PGR e o próprio STF, ações contundentes e urgentes.




O presidente Jair Bolsonaro: ultimato ou blefe de alguém encurralado? - Andre Borges/NurPhoto via Getty Images
Reprodução       Imagem: Andre Borges/NurPhoto via Getty Images





A suposta indignação de Bolsonaro pela publicidade do vídeo da reunião, não procede do ponto de vista legal, pois ocorreram na tal reunião, fatos que atentam contra as instituições, não são apenas desabafos, há situações sérias e perigosas, como as que mostram uma atuação efetiva do presidente para intervir na Polícia Federal em favor de seus interesses (para proteger filhos e amigos, suspeitos em processos no RJ).  Há muitos outros momentos passíveis de enquadramento legal e que o judiciário tem que atuar, em favor das instituições e do Brasil, enquanto as manifestações sucessivas e recentes, de ataques e ameaças ao STF e seus ministros, seja por Bolsonaro ou seus apoiadores, desencadeadas a partir das apurações e cumprimento de mandatos pela PF na última quarta-feira, no inquérito que investiga a divulgação de Fakenews, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, igualmente precisam de respostas imediatas, com ênfase a reforçar a independência do judiciário e combater atos que ferem a democracia, que o presidente faz questão de distorcer e ignorar, aparentemente pensando estar acima da lei, ou quem sabe, como tem dito para levar o país a uma convulsão social, uma guerra civil, alardeada pelo general Heleno.





Imagem reproduzida - Veja Abril



Dentre os bolsonaristas investigados por ações ilícitas contra as instituições, estão o ex-deputado Roberto Jefferson que nas mídias sociais apareceu faz pouco tempo, em foto com fuzil em mãos e ameaçando o país com conflito armado, ele que já foi pivô de escândalos e denúncias. Também alvo de mandato do STF, a suposta líder de um grupo que está relacionado a possíveis atos violentos, além de evidentes difamações que extrapolam a livre expressão, ignoradas pela PGR, assim como a forma de agir violenta e antidemocrática  do presidente.  Diante da omissão de algumas instituições e a lentidão de outras, o STF age corretamente ao combater atos e grupos pró ações violentas e criminosas!

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